Baltimore tem a segunda maior taxa de homicídios dos EUA, com 55,8 assassinatos por 100 mil habitantes.| Foto: Imagem de Bruce Emmerling por Pixabay
Eis o que o presidente Donald Trump twittou sobre um congressista de Baltimore e sua cidade: “Elijah Cummings (deputado pelo Partido Democrata) tem se comportado como um fanfarrão, provocando os grandes homens e mulheres da Patrulha da Fronteira sobre as condições na fronteira Sul, quando na verdade seu distrito de Baltimore é muito pior e mais perigoso. Seu distrito é considerado o pior dos EUA”.
"Como foi provado na semana passada durante uma visita do Congresso, a fronteira é limpa, eficiente e bem administrada, apenas muito cheia", acrescentou Trump. “O distrito de Cummings é uma bagunça infestada de ratos. Se ele passasse mais tempo em Baltimore, talvez pudesse ajudar a limpar este lugar imundo e muito perigoso.”
As alegações de Trump, sugerindo que o distrito democrata de Baltimore, em Maryland, é "considerado o pior e mais perigoso", foram chamadas de racistas.
Mas é fácil saber se as alegações de Trump têm algum mérito. É só recorrer aos fatos. Vamos ver alguns.
Em 2018, Baltimore foi classificada como uma das "Cidades mais infestadas por ratos" no país pela empresa de controle de pragas Orkin. Embora tenha havido progresso nos últimos anos, Baltimore ocupa o nono lugar em infestação de ratos, abaixo da sua sexta posição há dois anos na lista de Orkin.
E quanto à segurança?
Em 2017, St. Louis teve a maior taxa de homicídios do país, com 66,1 homicídios por 100.000 habitantes. Baltimore ficou em segundo lugar, com 55,8 assassinatos por 100 mil pessoas. O fato desagradável é que as cidades predominantemente negras e democratas têm os piores registros de segurança pública.
A Trace, uma organização independente de notícias sem fins lucrativos, usando os dados de 2017 do programa Uniform Crime Reporting do FBI, listou as 20 maiores cidades dos EUA com as maiores taxas de homicídio. Depois de St. Louis e Baltimore, Detroit ficou em terceiro lugar, com 39,8 assassinatos por 100 mil pessoas.
Outras cidades com altas taxas de homicídio incluíam Nova Orleans; Kansas City (Missouri); Cleveland; Memphis (Tennessee); e Newark (Nova Jersey). Com 24,1 assassinatos por 100.000 habitantes, Chicago ficou em nono lugar no país, seguida por Cincinnati e Filadélfia. Washington, D.C., foi a 17º.
E quanto à educação em Baltimore?
Em 2016, em 13 das 39 escolas secundárias de Baltimore, nem um único aluno obteve proficiência no exame de matemática do estado. Em outras seis escolas secundárias, apenas 1% conseguiu proficiência em matemática. Em números brutos, 3.804 estudantes de Baltimore fizeram o teste de matemática do estado e 14 conseguiram a proficiência. Apenas 15% dos estudantes de Baltimore passaram no teste de inglês do estado.
Dinheiro não é o problema. Dos 100 maiores sistemas escolares do país, as escolas de Baltimore ocupam o terceiro lugar em gastos por aluno.
Os alunos negros de Baltimore recebem diplomas que atestam que podem atuar em um nível equivalente ao segundo grau completo, quando, na verdade, podem não ser capazes de fazê-lo em um nível de sexta, sétima ou oitava série. Embora não suspeitem, na prática os diplomas desses estudantes são fraudulentos.
Resultado: se não conseguirem passar em um concurso público, acusarão o exame de ser racista. Quando recebem notas baixas na faculdade e fracassam, eles atribuem sua situação ao racismo.
A informação que esses estudantes negros têm é que eles, assim como estudantes brancos, têm um diploma do ensino médio e a única explicação que eles vêem para resultados desiguais é o racismo. A mesma história de resultados pobres da educação pode ser contada sobre a maioria das cidades com grandes populações negras.
Os problemas que os negros enfrentam independem de quem é o presidente dos EUA. Esses problemas não foram amenizados quando Barack Obama era presidente. Esses problemas não serão amenizados pela presidência de Trump, embora a taxa de desemprego negro seja consideravelmente menor.
A lição para os negros é que os políticos e o governo não são soluções. Se fossem, com um gasto público que ultrapassa US $ 22 trilhões nos últimos 50 anos, os negros não enfrentariam os problemas de hoje.
Walter E. Williams é colunista do The Daily Signal e professor de economia na George Mason University.
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