Medidas do BC e classe C aquecem consórcio de moto
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 29/05/11
Além da venda de carros, que tem aquecido o mercado de consórcios no país, a comercialização de cotas para motos atinge recorde e amplia a participação entre as modalidades.
Após as medidas do Banco Central, de restrição ao financiamento de veículos no fim de 2010, o consórcio cresceu como alternativa.
Março foi o melhor mês em vendas para motocicletas em toda a história dos consórcios do produto no Brasil, que tem cerca de 40 anos.
O volume vendido alcançou 119,5 mil no mês.
No primeiro trimestre, a Abac (associação de administradoras de consórcios) registrou 336 mil vendas de novas cotas -20% acima de igual período de 2010.
A compra de motos entre jovens, como iniciação ao consumo de veículos, e a nova classe média contribuem para a alta. A presença da classe C no setor de motos cresceu 154% de 2006 a 2010, segundo a entidade.
A base de consorciados de motos já tem o maior peso no volume total do setor.
"Entre potenciais compradores não consorciados, 68,6% apontaram, em resposta múltipla, desejo de adesão a grupos para motocicletas, 67,4% para automóveis e 65%, imóveis, segundo pesquisa da Quorum Brasil", diz Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da Abac.
A VOLTA DO PAI PRÓDIGO
No Palácio do Planalto diz-se que não foi a presidente Dilma Rousseff quem pediu socorro e a intervenção do ex-presidente Lula para apaziguar ânimos na crise Palocci. O padrinho foi à Brasília porque se sentiu chamado.
COMUNICAÇÃO EM MANDARIM
Uma agência chinesa especializada na comunicação de empresas que se lançam em IPOs, as ofertas públicas iniciais de ações, na Bolsa de Hong Kong.
Esse é o escopo da SPRG, que assessorou em Hong Kong o lançamento da Vale, a primeira brasileira a abrir capital na Bolsa asiática, em dezembro de 2010.
O diretor-presidente da agência, Richard Tsang, diz que a SPRG busca fazer as operações mais especiais.
"Além do IPO da brasileira, fizemos, a primeira canadense, a primeira russa e a primeira malaia."
A companhia ajuda na elaboração de prospectos, organiza "road shows" e faz o contato com a mídia.
Entre as próximas a abrir capital por lá estão a grife italiana Prada, a trading suíça Glencore e a norte-americana Samsonite, nenhuma brasileira. "Virão outras, depois da Vale, mas recomendamos que a empresa tenha investimentos na China."
Tsang recomenda aos entrantes no mercado criar uma marca forte em mandarim: um nome parecido com o ocidental e com mensagem positiva. Exemplos: Coca-Cola passou a significar "deliciosa e felicidade"; Revlon, "orvalho nas flores da manhã". Outro cuidado é com costumes chineses: não presentear com relógio (exceto o de pulso) nem usar o número quatro. Ambos remetem a mau agouro.
IMEDIATO
A Ovomaltine acaba de entrar no mercado de bebidas prontas. A marca, pertencente a britânica ABF, quer faturar R$ 57 milhões com o produto em um ano.
Nos primeiros seis meses, as vendas serão restritas a São Paulo, devido às diferenças entre a nova bebida e o achocolatado.
"É um produto que precisa ter maior presença em lojas menores", diz Danilo Nogueira, gerente-geral para a América Latina.
Os principais concorrentes da empresa no setor são Nescau e Toddynho.
O QUE ESTOU LENDO
Cosette Alves, empresária
A empresária Cosette Alves, membro dos conselhos da Jovem Orquestra das Américas e do MIS (Museu da Imagem e do Som) de SP, acabou de ler "O Jornalista e o Assassino", de Janet Malcolm, e dedica-se agora a "Prisoner's Dilemma", de William Poundstone, e à releitura de "Bellle du Seigneur", de Albert Cohen. "Capital Ideas Evolving", de Peter Bernstein, não sai da cabeceira.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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