O GLOBO - 21/10
A virada na eleição presidencial constatada pelo Datafolha na pesquisa divulgada ontem ainda não é definitiva a favor da presidente Dilma, mas sinaliza uma tendência que pode ganhar velocidade até o próximo domingo, dia da eleição. Mesmo essa tendência, porém, precisa ser ainda confirmada, e as próximas pesquisas, quase diárias e de institutos diferentes, marcarão a evolução do eleitorado nestes últimos dias de campanha.
Ganha relevância maior, neste caso, o debate a ser promovido pela Rede Globo na sexta- feira, último dia da campanha eleitoral. Além desse detalhe de calendário, o debate terá a novidade em relação aos demais de colocar eleitores indecisos para fazer perguntas aos candidatos, o que pode ser fundamental na hora de definir o voto. Pesquisa recente do Datafolha mostra que parte do eleitorado decidiu no primeiro turno entre o sábado e o domingo da eleição, o que teria provocado os erros dos institutos de pesquisa.
O empate técnico ainda se mantém, mas o fato é que houve uma inversão de posições na liderança que demonstra uma alteração de quadro importante. Dilma Rousseff ganhou 3 pontos percentuais nos votos válidos, que, tirados do concorrente direto, podem significar um ponto de inflexão.
Mesmo que já não seja mais aquela militância aguerrida de outros tempos, a do PT tem mais história que a do PSDB, cujos eleitores serão testados nestes últimos dias de campanha. Há uma tese de que parte dos eleitores tucanos não revela seu voto nem nas pesquisas, para não sofrer pressão, e esse "voto oculto" poderia fazer a diferença na hora decisiva.
Nunca houve tanta chance de derrotar o PT quanto agora, mas a resiliência da candidatura de Dilma Rousseff, que não é a mais carismática das candidatas nem a mais amada entre seus próprios pares, mostra que ainda existe um forte sentimento petista no eleitorado, que mistura os ideológicos com os beneficiários dos programas sociais temerosos de perder as vantagens, e uma classe média que não quer arriscar o que já ganhou, os dois últimos grupos influenciados pela propaganda negativa desencadeada pela campanha petista.
Caberá à campanha de Aécio Neves tentar convencer os eleitores de que essa propaganda de boatos e ameaças do PT não corresponde à realidade, além de não deixar seus eleitores desanimarem na reta final. A propaganda petista teve sucesso em dois pontos cruciais até o momento: conseguiu reduzir a rejeição à presidente Dilma Rousseff, melhorando a aceitação de seu governo, e aumentar a rejeição a seu adversário, embora isso tenha sido alcançado através da mistificação e da boataria.
A disputa, neste momento, está sendo travada em estados em que o eleitorado mostrou-se dividido no primeiro turno: Rio de Janeiro e Minas Gerais. A presidente conseguiu manter uma pequena diferença no Rio, crescendo nesta reta final o suficiente para não deixar que o candidato tucano a superasse; e, em Minas, Aécio Neves ainda não abriu uma diferença tal que compense derrotas em outros estados e a melhoria da presidente Dilma em regiões onde o tucano vence, como no Sul.
Ganha enorme importância mais uma vez São Paulo, onde o PSDB está abrindo grande vantagem. Por isso a campanha petista nos últimos dias voltou a atacar o PSDB pela crise da água, um tema que não vingou na campanha para governador, mas que, com o agravamento da situação, pode tirar votos preciosos do tucano Aécio Neves.
Ganha relevância maior, neste caso, o debate a ser promovido pela Rede Globo na sexta- feira, último dia da campanha eleitoral. Além desse detalhe de calendário, o debate terá a novidade em relação aos demais de colocar eleitores indecisos para fazer perguntas aos candidatos, o que pode ser fundamental na hora de definir o voto. Pesquisa recente do Datafolha mostra que parte do eleitorado decidiu no primeiro turno entre o sábado e o domingo da eleição, o que teria provocado os erros dos institutos de pesquisa.
O empate técnico ainda se mantém, mas o fato é que houve uma inversão de posições na liderança que demonstra uma alteração de quadro importante. Dilma Rousseff ganhou 3 pontos percentuais nos votos válidos, que, tirados do concorrente direto, podem significar um ponto de inflexão.
Mesmo que já não seja mais aquela militância aguerrida de outros tempos, a do PT tem mais história que a do PSDB, cujos eleitores serão testados nestes últimos dias de campanha. Há uma tese de que parte dos eleitores tucanos não revela seu voto nem nas pesquisas, para não sofrer pressão, e esse "voto oculto" poderia fazer a diferença na hora decisiva.
Nunca houve tanta chance de derrotar o PT quanto agora, mas a resiliência da candidatura de Dilma Rousseff, que não é a mais carismática das candidatas nem a mais amada entre seus próprios pares, mostra que ainda existe um forte sentimento petista no eleitorado, que mistura os ideológicos com os beneficiários dos programas sociais temerosos de perder as vantagens, e uma classe média que não quer arriscar o que já ganhou, os dois últimos grupos influenciados pela propaganda negativa desencadeada pela campanha petista.
Caberá à campanha de Aécio Neves tentar convencer os eleitores de que essa propaganda de boatos e ameaças do PT não corresponde à realidade, além de não deixar seus eleitores desanimarem na reta final. A propaganda petista teve sucesso em dois pontos cruciais até o momento: conseguiu reduzir a rejeição à presidente Dilma Rousseff, melhorando a aceitação de seu governo, e aumentar a rejeição a seu adversário, embora isso tenha sido alcançado através da mistificação e da boataria.
A disputa, neste momento, está sendo travada em estados em que o eleitorado mostrou-se dividido no primeiro turno: Rio de Janeiro e Minas Gerais. A presidente conseguiu manter uma pequena diferença no Rio, crescendo nesta reta final o suficiente para não deixar que o candidato tucano a superasse; e, em Minas, Aécio Neves ainda não abriu uma diferença tal que compense derrotas em outros estados e a melhoria da presidente Dilma em regiões onde o tucano vence, como no Sul.
Ganha enorme importância mais uma vez São Paulo, onde o PSDB está abrindo grande vantagem. Por isso a campanha petista nos últimos dias voltou a atacar o PSDB pela crise da água, um tema que não vingou na campanha para governador, mas que, com o agravamento da situação, pode tirar votos preciosos do tucano Aécio Neves.
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