A presidente Dilma Rousseff já se aproxima da metade de seu mandato, mas tem pouco a apresentar à população. Na economia, o país não avança e deve fechar o biênio 2011-2012 com a pior média de crescimento do PIB desde o governo de Fernando Collor.
De acordo com a pesquisa do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que considera uma expansão da economia de 1,5% prevista para este ano, o crescimento médio anual do PIB deverá ser de apenas 2,1%.
Para efeito de comparação, no mesmo período dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, cujo legado é sistematicamente desconstruído pelos petistas, a média de crescimento foi de 3,2% e 2,3%, respectivamente.
Os índices de Lula, impulsionados por um cenário econômico internacional altamente favorável na época, são de 3,4% e 5,6%, ainda abaixo da média mundial no período. Só Collor, hoje notório aliado do petismo, teve média pior que Dilma (0,25%).
Os números raquíticos apresentados pelo atual governo deixam o Brasil em posição vergonhosa se comparado a outros países emergentes. Segundo levantamento do economista Alcides Leite, feito com base em projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), no acumulado de 2011 e 2012 a economia brasileira deve crescer cerca de um terço dos emergentes (4,2% a 11,8%).
No grupo dos Brics, ficaremos na lanterna, atrás de Rússia (8,2%), Índia (12%), China (17,7%) e até da África do Sul (5,8%), cuja taxa de desemprego chega a 25%. Em relação aos principais países da América Latina, novo vexame: o Peru deve fechar este biênio com uma expansão acumulada de 13,3%, seguido por Argentina (11,7%), Chile (11,2%), Colômbia (10,5%) e México (7,8%).
Não é só. Dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que, apesar de sentirem os efeitos da desaceleração mundial, os emergentes crescerão mais que o Brasil em 2012. Na China, o PIB deve avançar 7,5%, contra 4,4% da Índia, 3,4% da Rússia e 2,6% da África do Sul.
O Brasil segue patinando no governo Dilma, também graças à irresponsabilidade e ao populismo desenfreado de seu antecessor. Apesar de números melhores nos oito anos sob Lula, é inegável que o país perdeu oportunidades, ficando muito atrás dos demais emergentes, mesmo em um período marcado pelo "boom" econômico da economia internacional, entre 2003 (quando o PT assumiu o poder) e 2008.
Na ocasião, houve absoluta falta de compromisso com um projeto de desenvolvimento nacional, fazendo com que hoje o país pague um preço muito alto, sobretudo pela falta de investimento em infraestrutura.
Não bastasse ter tolerado a corrupção do mensalão ou as fraudes de pareceres técnicos em favor de empresas - mais recente escândalo protagonizado pela ex-chefe da gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, ligada a Lula -, além de tentado reabilitar politicamente o ex-presidente Collor, o PT termina o ano de braços dados ao ex-adversário no que diz respeito ao lamentável desempenho econômico sob seus governos.
Infelizmente, as perspectivas são desanimadoras também para 2013. A incompetência governamental é demasiada.
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