CONTRA O APARELHAMENTO DO ESTADO, VOTO AÉCIO 45
Usam-se fundos de pensão de estatais em altas negociatas, mas não se ouvem reclamações das vítimas, talvez por uma estranha solidariedade ideológica
Prestes a completar 12 anos de Planalto, o PT, ou facções dele, vê-se envolvido em alguns casos emblemáticos de uma característica relevante desse longo período no poder, a montagem de aparelhos do partido na máquina pública.
A invejável disciplina e empenho petistas na defesa da visão de mundo do partido se reflete no exercício do perigoso princípio de que “os fins justificam os meios”. Com este pano de fundo é que foi engendrado o mensalão, abastecido com dinheiro público desviado sem pudores para comprar apoio político-parlamentar ao primeiro governo Lula.
Os últimos meses têm sido férteis em casos nada abonadores derivados da atuação de aparelhos petistas. O que operou desde o primeiro governo Lula na Petrobras, num conluio entre sindicalistas, políticos e empreiteiros, apenas começa a ser conhecido com vazamentos de partes de longos depoimentos prestados sob acordo de delação premiada pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa.
O doleiro desse e outros esquemas, Alberto Youssef, fez o mesmo acordo com a Justiça e deve contribuir com informações também esclarecedoras deste que talvez seja o maior escândalo, em cifras, dos últimos tempos.
Soube-se há pouco da atuação enviesada dos Correios, em Minas, para privilegiar as candidaturas de Dilma e de Fernando Pimentel, esta ao governo do estado, na distribuição de peças de propaganda eleitoral.
Desvendada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, a história também é exemplar da atuação de aparelhos petistas, cujo resultado é a “privatização” dessas estatais por interesses partidários. E como a eleição presidencial tem sido a mais dura enfrentada pelo PT desde a vitória de Lula em 2002, todo este aparato de militantes instalados dentro da máquina do Estado — funcionários concursados ou não — trabalha nestes dias com empenho extra. Há muita coisa em jogo nas urnas — além do poder em si, empregos e dinheiro.
Na mesma linha dos golpes dados na Petrobras, há o uso criminoso de fundos de pensão de funcionários de empresas públicas, em altas negociatas, diante do silêncio do braço sindical petista e, por tabela, dos funcionários.
O próprio Youssef e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, são citados em investigações sobre malfeitos com dinheiro da Petros, fundo dos empregados da Petrobras, e Postalis, não por acaso o fundo dos Correios. Há várias operações de que resultam prejuízos para os fundos e, claro, lucros para os operadores.
Pouco ou nada se sabe de reclamações contra esses virtuais assaltos aos fundos. Talvez o silêncio se explique por alguma estranha solidariedade ideológica. Na Petrobras, há quem não critique a gestão no mínimo temerária de José Sérgio Gabrielli, em cuja administração Paulo Roberto fez a festa, por considerá-lo um “nacionalista”. Mais uma vez, fins justificam meios.
Prestes a completar 12 anos de Planalto, o PT, ou facções dele, vê-se envolvido em alguns casos emblemáticos de uma característica relevante desse longo período no poder, a montagem de aparelhos do partido na máquina pública.
A invejável disciplina e empenho petistas na defesa da visão de mundo do partido se reflete no exercício do perigoso princípio de que “os fins justificam os meios”. Com este pano de fundo é que foi engendrado o mensalão, abastecido com dinheiro público desviado sem pudores para comprar apoio político-parlamentar ao primeiro governo Lula.
Os últimos meses têm sido férteis em casos nada abonadores derivados da atuação de aparelhos petistas. O que operou desde o primeiro governo Lula na Petrobras, num conluio entre sindicalistas, políticos e empreiteiros, apenas começa a ser conhecido com vazamentos de partes de longos depoimentos prestados sob acordo de delação premiada pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa.
O doleiro desse e outros esquemas, Alberto Youssef, fez o mesmo acordo com a Justiça e deve contribuir com informações também esclarecedoras deste que talvez seja o maior escândalo, em cifras, dos últimos tempos.
Soube-se há pouco da atuação enviesada dos Correios, em Minas, para privilegiar as candidaturas de Dilma e de Fernando Pimentel, esta ao governo do estado, na distribuição de peças de propaganda eleitoral.
Desvendada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, a história também é exemplar da atuação de aparelhos petistas, cujo resultado é a “privatização” dessas estatais por interesses partidários. E como a eleição presidencial tem sido a mais dura enfrentada pelo PT desde a vitória de Lula em 2002, todo este aparato de militantes instalados dentro da máquina do Estado — funcionários concursados ou não — trabalha nestes dias com empenho extra. Há muita coisa em jogo nas urnas — além do poder em si, empregos e dinheiro.
Na mesma linha dos golpes dados na Petrobras, há o uso criminoso de fundos de pensão de funcionários de empresas públicas, em altas negociatas, diante do silêncio do braço sindical petista e, por tabela, dos funcionários.
O próprio Youssef e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, são citados em investigações sobre malfeitos com dinheiro da Petros, fundo dos empregados da Petrobras, e Postalis, não por acaso o fundo dos Correios. Há várias operações de que resultam prejuízos para os fundos e, claro, lucros para os operadores.
Pouco ou nada se sabe de reclamações contra esses virtuais assaltos aos fundos. Talvez o silêncio se explique por alguma estranha solidariedade ideológica. Na Petrobras, há quem não critique a gestão no mínimo temerária de José Sérgio Gabrielli, em cuja administração Paulo Roberto fez a festa, por considerá-lo um “nacionalista”. Mais uma vez, fins justificam meios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário