Estadão:
Em meio à crise financeira que já mostrou forte impacto na arrecadação de novembro, a secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, promoveu nos dois últimos meses a mais profunda mudança de pessoal dos últimos 40 anos. As trocas, que no início do mês chegaram aos escalões intermediários com a substituição de mais de 50 coordenadores, têm provocado um grave problema de descontinuidade, paralisando setores como a fiscalização, combate à sonegação e repressão ao contrabando.
Auditores fiscais experientes já falam em "colapso" e "falta de comando" nessas áreas. Segundo eles, a estratégia de ações de fiscalização traçada para esse ano foi interrompida desde que a nova secretária assumiu o cargo em julho passado.Com o agravamento da crise, a reestruturação da Receita numa "tacada só" já levou apreensão à Casa Civil e a áreas do Ministério da Fazenda que lidam diretamente com a preparação de medidas tributárias, negociações com o Congresso, simulações, previsão e acompanhamento de arrecadação.
A avaliação dos fiscais é que a secretária foi politicamente inábil ao fazer uma mudança tão profunda de uma vez só e em meio à crise. Lina Maria mudou também o regimento da Receita e fez uma reforma ampla na estrutura do órgão. "Mesmo que os nomeados sejam competentes, não se muda todos os chefes sem prejuízos para a administração. É assim também nas empresas", disse uma fonte do Palácio do Planalto. Segundo a fonte, com a "crise chegando" na arrecadação o ministro da Fazenda, Guido Manteg, terá de dar uma atenção maior à Receita. No dia-a-dia, é o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, quem lida com a área. É ele o "padrinho" da escolha da secretária para o cargo.
Além de mudar os secretários-adjuntos, a secretária promoveu substituições nos cargos mais estratégicos. Entre eles, os superintendentes regionais, trocados majoritariamente por sindicalistas, conforme publicou o Estado em novembro passado.
Agora, as mudanças, publicadas no Diário Oficial da União de 5 de dezembro, chegaram ao escalão intermediário. O subsecretário Carlos Alberto Barreto, único remanescente da cúpula da equipe anterior, deve sair no início do ano.
Auditores fiscais experientes já falam em "colapso" e "falta de comando" nessas áreas. Segundo eles, a estratégia de ações de fiscalização traçada para esse ano foi interrompida desde que a nova secretária assumiu o cargo em julho passado.Com o agravamento da crise, a reestruturação da Receita numa "tacada só" já levou apreensão à Casa Civil e a áreas do Ministério da Fazenda que lidam diretamente com a preparação de medidas tributárias, negociações com o Congresso, simulações, previsão e acompanhamento de arrecadação.
A avaliação dos fiscais é que a secretária foi politicamente inábil ao fazer uma mudança tão profunda de uma vez só e em meio à crise. Lina Maria mudou também o regimento da Receita e fez uma reforma ampla na estrutura do órgão. "Mesmo que os nomeados sejam competentes, não se muda todos os chefes sem prejuízos para a administração. É assim também nas empresas", disse uma fonte do Palácio do Planalto. Segundo a fonte, com a "crise chegando" na arrecadação o ministro da Fazenda, Guido Manteg, terá de dar uma atenção maior à Receita. No dia-a-dia, é o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, quem lida com a área. É ele o "padrinho" da escolha da secretária para o cargo.
Além de mudar os secretários-adjuntos, a secretária promoveu substituições nos cargos mais estratégicos. Entre eles, os superintendentes regionais, trocados majoritariamente por sindicalistas, conforme publicou o Estado em novembro passado.
Agora, as mudanças, publicadas no Diário Oficial da União de 5 de dezembro, chegaram ao escalão intermediário. O subsecretário Carlos Alberto Barreto, único remanescente da cúpula da equipe anterior, deve sair no início do ano.
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