Perdas com catástrofes alcançam US$ 44 bi
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 02/06/11
Os gastos decorrentes de catástrofes ocorridas neste ano, potencializados pelo acidente nuclear japonês e pelo tornado nos Estados Unidos, levarão 2011 a um dos mais altos patamares em termos de perdas seguradas, segundo empresas do setor.
O ano de 2010 -em que aconteceu o terremoto no Haiti- já registrara perdas econômicas, seguradas ou não, de US$ 218 bilhões, decorrentes de catástrofes naturais e sinistros causados pelo homem, segundo dados da resseguradora Swiss Re.
O custo global da indústria de seguros, em uma demonstração da ainda baixa penetração do serviço, superou US$ 43 bilhões.
Neste ano, só no primeiro trimestre, já são cerca de US$ 44 bilhões em perdas seguradas, segundo a corretora Marsh, com base em estimativas do mercado.
O acontecimento de tantos desastres naturais, aliado a um novo comportamento das corporações pós-crise de 2008 com relação a perdas inesperadas, elevou as áreas de gerenciamento de riscos nas empresas a uma posição estratégica, segundo Eugênio Pascoal, presidente da Marsh Brasil.
A área de gerenciamento de risco deixou de ser responsável apenas por comprar seguros de prevenção contra incêndios e sua função se uniu à governança.
"A forma de avaliar o risco ficou mais ampla após a crise. Passa agora por segurança da informação até a cadeia de fornecimento, que, no caso do Japão, uma economia com gestão de riscos evoluída, sofreu com a quebra na rede de fornecedores", afirma Pascoal.
BOLA DE SABÃO
A Bombril prevê ampliar em 30% a sua capacidade de produção de detergentes líquidos neste ano.
A companhia adquiriu novo maquinário de produção de embalagens e envase para a fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Importado da Alemanha e da Suíça, o equipamento é composto por injetora, sopradora, envasadora e rotuladora. Os investimentos foram de R$ 20 milhões.
"A capacidade da planta estava esgotada. E, como queremos ganhar participação de mercado, precisávamos desse investimento", diz Marco Aurélio Guerreiro de Souza, diretor-presidente da companhia.
O equipamento está em fase de testes e deve entrar em operação no final deste mês, segundo Souza.
A companhia estuda investimento e ampliação da unidade industrial de Sete Lagoas, em Minas Gerais. "Estamos na fase de elaboração de projetos."
No segundo semestre, a Bombril deve lançar nova marca de cosméticos.
INVESTIMENTO POR ESPORTE
Mais de 70% dos presidentes de empresas no Brasil dizem estar dispostos a investir na área desportiva, segundo pesquisa da FGV.
Quase 100% dizem acreditar no poder transformador do esporte para a educação e a inclusão social.
No setor privado, 76% associaram valores do esporte a sucesso profissional, por meio de "disciplina, foco, perseverança e equipe".
ACESSÓRIO ORIENTAL
O grupo Ornatus vai inaugurar mais de cem franquias de suas três marcas até o final deste ano.
Os investimentos nas novas unidades da Morana e da Balonè, ambas de bijuterias finas, segundo o grupo, e da Jin Jin Wok, de gastronomia asiática, serão superiores a R$ 30 milhões.
A Morana, que já tem três lojas no Porto e uma em Los Angeles, abrirá três franquias em Lisboa.
"Com as crises política e econômica, apareceram oportunidades interessantes em Portugal para nós", diz o proprietário do grupo, Jae Ho Lee.
O aumento das dificuldades para obtenção de crédito no Brasil também pode ser positivo para as três marcas, segundo Lee.
"As pessoas deixam de comprar carros e apartamentos, mas gastam mais em compras menores e que as deixam satisfeitas, como as peças do nosso setor."
Nova fábrica
A IBG (Indústria Brasileira de Gases) constrói uma nova fábrica no município de Serra (ES), com investimentos de R$ 5 milhões. Começa a operar em julho. A empresa já atua no Estado com enchimento de gases.
Na ponta da língua
A rede de franquias de idiomas paranaense Influx pretende aumentar sua atuação na região Sudeste. Até o final do ano, será aberta a primeira unidade da companhia no Rio e mais dez escolas em São Paulo.
Santo Antônio
O Boticário investiu R$ 27 milhões em pesquisa, desenvolvimento de produtos e campanha publicitária para os produtos do Dia dos Namorados. A empresa prevê alta de 15% nas vendas.
Fone de ouvido
A dinamarquesa GN Netcom, da marca Jabra, de acessórios para telecomunicações, chega ao Brasil. A empresa abriu escritório em São Paulo e fez alianças com Cisco, Microsoft e Avaya. Em 2010, faturou no mundo US$ 400 milhões.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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