domingo, julho 19, 2009

BRASÍLIA - DF

Palanques de Dilma


Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 19/07/2009

Apesar dos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a consolidação da aliança PT-PMDB caminha para a reprodução do sistema de forças que predominou na reeleição em 2006. Onde os dois partidos marcharem juntos, é possível unificar o palanque eleitoral da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Nos estados em que vivem às turras, predomina a tese de dois palanques governistas.


A Bahia e o Rio Grande do Sul são casos emblemáticos. No primeiro, o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), continuam em rota de colisão. O peemedebista sonha com os votos do carlismo. No segundo, o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), detona a governadora tucana Yeda Crusius (RS), mas está cada vez mais distante do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), que pinta como seu futuro adversário na disputa pelo governo.

Brasília, 50 anos/A Câmara dos Deputados prepara a edição bilíngue de um novo catálogo das obras de Athos Bulcão, artista plástico recentemente falecido, cuja arte faz parte da identidade visual de Brasília. O livro será lançado durante as comemorações dos 50 anos de fundação da cidade, em 2010.

Ética/ A Comissão de Ética da Presidência da República volta a discutir a situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, como presidente licenciado do PDT. Os conselheiros vão encaminhar novo pedido de informações ao pedetista.

Batata/Das indicações ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que o Senado votará no retorno do recesso, a de Bruno Dantas é dada como imune aos humores dos parlamentares. Chefe da Consultoria Legislativa, Dantas chegou a ser um dos cotados para suceder o ex-diretor-geral Agaciel Maia.

Amigos

Cordiais adversários, os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e de São Paulo, José Serra, fecharam acordo para melhorar as relações tributárias entre os dois estados. Cabo eleitoral da ministra Dilma Rousseff, Wagner é parceiro do tucano desde os tempos em que ambos eram líderes de suas bancadas na Câmara. A propósito, o petista ajudou a eleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB) à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia.

Órfãos


Lanterninha nas pesquisas, o ex-prefeito Cesar Maia (foto) não quer ser candidato a governador do Rio de Janeiro, nem se o deputado Fernando Gabeira (PV) concorrer a uma vaga ao Senado e deixar o DEM, o PSDB e o PPS fora da disputa pelo Palácio Guanabara. A ex-juíza Denise Frossard (PPS), que seria uma alternativa, anda muito desanimada com a política.



Não vem


O ex-governador Orestes Quércia (foto) descarta aliança com o PT em São Paulo, apesar dos sinais emitidos por líderes petistas que articulam a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB) ao Palácio dos Bandeirantes. A chapa seria completada por Aldo Rabelo (PCdoB) de vice, com Aloizio Mercadante (PT) e Quércia como candidatos ao Senado. O peemedebista não confia nos petistas.

Guarani

Políticos do Mato Grosso do Sul se mobilizam contra a demarcação da chamada Nação Guarani, reserva indígena que abrangeria um terço do seu território. A disputa judicial já é tratada como semelhante à da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, sacramentada em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fornalha

O Brasil é campeão mundial de uso de biomassa na produção de ferro. Um terço das siderúrgicas utiliza o carvão vegetal como combustível. Para produzir 9,2 toneladas de carvão vegetal por ano, as guseiras (que vendem ferro-gusa para outras siderúrgicas) queimam 44 milhões de árvores. Somente no Pará há 25 mil carvoarias.

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