O GLOBO - 01/02/10
Está prevista para maio a perfuração do primeiro poço exploratório de gás natural (tanto melhor se for encontrado petróleo também) do grupo EBX - leia-se Eike Batista - na Bacia do Parnaíba, em blocos situados no Maranhão. Os levantamentos sísmicos deram resultados positivos e, por isso, um dos investidores é a MPX, braço do grupo que cuida dos empreendimentos de energia elétrica.
A MPX é um dos vários projetos ambiciosos de Eike Batista. A companhia gera hoje apenas 23 megawatts em usina térmica a óleo no Amapá, mas tem planos para chegar a 10 mil megawatts (MW), dos quais efetivamente 1.500MW se tornarão realidade no ano que vem, quando estiverem prontas três termoelétricas a carvão, duas no Ceará e uma no Maranhão. Se a exploração dos blocos na Bacia do Parnaíba for bem-sucedida, a MPX construirá usinas térmicas a gás natural na região.
O grupo privilegiou inicialmente o carvão porque em breve também produzirá o mineral (na Colômbia e no Rio Grande do Sul) e, assim, não ficará dependendo de fornecedores nem dos humores do mercado internacional.
Depois do Nordeste, será a vez do Rio. A usina a carvão projetada pela MPX para o distrito industrial junto ao futuro Porto do Açu - a propósito, faltam apenas cem metros para ser concluída a ponte que entra mar adentro, dando acesso aos três píeres programados - terá uma capacidade de 2.100MW. A expansão do parque térmico será com uma usina gigante a gás natural (3.300MW de potência, a mesma das grandes hidrelétricas do Rio Madeira). O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) dessa segunda fase ficou pronto e nas próximas semanas Eduardo Karrer, presidente da MPX, promete entrar com pedido de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea). Se a OGX descobrir reservatórios de gás no litoral do Rio já terá garantido um bom cliente dentro do próprio grupo. Mas sempre existirá a alternativa de comprar gás de outros produtores ou importar GNL pelo Porto do Açu.
Para o Rio Grande do Sul, o projeto da MPX é de uma usina de 600MW.
Construir usinas térmicas, especialmente a carvão, no momento em que o mundo todo está com as atenções voltadas para o efeito estufa pode parecer inconsequência ou um pacto com o demônio. Entretanto, todos os projetos foram licenciados pelos órgãos ambientais pois não têm nada a ver mais com as velhas usinas a carvão. O avanço da tecnologia possibilitou às novas usinas não emitirem material particulado, nem enxofre ou nitrogênio em volumes relevantes. A emissão de CO2 ainda é inevitável, porém já existem atenuantes. O carvão mineral pode ser misturado a biomassa (madeira), em proporção de 10% a 15%, de modo que as usinas sejam conjugadas a empreendimentos florestais. A MPX resolveu também financiar pesquisas da Coppe/UFRJ, em parceria com universidades chinesas, que visam à redução e/ou captura de CO2 na geração de energia térmica.
De qualquer forma, além dos investimentos exigidos pela lei para compensação ambiental, a MPX decidiu financiar algumas unidades de conservação (como os Lençóis Maranhenses e áreas de Mata Atlântica no Rio).
Especificamente no campo das fontes renováveis, a empresa investirá em uma usina pioneira de energia solar, de 1MW, no interior do Ceará, e em 200MW de usinas eólicas (100MW no Ceará e 100MW no Rio).
A média de passageiros que utilizam a nova estação de Ipanema (Praça General Osório) do metrô do Rio é de 26 mil, dos quais 10 mil são novos usuários. Os demais 16 mil usavam antes outras estações. A expectativa da concessionária que opera o metrô é um aumento do movimento na estação para 30 mil pessoas por dia, com o fim das férias escolares.
O metrô do Rio ainda não se recuperou totalmente da situação traumática dos últimos dias de dezembro. Simultaneamente à inauguração da nova estação em Ipanema foi feita a interligação das linhas 1 e 2, mas nada saiu como o planejado. Os passageiros da linha 2, que deixaram de fazer baldeação para chegar ao Centro do Rio, tiveram de esperar mais pelos trens, o que levava os carros a saírem ainda mais cheios. E para agravar o desconforto, os termômetros passaram dos 40 graus centígrados, e o sistema de ar-condicionado dentro dos vagões não conseguia dar conta do recado. Os passageiros da linha 1 - especialmente os do trecho da Tijuca - se livraram da "invasão" na estação de transbordo (Estácio), mas sofreram também com a irregularidade nos horários.
Ou seja, o que era para melhorar acabou desagradando a quase todos. As falhas na operação estão sendo corrigidas e, com isso, a direção da concessionária espera reconquistar a boa vontade dos seus passageiros. Não é uma tarefa tão fácil, pois a melhora substancial dos serviços depende agora da chegada dos trens (144 carros) adquiridos na China, o que só ocorrerá em 2011.
Antes disso, será inaugurada, provavelmente em abril ou maio, uma nova estação (Cidade Nova).
