FOLHA DE SÃO PAULO - 28/05/09
SÃO PAULO - A Comissão Europeia, o braço executivo do conglomerado de 27 países, lançou ontem o seu projeto de regulação do sistema financeiro, cujas lacunas estão na origem da crise global. A proposta, que tem de ser referendada na cúpula do mês que vem, prevê a criação de um Conselho Europeu de Risco Sistêmico, cuja função será recolher e analisar toda a informação sobre o sistema financeiro, detectar possíveis riscos e avisar para que se tomem medidas para corrigi-los antes que provoquem uma crise.
Segundo ponto: dar mais poderes às autoridades europeias de supervisão para o controle de bancos transfronteiriços (que operam em vários países).
Esse segundo ponto é polêmico: países como os Estados Unidos e o Reino Unido se opõem a que seus centros financeiros sejam vigiados por supervisores externos.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, não escondeu que as propostas representam uma competição com os Estados Unidos: "Queremos que a Europa seja a primeira a aplicar os compromissos do G20 sobre supervisão transfronteiriça".
Na verdade, a Europa está sendo pioneira em tudo o que se refere aos compromissos assumidos no dia 2 de abril pela cúpula do G20 para a reforma do sistema financeiro global, exceto na área de derivativos, em que os EUA se anteciparam, na semana passada, com sua própria proposta.
A competição explícita não deixa de ser intrigante: supunha-se que o G20 fosse o ponto de encontro para uma cooperação global e para a coordenação de medidas. Nesse ritmo, a cúpula de Londres do grupo ficará apenas como uma "photo opportunity", porque os dois grandes, EUA e Europa, não estão coordenando nada nem entre si nem muito menos com os emergentes, como o Brasil, que parece voltar ao papel periférico de sempre.
SÃO PAULO - A Comissão Europeia, o braço executivo do conglomerado de 27 países, lançou ontem o seu projeto de regulação do sistema financeiro, cujas lacunas estão na origem da crise global. A proposta, que tem de ser referendada na cúpula do mês que vem, prevê a criação de um Conselho Europeu de Risco Sistêmico, cuja função será recolher e analisar toda a informação sobre o sistema financeiro, detectar possíveis riscos e avisar para que se tomem medidas para corrigi-los antes que provoquem uma crise.
Segundo ponto: dar mais poderes às autoridades europeias de supervisão para o controle de bancos transfronteiriços (que operam em vários países).
Esse segundo ponto é polêmico: países como os Estados Unidos e o Reino Unido se opõem a que seus centros financeiros sejam vigiados por supervisores externos.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, não escondeu que as propostas representam uma competição com os Estados Unidos: "Queremos que a Europa seja a primeira a aplicar os compromissos do G20 sobre supervisão transfronteiriça".
Na verdade, a Europa está sendo pioneira em tudo o que se refere aos compromissos assumidos no dia 2 de abril pela cúpula do G20 para a reforma do sistema financeiro global, exceto na área de derivativos, em que os EUA se anteciparam, na semana passada, com sua própria proposta.
A competição explícita não deixa de ser intrigante: supunha-se que o G20 fosse o ponto de encontro para uma cooperação global e para a coordenação de medidas. Nesse ritmo, a cúpula de Londres do grupo ficará apenas como uma "photo opportunity", porque os dois grandes, EUA e Europa, não estão coordenando nada nem entre si nem muito menos com os emergentes, como o Brasil, que parece voltar ao papel periférico de sempre.
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