folha de são paulo - 20/01/10
A procura por penhor de joias cresceu no ano passado. A linha de crédito da Caixa Econômica Federal realizou empréstimos que somaram R$ 5,4 bilhões em 2009, o que representa aumento de 6,3% em relação ao ano anterior.
Em dezembro, o saldo da carteira de penhor (o volume contratado menos as liquidações) era de R$ 758 milhões, 18% acima do de dezembro de 2008.
A procura por esse tipo de crédito aconteceu "em consequência da crise financeira e da valorização do preço do ouro", de acordo com Jorge Pedro de Lima Filho, gerente nacional de aplicação de pessoa física da Caixa. Os números também revelam que houve aumento da permanência do contrato por mais tempo, diz Lima Filho.
Como uma das linhas de financiamento mais tradicionais e populares, o penhor é atrativo graças às facilidades de acesso ao crédito e juros baixos.
O empréstimo corresponde a 85% do valor de avaliação da joia, e o limite máximo de financiamento é de R$ 50 mil. Por ter o bem como garantia, a inadimplência é baixa, de 0,2%.
As taxas de juros cobradas são abaixo da média do mercado. No micropenhor, para empréstimos até R$ 1.500, os juros são de 1,68% ao mês, com prazo máximo para pagamento de 180 dias. Já na modalidade tradicional, acima de R$ 1.500, as taxas são de 2,05% ao mês.
Para o final de 2010, a expectativa da Caixa é que o saldo da carteira atinja R$ 900 milhões. Para facilitar o acesso ao crédito, o banco quer aumentar o número de agências que oferece o serviço, de 438 para 500, e ampliar a base territorial de atendimento. O banco está expandindo o penhor itinerante, que permite que o crédito chegue a microrregiões, por meio de um avaliador que transita entre as agências.
Segundo pesquisa da Caixa, o penhor de joias é usado na maioria das vezes por mulheres, entre 30 e 45 anos, e para o pagamento de dívidas pessoais. A maioria dos empréstimos acorre no primeiro semestre, quando as pessoas enfrentam mais dificuldades financeiras, segundo Lima Filho.
PASSO A PASSO
A Calçados Bibi vai ampliar os investimentos na linha de calçados fisiológicos. Hoje 60% da produção da empresa de calçados infantis é feita com a tecnologia patenteada chamada Fisioflex. Com base em estudos com médicos especialistas em ortopedia e pediatria, a companhia criou uma palmilha que não interfere no desenvolvimento dos pés, ativando pequenos músculos do corpo. Os calçados custam nas lojas, em média, de R$ 60 a R$ 140. A Bibi deve crescer 23% neste ano, puxada, principalmente, pelas vendas dos calçados fisiológicos, segundo Marlin Kohlrausch, presidente da companhia. A expectativa da empresa é comercializar 3,2 milhões de pares neste ano, com faturamento de R$ 115 milhões. Segundo pesquisa realizada nos EUA, pelo grupo NPD, o mercado de calçados fisiológicos está em alta. Eles geram quase 25% do volume do setor calçadista no país.
OTIMISMO 1
Ao contrário do início de 2009, neste ano, o índice de confiança do consumidor, medido pela Fecomercio SP, abriu janeiro com patamar recorde. O indicador alcançou 158,7 pontos, alta de 2,2% em relação ao fechamento de dezembro, quando registrou 155,2 pontos. Acima de cem o índice é considerado otimista.
OTIMISMO 2
Na comparação com janeiro de 2009, quando o comportamento do consumidor foi afetado pela crise, o índice apresentou crescimento de 27,5%.
DETERGENTE
A Abipla (associação das indústrias de produtos de limpeza) espera registrar economia de US$ 38 milhões nos próximos 12 meses, devido à manutenção da redução da alíquota de 10% para 2% do Imposto de Importação de algumas mercadorias usadas como matéria-prima na indústria.
ÁGUA SANITÁRIA
O setor de produtos de limpeza registrou faturamento superior a R$ 12 bilhões em 2009, com crescimento de 7% ante o ano anterior. Para 2010, a previsão é de 10%, segundo a Abipla.
GOTA A GOTA
Neste ano, a AmBev irá investir R$ 20,3 milhões em projetos ambientais. A empresa pretende monitorar todo o volume de água gasto na sua cadeia produtiva, desde a produção de cevada até o ponto de venda.
MACA
Autoridades de vigilância sanitária de todo o mundo se reunirão entre os dias 26 e 29, em SP. Na pauta: a harmonização regulatória global dos produtos para a saúde. Haverá representantes de EUA, Austrália, Argentina, Canadá, México, Japão, Holanda, Bélgica e outros.
DOS PÉS À CABEÇA
O evento anual São Paulo Prêt-à-Porter, que será inaugurado em janeiro de 2011, paralelamente à feira de calçados e acessórios Couromoda, terá como parceiro o grupo italiano responsável pelas feiras Pitti Uomo/Donna, de Florença.
CALENDÁRIO
Francisco Santos, presidente do Grupo Couromoda, quer trazer 1.500 expositores para a primeira edição do evento. O objetivo do grupo, que também é dono de feiras de beleza e saúde, é promover uma semana internacional de moda e negócios.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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