quarta-feira, julho 27, 2011

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Temor racional
SONIA RACY
O ESTADÃO - 27/07/11

Pouca gente acredita em resultado ruim, nos EUA, das negociações entre democratas e republicanos visando aumento do teto dos gastos. O governo Obama tem até dia 2 para conseguir aprovação do Congresso e evitar ter de escolher quais dívidas pagará e quais não serão pagas. Fato que causaria uma "pequena" confusão pelos mercados mundiais.

Mas nada é tão certo assim. Apesar de acreditar que essa possibilidade é remota, José Scheinkman, economista brasileiro radicado na Universidade de Princeton, não a descarta. "Não há como adivinhar o desfecho desse embate político", refletiu, ontem, de NY. Por outro lado, se recusa a fazer previsões sobre o que pode acontecer caso não haja acordo. "Só sei que não quero passar pela experiência de assistir ao fracasso das negociações. Seria coisa nunca antes vista no mundo".

E lembra: guerras se originam de decisões irracionais.

Temor 2

Na Europa, por sua vez, a solução encontrada para a Grécia está sendo paga pelo contribuinte. E não resolve o problema. Se Portugal ou Itália precisar de ajuda parecida, ela não caberá no bolso dos europeus. Visto que há um limite para isso, Scheinkman defende, como saída duradoura, a imposição de perdas aos investidores. O que, cá entre nós, também gerará sequelas nos mercados.

Temor 3
O que acontecerá no Brasil em uma situação dessas? O País, segundo o economista brasileiro, em um primeiro momento se segura na fome do mundo, por ser o produtor mundial de comida mais eficiente do planeta. "Temos de nos preocupar só depois que chineses e hindus pararem de comer."

Repaginada
De olho nas eleições municipais, o PT injetou R$100 mil em seu site. Com vídeo e coluna semanal de Lula, a página vai seguir a linha blog. Estreia dia 4, no Rio.

Voltagem
José Aníbal recebe Nelson Hubner hoje em SP. [17 E 18/12]Ante os apagões, o secretário paulista pedirá ao presidente da Aneel aumento do número de fiscais da Arsesp, agência que responde por São Paulo. De 16 para 28.

No trouble
Miranda Kassin, cover tupiniquim de Amy Winehouse, está com agenda lotada. Segundo seu empresário, Bill Aquino, até cidades como Belém e Macapá "fecharam" shows para o final do mês.

Torre de Pisa
O Fórum João Mendes está com rachaduras enormes. Tão grandes que a garagem do subsolo foi interditada. Segundo o TJ-SP, a empresa Jatobeton, de Recife, já começou obras no local. Preço? Cerca de R$ 4,4 milhões, via licitação.

Não é de hoje que a segurança do prédio de 23 andares é colocada em xeque. Em 2009, um inquérito foi instaurado e arquivado. Agora, a promotoria de Habitação estuda reabri-lo.

Escolhida
Será de Francisca Gavilán o desafio de dar vida a Violeta Parra no cinema.

O filme não tem data de estreia no Brasil, mas Denise Gomes, da BossaNovaFilms, assegura que a biografia vai virar série.

Bate-estaca

Luís Paulo Rosenberg, do marketing do Corinthians, quebrou a cabeça para chegar a alguns números do Itaquerão. Exemplo: serão necessárias na obra, nos próximos cinco meses, 3.200 estacas de 14 metros de altura.

Na frente

A Faap prepara tributo a Arcângelo Ianelli, a partir do dia 13. São 43 obras, da década de 40 até 2003.

Helena Lunardelli está dando consultoria de florismo para a nova série Oscar Freire 279. do Multishow. Prevista para estrear em agosto.

Vem aí mais um evento Paladar - Cozinha do Brasil. Abre amanhã, com coquetel, no Grand Hyatt.

O novo garoto-propaganda do Burger King no Brasil é o carnívoro Anderson Silva.

Dom Odilo Scherer e Michel Schlesinger, rabino, debatem a relação da Igreja Católica com a comunidade judaica. Amanhã, na Hebraica.

Marcelo Bratke quase não ganha o Brazilian International Press Award. O pianista deletou uma série de e-mails dos organizadores. "Pensei que fossem spams", conta.

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