Os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), estão empenhados em superar as divergências e construir um ambiente no partido que permita uma estratégia eleitoral comum para 2010. Querem isolar focos de resistência e organizar a máquina partidária. Um dos sinais desse pragmatismo é que, pela primeira vez, o PMDB não está gastando energia com o balão de ensaio da candidatura própria.
Dilma precisa atingir 20%
A avaliação predominante no PMDB é que, se a presidenciável Dilma Rousseff atingir 20% nas pesquisas até o final do ano, sua candidatura não é mais uma aventura. Na CNT/Sensus divulgada semana passada, ela teve 13,5% em cenário de disputa com José Serra. Nesse caso, o partido, que já tem o lugar de vice garantido, não quer se perder em brigas internas. A tarefa de unir o PMDB engloba os ministros. Há insatisfação com Reinhold Stephanes (Agricultura) e José Temporão (Saúde) que não atenderiam os deputados. Eles reclamam que o PP, com apenas uma pasta, a das Cidades, é mais articulado do que o PMDB, com seis.
No PMDB não tem major, só tem coronel. Então o sujeito já entra criando dissidência e dando opinião" - Moreira Franco, alertando para a importância da unidade
BLOCO NA RUA. A disputa interna no PSDB entre Aécio Neves e José Serra pela candidatura a presidente da República chegou às ruas. Circula em São Paulo e chegou a Brasília o adesivo: "Virei mineiro de coração! Aécio Neves 2010", diz a propaganda antecipada, com as cores do partido e o símbolo tucano. Pelo visto, o apelo de Fernando Henrique Cardoso para que eles se concentrem na oposição ao PT não surtiu efeito.
Blitz
A Advocacia Geral da União vai fazer um esforço concentrado a partir de março para cobrar multas de crimes ambientais já processadas. Os valores chegam à casa dos bilhões e cogita-se até o sequestro de bens dos devedores. O castelo ruiu
O procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, requisitou ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), as notas fiscais da verba indenizatória de 2007 e 2008 do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG).
Prestígio em baixa
O ministro José Múcio (Relações Institucionais) fez um apelo para que os líderes da base governista prestigiem o Conselho Político, integrado também pelos presidentes de partidos aliados. Nas reuniões do fim de 2008, o conselho foi esvaziado. Em contrapartida, os líderes cobraram a inclusão na pauta de assuntos de interesse dos partidos e das bancadas. Na reunião da próxima semana, o tema central será a crise econômica.
Nova elite
Gim Argello (PTB-DF), da tropa de choque da campanha de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado, ganhou um gabinete no 14º andar do Anexo I, ala nobre do Senado. Efraim Morais (DEM-PB), que deixou a Mesa Diretora, desalojou o departamento de pagamento e se instalou no 8º. O ex-presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN) despejou a contabilidade e ocupou o 12º. No prédio já estavam Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
OVERBOOKING. Ministros, senadores e deputados tiveram a agenda monopolizada esta semana pelos prefeitos que estavam em Brasília. Orlando Silva (Esporte), que transferiu seu gabinete para o lugar do encontro, recebeu mais de cem.
BYE BYE. Líderes da base e da oposição fizeram anteontem jantar de despedida para o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP).
TERMINOU sem acordo reunião do Parlamento do Mercosul, segunda-feira, para adotar a proporcionalidade em sua composição. O Paraguai está irredutível. |
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