O Metrô transporta entre 500 mil e 600 mil pessoas por dia. Com os novos trens, a atual malha poderá transportar de 1,1 milhão a 1,2 milhão de passageiros diariamente. E quando a extensão da linha 1 para a Barra da Tijuca estiver pronta (espera-se que antes da Copa de 2014), outras 260 mil pessoas deverão usar esse meio de transporte.
A MPX é um dos vários projetos ambiciosos de Eike Batista. A companhia gera hoje apenas 23 megawatts em usina térmica a óleo no Amapá, mas tem planos para chegar a 10 mil megawatts (MW), dos quais efetivamente 1.500MW se tornarão realidade no ano que vem, quando estiverem prontas três termoelétricas a carvão, duas no Ceará e uma no Maranhão. Se a exploração dos blocos na Bacia do Parnaíba for bem-sucedida, a MPX construirá usinas térmicas a gás natural na região.
O grupo privilegiou inicialmente o carvão porque em breve também produzirá o mineral (na Colômbia e no Rio Grande do Sul) e, assim, não ficará dependendo de fornecedores nem dos humores do mercado internacional.
Depois do Nordeste, será a vez do Rio. A usina a carvão projetada pela MPX para o distrito industrial junto ao futuro Porto do Açu - a propósito, faltam apenas cem metros para ser concluída a ponte que entra mar adentro, dando acesso aos três píeres programados - terá uma capacidade de 2.100MW. A expansão do parque térmico será com uma usina gigante a gás natural (3.300MW de potência, a mesma das grandes hidrelétricas do Rio Madeira). O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) dessa segunda fase ficou pronto e nas próximas semanas Eduardo Karrer, presidente da MPX, promete entrar com pedido de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea). Se a OGX descobrir reservatórios de gás no litoral do Rio já terá garantido um bom cliente dentro do próprio grupo. Mas sempre existirá a alternativa de comprar gás de outros produtores ou importar GNL pelo Porto do Açu.
Para o Rio Grande do Sul, o projeto da MPX é de uma usina de 600MW.
Construir usinas térmicas, especialmente a carvão, no momento em que o mundo todo está com as atenções voltadas para o efeito estufa pode parecer inconsequência ou um pacto com o demônio. Entretanto, todos os projetos foram licenciados pelos órgãos ambientais pois não têm nada a ver mais com as velhas usinas a carvão. O avanço da tecnologia possibilitou às novas usinas não emitirem material particulado, nem enxofre ou nitrogênio em volumes relevantes. A emissão de CO2 ainda é inevitável, porém já existem atenuantes. O carvão mineral pode ser misturado a biomassa (madeira), em proporção de 10% a 15%, de modo que as usinas sejam conjugadas a empreendimentos florestais. A MPX resolveu também financiar pesquisas da Coppe/UFRJ, em parceria com universidades chinesas, que visam à redução e/ou captura de CO2 na geração de energia térmica.
De qualquer forma, além dos investimentos exigidos pela lei para compensação ambiental, a MPX decidiu financiar algumas unidades de conservação (como os Lençóis Maranhenses e áreas de Mata Atlântica no Rio).
Especificamente no campo das fontes renováveis, a empresa investirá em uma usina pioneira de energia solar, de 1MW, no interior do Ceará, e em 200MW de usinas eólicas (100MW no Ceará e 100MW no Rio).
A média de passageiros que utilizam a nova estação de Ipanema (Praça General Osório) do metrô do Rio é de 26 mil, dos quais 10 mil são novos usuários. Os demais 16 mil usavam antes outras estações. A expectativa da concessionária que opera o metrô é um aumento do movimento na estação para 30 mil pessoas por dia, com o fim das férias escolares.
O metrô do Rio ainda não se recuperou totalmente da situação traumática dos últimos dias de dezembro. Simultaneamente à inauguração da nova estação em Ipanema foi feita a interligação das linhas 1 e 2, mas nada saiu como o planejado. Os passageiros da linha 2, que deixaram de fazer baldeação para chegar ao Centro do Rio, tiveram de esperar mais pelos trens, o que levava os carros a saírem ainda mais cheios. E para agravar o desconforto, os termômetros passaram dos 40 graus centígrados, e o sistema de ar-condicionado dentro dos vagões não conseguia dar conta do recado. Os passageiros da linha 1 - especialmente os do trecho da Tijuca - se livraram da "invasão" na estação de transbordo (Estácio), mas sofreram também com a irregularidade nos horários.
Ou seja, o que era para melhorar acabou desagradando a quase todos. As falhas na operação estão sendo corrigidas e, com isso, a direção da concessionária espera reconquistar a boa vontade dos seus passageiros. Não é uma tarefa tão fácil, pois a melhora substancial dos serviços depende agora da chegada dos trens (144 carros) adquiridos na China, o que só ocorrerá em 2011.
Antes disso, será inaugurada, provavelmente em abril ou maio, uma nova estação (Cidade Nova).
O Metrô transporta entre 500 mil e 600 mil pessoas por dia. Com os novos trens, a atual malha poderá transportar de 1,1 milhão a 1,2 milhão de passageiros diariamente. E quando a extensão da linha 1 para a Barra da Tijuca estiver pronta (espera-se que antes da Copa de 2014), outras 260 mil pessoas deverão usar esse meio de transporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário