Valor de fundos imobiliários dobra em um ano
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 18/02/11
O valor consolidado de capitalização de mercado do setor de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) duplicou no último ano. Foi de R$ 4,1 bilhões em dezembro de 2009 para R$ 8,1 bilhões no final de 2010, segundo levantamento da Uqbar, empresa especializada em dados sobre securitização.
Em dezembro, quando sete desses fundos passaram a ter suas cotas negociadas no mercado secundário, o valor aumentou em R$ 2,2 bilhões.
O crescimento se deve à emissão de novos fundos e de novas cotas e, de forma complementar, à valorização de preço das cotas, segundo afirma Pedro Junqueira, sócio da Uqbar.
No final de 2010, o valor era composto pela capitalização de 44 fundos imobiliários, 18 a mais que em dezembro do ano anterior.
A maior contribuição individual para o aumento no valor veio do Brazilian Capital Real Estate Fund I, que, depois da emissão secundária, no final de 2010, atingiu a capitalização de R$ 1,1 bilhão.
Cerca de 91% dos fundos são compostos de imóveis e destes, 54,4%, no valor de R$ 4,05 bilhões, investem em prédios de escritório.
Em segundo lugar, dentre os que alocam recursos em imóveis, estão os que focam em lojas de varejo e shopping centers. Eles representam 19,6%, com recursos de R$ 1,46 bilhão.
Há ainda FII dedicados a títulos de renda fixa, com cotas negociadas no mercado secundário, o que não existia até dezembro de 2009.
NOVELO DE TESEU
A subsidiária brasileira da multinacional americana Invista, dona da marca Lycra, amplia sua presença no grupo. O executivo brasileiro Nicésio Cascone, vice-presidente de operações da Invista, assume também uma das fábricas da empresa nos EUA.
A planta, que abriga o centro de pesquisas da Lycra, é sua maior unidade de fibras com inovação.
Cascone já conduzia as unidades do grupo na América do Sul e no México.
Em outro projeto para o Brasil, ainda em fase de aprovação, a Invista estuda expandir a capacidade de produção de fio Lycra no país. A meta é construir uma nova fábrica na planta industrial da empresa, que já opera em Paulínia (SP).
O projeto deve entrar em operação entre o final de 2012 e o início de 2013.
"Aumentaria em 70% a capacidade de produção de fios de Lycra no Brasil."
ALTERNATIVA
Para não perder faturamento nem clientes com a alta do preço da carne bovina, redes de comida rápida e restaurantes estão adaptando seus cardápios.
O grupo de fast food Risotto Mix, com 40 lojas no país, alterou cerca de 20% dos seus pratos nas unidades em bairros populares.
Carnes nobres, como filé mignon e picanha, foram substituídas por opções mais baratas. Com isso, a rede manteve a média de preço dos pratos em R$ 21, enquanto nas lojas para classes A e B o preço médio é de R$ 29.
Nas oito unidades da churrascaria Bovinu's em São Paulo, os bufês passaram a servir mais opções de peixes e frango.
Nos rodízios, por sua vez, "fica difícil substituir a carne", diz Valcir Baldissera, gerente de compras da rede.
DE CARRINHO CHEIO
Os brasileiros costumam ir ao supermercado a cada cinco dias, de acordo com estudo da consultoria Nielsen.
Entre os países analisados pela pesquisa, Porto Rico é o único onde a frequência é maior: a cada quatro dias.
Os porto-riquenhos também são os que mais gastam em cada ida ao supermercado, R$ 37,50, mais que o dobro dos mexicanos, que estão em último lugar no levantamento, com R$ 16,10.
Já o valor médio gasto pelos brasileiros é de R$ 24,80.
As três maiores empresas do setor são responsáveis por 40% das vendas no Brasil. Os mais ricos são os principais consumidores dessas companhias, segundo a Nielsen.
Sábados e domingos são os dias em que as vendas nos supermercados atingem os valores mais altos, de acordo com a consultoria.
Exercício
A norte-americana My Gym escolheu o brasileiro Leandro Japequino para a presidência da rede na América Latina. O grupo abrirá neste ano franquias no Brasil, na Colômbia, na Argentina, no Uruguai e no Chile.
Oportunidade
A FGV organiza rodada para startups de todo o país apresentarem seus negócios a fundos de investimentos, como Criatec, DGF, Vox Capital, IdeiasNet e Effectua Capital. As inscrições podem ser feitas até amanhã.
Setor de baixa tecnologia encolhe na indústria
Tradicionais no Brasil, os setores de madeira, couros e calçados, vestuário e têxtil foram os que mais perderam espaço tanto na geração de emprego como na produção da indústria nos últimos anos, segundo a CNI.
Equipamentos de transporte como aeronaves, embarcações e motocicletas tiveram melhor desempenho, assim como veículos automotores e máquinas e equipamentos.
A perda de espaço na indústria se relaciona à intensidade tecnológica, segundo Renato da Fonseca, da CNI.
"Nos setores tradicionais como madeira e calçados, as empresas que estão sobrevivendo são as que conseguiram manter a competitividade com design e pesquisa."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e ANDRÉA MACIEL
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