REVISTA VEJA
Panorama
Holofote
Felipe Patury
O esquema com a ONU
Joedson Alves/AE |
O Tribunal de Contas da União quer coibir um dos expedientes mais corriqueiros usados pelo governo para driblar a Lei das Licitações. Trata-se da contratação de pessoal e da realização de compras por meio de organismos da ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo o ministroJosé Jorge, do TCU, o esquema funciona assim: o governo orienta essas instituições sobre quem quer contratar ou o que quer comprar, elas fazem a despesa e devolvem a conta à União. Além da fatura, o governo paga 5% de taxa de administração. O TCU quer restringir esses contratos, hoje no valor de 600 milhões de reais, a situações nas quais há transferência de tecnologia.
O prêmio para o governador
Antonio Cruz/ABR |
O caso a seguir é um exemplo da lógica peculiar pela qual os políticos se orientam. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, "doou" seu patrimônio eleitoral ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Por doação, entenda-se: o governador distribuirá entre seus aliados os redutos onde Múcio recebeu suas melhores votações. Coisas do Nordeste. O gesto é uma gentileza com a qual Múcio agradece a Campos seu empenho em convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nomeá-lo para o Tribunal de Contas da União.
Caça ao líder
Wilson Dias/ABR |
Os deputados do PP não dão sossego ao seu líder,Mário Negromonte, da Bahia. Gerson Peres, do Pará, foi à Justiça para cassar o mandato do chefão. Peres alega que Negromonte violou o estatuto do PP ao concorrer à reeleição, no fim de 2008. O juiz João Fischer Dias, de Brasília, acatou a tese, anulou a eleição de Negromonte e determinou que ele arcasse com 500 reais de custos processuais. O baiano pagou, mas recorreu da decisão.
Efeito Justus
Luciana Prezia |
Depois que o apresentador Roberto Justus trocou a Record pelo SBT, circularam boatos de que o principal executivo da rede dos bispos, Walter Zagari, seguiria o mesmo caminho. A Record não poupou esforços para evitar a perda. Deu-lhe 30% de aumento, estendeu o fim de seu contrato de 2012 para 2017 e ainda inseriu nele uma multa rescisória de 53 milhões de reais.
O preço do bife
Divulgação |
Os donos dos frigoríficos Bertin e Marfrig condicionam a fusão das duas empresas, segunda e terceira colocadas no ranking do setor, a uma mãozinha oficial. Requerem um empréstimo de 120 milhões de reais de um banco público, de preferência do BNDES, e gostariam de pagar depois de dois anos de carência e com juros de 6% ao ano. Enquanto pressionam o governo a abrir seus cofres, os donos do Bertin e do Marfrig aproveitam para desenhar o organograma do novo conglomerado. Se o acordo for fechado, o grupo será presidido por Marcos Molina, do Marfrig.
Todas as fichas no primeiro turno
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