“Essa é a parte cinza da operação”
Delator Júlio Camargo sobre o destino da propina do lobista Fernando Baiano (PMDB)
PARA LULA E RENAN, DILMA DEVE DEMITIR MERCADANTE
Durante almoço com Lula, em Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), responsabilizando-o diretamente pelos desacertos que levaram o governo Dilma a derrotas seguidas, em votações no Congresso. Lula concordou com as críticas e a avaliação de Renan e confirmou seu empenho, até hoje inútil, para convencer Dilma a demitir o trapalhão.
GOVERNO SEQUESTRADO
Lula já chegou a afirmar, em reuniões com aliados, que Mercadante “sequestrou o governo”. Para ele, pior foi Dilma aceitar influência dele.
SOLUÇÃO UNÂNIME
Lula se disse ciente de que a saída de Mercadante abriria caminho para um melhor relacionamento com a Câmara de Eduardo Cunha.
‘SABOTAGEM’
Acusado de afastar Dilma de quem ela dê ouvidos, Mercadante estaria empenhado em “sabotar” o trabalho do vice Michel Temer.
APOSTA NO FRACASSO
Mercadante se sentiu “humilhado” ao ser substituído por Michel Temer na articulação política. Por isso torce pelo fracasso da missão do vice.
BAIXA ADESÃO LEVA GREVE NO ITAMARATY AO FRACASSO
A greve no Ministério das Relações Exteriores teve adesão tão baixa que nem sequer suspendeu os serviços em qualquer dos postos diplomáticos mundo afora. Segundo levantamento do Itamaraty, cerca de 150 funcionários em todo o mundo aderiram ao movimento, dos quais apenas quinze são diplomatas. A greve foi mais percebida em Brasília e Nova York, mas sem grandes prejuízos aos serviços.
DESNECESSÁRIA
A greve é considerada “desnecessária” pela cúpula do Itamaraty, que se orgulha de estar empenhada em solucionar os problemas da Casa.
REIVINDICAÇÕES
O Sinditamaraty convocou a greve para exigir auxílio moradia no exterior definida por lei e reenquadramento salarial.
GREVE FRACA
Segundo o sindicato, o MRE aceitou as reivindicações dos diplomatas e oficiais de chancelaria já na terça (12), o que enfraqueceu a greve.
COMOVENTE FIDELIDADE
Ex-presidente da CUT, o deputado Vicentinho (PT-SP) reapareceu na Câmara, esta semana. Ele havia sumido há uns dez dias, para não ter de votar em medida provisória suprimindo benefícios trabalhistas.
DETONANDO A VIÚVA
O governo não fechou a conta da distribuição de cargos. Em troca de apoio ao pacote fiscal, Dilma prometeu entregar uma boquinha a cada deputado por Estado, e duas para cada senador. A firma é rica.
AUSÊNCIA
O PDT já está fora do governo. Na quarta (13), nem se deu ao trabalho de ir à reunião com Michel Temer, no Palácio Jaburu, com os aliados do governo PP, PR e PCdoB. Mandou avisar que votaria contra.
COMO EM DIA DE MUDANÇA
Mais perdido do que no dia em que acusou Renan Calheiros de ser o padrinho do seu amigo Nestor Ceveró, Delcídio Amaral (PT-MS) pegou nova carona com o presidente do Senado para ter acesso a Lula, e pedir orientação para exercer o cargo de líder do governo. Não a teve.
DE SAÍDA DO PT?
O senador Paulo Paim (RS) em rota de colisão com o PT, diz que vai votar contra as MPs 664 e 665, do pacote de maldades do governo. Espera-se que não desapareça do plenário na hora agá, como já o fez.
DEMOROU, MAS CAIU
A Polícia Federal afastou o superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul. Ligado ao PMDB, Francisco Signor é suspeito de interferir na fiscalização de leite adulterado. Ele também é empresário do setor, o que é incompatível com o cargo que ocupava há 12 anos.
TRIBUNA PARA SIMON
Admirador do ex-senador Pedro Simon, o deputado JHC (SD-AL) apresentou requerimento na CPI da Petrobras, da qual é membro, para que o político gaúcho seja convidado a relatar, em audiência pública, sua longa luta por uma CPI das Empreiteiras (ou dos Corruptores).
NOVO PRESIDENTE
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), participa nesta sexta-feira (15) da posse do novo presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda, que foi por ele indicado.
PODER SEM PUDOR
HISTÓRIA SECRETA DA ECO 92
O Brasil fez esforços de bastidores para garantir o êxito da conferência mundial Eco-92, no Rio. Como no caso do americano George Bush, que não confirmava presença e por isso vários outros dignitários hesitavam. O oceanógrafo francês Jacques Cousteau, que se fizera amigo do então presidente Fernando Collor, advertiu:
- Fernando, olha, se o Bush não vier, isto aqui vai ser um desastre...
- Mas ele tem de vir, comandante...
- Vamos lá, você e eu? - propôs Cousteau.
Collor avisou o Itamaraty que viajaria a Washington e iria direto do aeroporto à Casa Branca. Ficariam plantados em pé, ele e Cousteau, até serem recebidos pelo presidente dos Estados Unidos.
- O senhor me dá 24 horas? - pediu o então chanceler Celso Lafer.
No dia seguinte, o presidente americano confirmaria sua presença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário