FOLHA DE SÃO PAULO - 15/06/09
BRASÍLIA - "Sem educação generalizada nunca haverá boas eleições; portanto, é preciso atender, o mais possível, a essa importantíssima consideração". O conselho faz parte de uma carta redigida em 25 de março de 1876 por dom Pedro 2º à princesa Isabel, que o substituía à época como regente do Brasil.
Passaram-se 133 anos. O diagnóstico hoje não é muito diferente, mas pode ser lido de maneira mais científica num livro recém-lançado, "The Comparative Study of Electoral Systems" (O estudo comparativo de sistemas eleitorais), editado por Hans-Dieter Klingemann para a Oxford University Press. Só está disponível em inglês (US$ 87,62, frete incluso, na Amazon).
O estudo investiga as vantagens e os defeitos dos sistemas eleitorais em vários países. Muitos partidos, voto distrital, voto em lista, modelos híbridos (distrital e em lista). Nenhum é descartado.
Há um capítulo sobre a capacidade de os eleitores reconhecerem com precisão os candidatos a cargos públicos. O título vai direto ao ponto: "Sistemas eleitorais são importantes, mas não muito". Depois de entrevistar cerca de 30 mil pessoas em 18 países, o resultado é que fatores como"conhecimento geral sobre política" e "educação" são mais relevantes do que o sistema eleitoral adotado no país.
O conceito de que voto distrital aproxima mais o eleitor do eleito não aparece com clareza nas pesquisas. Aliás, nesses modelos os cidadãos também não consideram que os políticos estejam em sintonia com a opinião pública. "Nós estamos simplesmente forçados a concluir que há pequena diferença entre sistemas nos quais se elege apenas um ou vários representantes por distrito", relata o estudo.
Ao longo das simulações, o fator educação do eleitor é sempre vital para obter uma democracia mais aperfeiçoada. O mesmo conselho de dom Pedro 2º, há 133 anos.
BRASÍLIA - "Sem educação generalizada nunca haverá boas eleições; portanto, é preciso atender, o mais possível, a essa importantíssima consideração". O conselho faz parte de uma carta redigida em 25 de março de 1876 por dom Pedro 2º à princesa Isabel, que o substituía à época como regente do Brasil.
Passaram-se 133 anos. O diagnóstico hoje não é muito diferente, mas pode ser lido de maneira mais científica num livro recém-lançado, "The Comparative Study of Electoral Systems" (O estudo comparativo de sistemas eleitorais), editado por Hans-Dieter Klingemann para a Oxford University Press. Só está disponível em inglês (US$ 87,62, frete incluso, na Amazon).
O estudo investiga as vantagens e os defeitos dos sistemas eleitorais em vários países. Muitos partidos, voto distrital, voto em lista, modelos híbridos (distrital e em lista). Nenhum é descartado.
Há um capítulo sobre a capacidade de os eleitores reconhecerem com precisão os candidatos a cargos públicos. O título vai direto ao ponto: "Sistemas eleitorais são importantes, mas não muito". Depois de entrevistar cerca de 30 mil pessoas em 18 países, o resultado é que fatores como"conhecimento geral sobre política" e "educação" são mais relevantes do que o sistema eleitoral adotado no país.
O conceito de que voto distrital aproxima mais o eleitor do eleito não aparece com clareza nas pesquisas. Aliás, nesses modelos os cidadãos também não consideram que os políticos estejam em sintonia com a opinião pública. "Nós estamos simplesmente forçados a concluir que há pequena diferença entre sistemas nos quais se elege apenas um ou vários representantes por distrito", relata o estudo.
Ao longo das simulações, o fator educação do eleitor é sempre vital para obter uma democracia mais aperfeiçoada. O mesmo conselho de dom Pedro 2º, há 133 anos.
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