Faltam menos de 12 meses para a eleição de 3 de outubro de 2010. Todos os políticos já estão em seus partidos definitivos. Agora, as conversas sobre alianças vão se concentrar sobre o mais relevante: quem terá mais tempo de TV no horário eleitoral. Quando Lula insiste no plano de ter o PMDB apoiando Dilma Rousseff para presidente, o interesse é o tempo de televisão que os peemedebistas podem oferecer. Nada mais. Até porque Michel Temer ou Henrique Meirelles, possíveis vices de Dilma, têm pouco a contribuir em termos de votos. Essa é a razão do preço altíssimo pago por Lula até agora para manter viável essa possibilidade inédita de aliança no plano nacional entre PT e PMDB. Os peemedebistas dobram o tempo de Dilma na TV em 2010. Como poder atrai poder, outras siglas tendem a se animar a ingressar nesse condomínio. Nas contas otimistas do comando petista, a candidatura governista ao Planalto pode ficar com algo entre 50% e 70% de todos os comerciais na campanha televisiva em 2010. Seria um rolo compressor difícil de ser superado, sejam quais forem os concorrentes. Na ponta pessimista dessa estratégia petista está a dificuldade histórica de o PMDB conseguir se acertar nacionalmente para apoiar algum candidato ao Planalto. Aliás, é necessário lembrar, toda vez que isso aconteceu deu errado. Os dois únicos candidatos a presidente do PMDB até hoje foram derrotados -Ulysses Guimarães, em 1989, e Orestes Quércia, em 1994. Em 1998, o partido não participou da disputa. Em 2002, apoiou José Serra e perdeu. Em 2006, novamente não entrou no páreo. Ou seja, Lula tem dois desafios à frente. Primeiro, convencer o PMDB a bandear-se para o PT. Segundo, quebrar a maldição peemedebista de sempre colocar a sigla do lado derrotado em disputas presidenciais. Será algo inédito. |
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