O GLOBO - 07/10
‘Não imaginei que sua intolerância lhe provocasse comportamento tão patológico’
Prezada Cora,
foi com pesar que li sua coluna “O bicho pega, o bispo come”, neste dia 6 de outubro, no jornal O Globo, na qual você diz que “não consegue olhar para a cara do Marcelo Crivella”. Em período eleitoral é claramente uma posição política. Entendo que todos temos preferências, mas não imaginei que sua intolerância lhe provocasse comportamento tão patológico.
Nunca deixei de olhar no rosto de ninguém por causa de suas convicções religiosas, políticas, ou escolhas de vida. Por isso me surpreendeu a forma preconceituosa como uma distinta jornalista, como você, se refere a um senador eleito duas vezes pela decisão democrática do povo do Rio de Janeiro. Nestes tempos em que, felizmente, o combate à intolerância religiosa entrou definitivamente na agenda de quem defende a democracia, eu gostaria de contar a você, e aos seus leitores e seguidores nas redes sociais, como a fé surgiu em minha vida. É uma história que poucos conhecem.
Nasci em Botafogo e morava na Gávea. Quando tinha sete anos, meus pais passaram por alguns desajustes. Sou filho único, não tinha irmãos com quem dividir minhas angústias; meu medo era de que meus pais se separassem. Uma vizinha, dona Beatriz, me ajudou nessa época. Era uma senhora paulista, a quem eu tratava como avó. Ela percebia meu desconforto e, aos domingos, enquanto os outros meninos seguiam para a praia, eu ia com ela para a Igreja Metodista do Jardim Botânico, aquela ao lado da ABBR. Ali, conheci a Bíblia e me tornei evangélico.
Foi na Escola Manoel Cícero, na Praça Santos Dumont, onde estudava, que me deparei, ainda um menino, com o preconceito: eu tinha que explicar aos professores e aos colegas por que não era católico, por que tinha escolhido a igreja Metodista. Mas não abri mão da minha fé, e continuei frequentando a mesma igreja. A Universal só seria fundada quase 20 anos depois.
O tempo passou, o preconceito hoje é bem menor, mas, em período eleitoral, por razões que cabem aos eleitores avaliar, ressurge no coração dos inconformados, contrariados pela decisão soberana do povo em colocar no segundo turno o objeto de sua repulsa. Mas respeito sua opinião e jamais deixaria de olhar em seu rosto.
Me despeço respeitosamente,
Marcelo Crivella.
‘Não imaginei que sua intolerância lhe provocasse comportamento tão patológico’
Prezada Cora,
foi com pesar que li sua coluna “O bicho pega, o bispo come”, neste dia 6 de outubro, no jornal O Globo, na qual você diz que “não consegue olhar para a cara do Marcelo Crivella”. Em período eleitoral é claramente uma posição política. Entendo que todos temos preferências, mas não imaginei que sua intolerância lhe provocasse comportamento tão patológico.
Nunca deixei de olhar no rosto de ninguém por causa de suas convicções religiosas, políticas, ou escolhas de vida. Por isso me surpreendeu a forma preconceituosa como uma distinta jornalista, como você, se refere a um senador eleito duas vezes pela decisão democrática do povo do Rio de Janeiro. Nestes tempos em que, felizmente, o combate à intolerância religiosa entrou definitivamente na agenda de quem defende a democracia, eu gostaria de contar a você, e aos seus leitores e seguidores nas redes sociais, como a fé surgiu em minha vida. É uma história que poucos conhecem.
Nasci em Botafogo e morava na Gávea. Quando tinha sete anos, meus pais passaram por alguns desajustes. Sou filho único, não tinha irmãos com quem dividir minhas angústias; meu medo era de que meus pais se separassem. Uma vizinha, dona Beatriz, me ajudou nessa época. Era uma senhora paulista, a quem eu tratava como avó. Ela percebia meu desconforto e, aos domingos, enquanto os outros meninos seguiam para a praia, eu ia com ela para a Igreja Metodista do Jardim Botânico, aquela ao lado da ABBR. Ali, conheci a Bíblia e me tornei evangélico.
Foi na Escola Manoel Cícero, na Praça Santos Dumont, onde estudava, que me deparei, ainda um menino, com o preconceito: eu tinha que explicar aos professores e aos colegas por que não era católico, por que tinha escolhido a igreja Metodista. Mas não abri mão da minha fé, e continuei frequentando a mesma igreja. A Universal só seria fundada quase 20 anos depois.
O tempo passou, o preconceito hoje é bem menor, mas, em período eleitoral, por razões que cabem aos eleitores avaliar, ressurge no coração dos inconformados, contrariados pela decisão soberana do povo em colocar no segundo turno o objeto de sua repulsa. Mas respeito sua opinião e jamais deixaria de olhar em seu rosto.
Me despeço respeitosamente,
Marcelo Crivella.
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