NOVAS VAGAS NA CARCERAGEM INDICAM MAIS PRISÕES
O pedido da Polícia Federal de remoção de oito presos, entre os quais os presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, para um presídio nos arredores de Curitiba, pode representar um novo movimento para abrir vagas, na carceragem da PF, tendo em vista a expectativa de eventuais novas prisões. Esse tipo de movimento já aconteceu antes, às vésperas de várias fases da Operação Lava Jato
NOVOS PERSONAGENS
Em Brasília, há a forte expectativa de prisão de vários personagens cujo envolvimento ficou patente na “Politeia”, a 14ª fase da Lava Jato.
MATERIAL SOB ANÁLISE
O material recolhido nos 53 mandados de busca na “Politeia” pode oferecer elementos para que o juiz Sérgio Moro decrete novas prisões.
POLÍTICOS BLINDADOS
De todos os investigados, somente os detentores de mandato estão menos intranquilos: eles só podem ser presos em flagrante delito.
PROCEDIMENTO PADRÃO
O delegado federal Igor de Paula, da força-tarefa da Lava Jato, afirma que a transferência de presos é um “procedimento padrão”. É mesmo.
IMPEACHMENT DEPENDE DE CONCESSÕES DE DILMA
O impeachment atormenta, de forma persistente, a presidente Dilma. E mesmo com o tom menos beligerante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), peemedebistas na Câmara acreditam que o apoio à cassação, no Congresso, depende da liberação de cargos e emendas. A expectativa é do “fato jurídico concreto” nos processos que tramitam contra Dilma no Tribunal de Contas da União e no Tribunal Superior Eleitoral.
BECO SEM SAÍDA
Para parlamentares da base aliada do governo, se houver “fato jurídico” (prova) será impossível apoiar um governo com só 7% de aprovação.
ÀS CLARAS
Uma possível votação de pedido de impeachment contra a presidente Dilma seria realizado no Plenário da Câmara. E com votos abertos.
RECUO ESTRATÉGICO
A pedido de Michel Temer, Cunha resolveu adotar discurso menos inflamado, mas insiste na ideia de angariar apoio pelo impeachment.
CAÇA AOS MINISTROS
O ex-presidente Lula ainda defende as demissões dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Para ele, Mercadante boicota as negociações com a base aliada, especialmente com o PMDB de Michel Temer, e Cardozo “perdeu o controle” da PF.
NO MESMO BARCO
Petistas acreditam que o envolvimento de Lula na Lava Jato pode selar o destino de Dilma e até o impeachment. Ela pediu aos ministros para defenderem o ex-presidente publicamente, mas pode ser tarde demais.
SEM MORAL
Pela primeira vez em seu governo, não existem mais ministros ou ex-ministros de Dilma Rousseff no Conselho de Administração da Petrobras desde a saída de Guido Mantega, no mês de março este ano.
ESTÃO MESMO
Ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu virou profeta: há dois meses ele desabafara que Lula e Dilma foram covardes no julgamento do mensalão. “Agora estamos todos no mesmo saco”, disse ele.
OPORTUNIDADE
O embargo americano a Cuba ainda existe, mas, diante da vontade política do capital, não há conservadorismo nem esquerdismo que resista. Com mais de 95% da economia estatizada, tudo está por fazer. Em Brasília, empresários locais se mobilizam. Os paulistas já foram.
DUDU FICA
Eduardo da Fonte (PE) diz que recebeu apoio dos colegas e segue como líder do PP. ‘Instituí que a liderança vigora por um ano, fico até o fim de 2015, mas estou a disposição da vontade da bancada’, explica.
MUSCULATURA
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) turbina o PSC, dando relatorias relevantes para André Moura (PSC-SE). Caso o PMDB não lhe dê espaço para a eleição presidencial de 2018, Cunha considera ir para o partido cristão.
ESPERTALHÃO
A Operação Política Supervisionada (OPS) descobriu que o deputado Wellington Roberto (PR-PB) está utilizando dinheiro público de maneira irregular. Ele abastece veículos de seu escritório parlamentar em posto cujos irmão e cunhado são sócios. A conta já chega a R$ 190 mil.
PENSANDO BEM...
Se o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é tão transparente, deveria ser o primeiro a defender a CPI. l
PODER SEM PUDOR
BARRINHAS NO DISCURSO
Ao defender seu cliente Duda Mendonça na tribuna do Supremo Tribunal Federal, no caso do mensalão, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro ("Kakay") reclamou da dificuldade de enfrentar o procurador-geral da República, destacando que enquanto Roberto Gurgel, então PGR, toma cafezinho com os ministros, ele não tem acesso nem mesmo a barrinha de cereais. Assistentes do colega dele José Luís de Oliveira Lima, que defendeu José Dirceu, não resistiram à brincadeira: compraram-lhe uma barrinha de cereais. Mas, ao entregá-la, Kakay agradeceu e recusou:
- Eu não gosto de barrinhas de cereais...
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