sábado, julho 25, 2009

PANORAMA

REVISTA VEJA

Panorama

Holofote


Felipe Patury


Um papinho com Obama

Antonio Cruz/ABR


Na terça-feira passada, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi recebida na Casa Branca pelo assessor de segurança de Barack Obama, James Jones. No meio da reunião, o presidente americano apareceu para dizer oi. Sentou-se no braço de uma cadeira e contou à ministra que Lula, "o cara", havia falado muito bem a respeito dela. Toda orgulhosa, Dilma voltou ao Brasil com uma lista de projetos para o futuro próximo. Pretende contratar um personal trainer para melhorar o condicionamento físico e dar início a um programa de musculação – o objetivo principal é aumentar o fôlego para a campanha presidencial de 2010. Quem substituirá a ministra no Planalto quando chegar a hora? Miriam Belchior, secretária executiva do PAC, entrou na fila dos candidatos à Casa Civil.

Ato meio secreto

Jarbas Oliveira/ Folha Imagem

Há três meses, a primeira-dama do Ceará, Maria Célia Moura, passou uma semana em Portugal em companhia de uma funcionária da Secretaria de Desenvolvimento Social. A justificativa: divulgar as rendas de filó e outros primores do artesanato cearense. A viagem da funcionária custou 6 372 reais. Como Maria Célia foi de primeira classe, seu assento saiu mais caro: 11 454 reais. O que mais intriga nesse caso é que o Diário Oficial do Ceará só publicou a despesa 100 dias depois que elas embarcaram. O governador, Cid Gomes, já figurou em episódios semelhantes. No ano passado, foi questionado por usar dinheiro público para pagar um tour europeu da mulher e da sogra e uma viagem ao Caribe dos filhos de seu irmão, Ciro Gomes.

Nordestinos com alma paulista

Elza Fiuza/ABR


São Paulo atrai uma nova leva de migrantes – políticos. O cariri Ciro Gomes quer governar o estado. Baiano, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disputará uma vaga de deputado pelo PCdoB paulista. O pernambucano Roberto Freire, que preside o PPS, vai pelo mesmo caminho. Alugou um apartamento na capital e toma aulas sobre o estado geral do agronegócio, saneamento e transporte paulistas. O padrinho de sua mudança é o governador José Serra, cuja candidatura presidencial conta com o apoio do PPS.

A liberdade em risco

Rogerio Pallatta


Tramitam no Congresso 224 projetos que impõem restrições à propaganda nos meios de comunicação. Neles, há de tudo. Um, de autoria do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), disciplina até anúncios de serviços funerários. O levantamento foi feito pelo presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, Luiz Lara, que alerta sobre o risco embutido nessas iniciativas: a redução da entrada de receita publicitária proveniente de empresas privadas e o consequente aumento da dependência de jornais, revistas, TV e rádio de anúncios oficiais.

O nascimento de um gigante

Gustavo Loureção/F. Imagem


O paulista Luiz Roberto Pinto passou a responder pelos negócios brasileiros do espanhol Enrique Bañuelos, que monta aqui um conglomerado na área imobiliária. Nos últimos oito meses, Bañuelos comprou três incorporadoras paulistas: Agra, Abyara e Klabin Segall. A tarefa de Pinto é fundir as três operações e conduzir o conglomerado à liderança do mercado brasileiro em dois anos. Quer chegar lá comprando mais empresas. Caso consiga cumprir o projeto, Pinto, que era dono da Agra, deverá preparar também a abertura de capital do novo grupo.

Roseana pode desistir da reeleição

Cristina Gallo/BgPRESS


A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, teme que os sucessivos escândalos envolvendo sua família tenham inviabilizado seu projeto de reeleger-se em 2010. Uma pesquisa para aferir sua popularidade, encomendada por ela, está em andamento, mas outro levantamento, feito pela oposição, revela a extensão do desgaste. Segundo o instituto Exata, Roseana tem, hoje, apenas 10% de intenção de votos em Imperatriz, o segundo maior município do estado. Seu principal adversário, o ex-governador Jackson Lago, do PDT, tem 79%. Em público, os aliados de Roseana lembram que Imperatriz é uma cidade dominada pela oposição. Na intimidade, afirmam que ela deveria ceder a vaga de candidata ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ou seja, mudar para que nada mude.

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