domingo, fevereiro 06, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“Se o governo tivesse sobra de recursos, poderíamos ponderar”
MINISTRO GUIDO MANTEGA (FAZENDO) BATENDO O PÉ NO SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 545

DF: JUSTIÇA DECIDE SE MÉDICO VAI A JÚRI POPULAR 
A Justiça do DF marcou para o dia 21 o depoimento do médico Lucas Seixas Docas Jr., para decidir se ele vai ou não a júri popular pela morte da psicóloga Maria Cristina Alves da Silva, aos 37 anos, em fevereiro de 2008. A imperícia e negligência chocaram Brasília: durante cirurgia de redução bariátrica, o medico perfurou o intestino da paciente e nem percebeu. Ela morreria alguns dias depois de infecção generalizada.

NEM AÍ 
Maria Cristina reclamou de dores logo após a cirurgia, mas o médico Lucas Seixas Docas Jr. somente apareceria para vê-la 85 horas depois.

HOMICÍDIO DOLOSO 
O médico é acusado de assumir o risco de matar paciente: os exames demonstraram que não havia indicação médica para a cirurgia.

OUTRO CASO 
O Ministério Público também processa Lucas Docas Jr pela morte de Fernanda Wendling, professora do UniCeub que ele operou.

UMA FRAUDE 
Lucas Docas Jr. não integra entidades citadas em seu currículo e a tese de mestrado em cirurgia bariátrica foi cassada sob acusação de plágio.

ESTUDOS SUSPEITAM DA RESISTÊNCIA A BELO MONTE 
Laudos reservados que influenciaram o apoio de Lula e da presidente Dilma à usina hidrelétrica de Belo Monte, aos quais esta coluna teve acesso, lançam suspeitas sobre a resistência de alguns setores à obra, como ONGs ambientalistas e estrangeiras. Os estudos mostram que a usina significará energia barata e abundante e abastecimento garantido por mais de dez anos, e também a ocupação de fato da Amazônia. 

AÍ MORA O PERIGO 
A ocupação da Amazônia é um ótimo negócio para quem explora ou deseja explorar a região longe da vigilância dos órgãos do governo.

PINDAÍBA 
Dilma sinalizou que recebe, sem problemas, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), mas avisou que os cofres estão vazios.

FIGURA MISTERIOSA 
A festa da vitória do presidente da Câmara, Marcos Maia, foi bancada supostamente por um “Fabinho”, que tem prestígio na residência oficial.

ESTÁ FEIA A COISA 
A presidente Dilma recebeu levantamento mostrando que é caótica a situação nos governos estaduais do Piauí, Rio Grande do Norte, Pará, Paraíba, Alagoas e Amapá. Todos estariam tecnicamente quebrados.

TE CUIDA, PB 
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) domina hoje integralmente os Correios, por meio de sua condição de presidente do conselho, mas a ala ligada a Ricardo Berzoini, na moita, ameaça puxar-lhe o tapete.

ÁGUAS ROLANDO 
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que fecha os olhos com a privatização dos portos “na marra”, ignorando a lei, também não está nem aí para queixas de vizinhos, no 
Centro do Rio, com festinhas privês e moças desinibidas, que rolam há três meses. 

PROFILAXIA 
Renan Filho (AL), herdeiro de Renan Calheiros, articula uma tropa de choque de dez deputados para mostrar ao líder Henrique Eduardo Alves (RN), que sua ligação a Eduardo Cunha (RJ) faz mal ao PMDB.

NEM PENSAR 
São reduzidas as chances de o PMDB emplacar o ex-ministro Geddel Vieira Lima na Chesf. A presidente Dilma, que se considera do setor, quer um técnico competente no comando da estatal de energia.

BOTA-FORA 
O ex-senador Jorge Bornhausen pressiona o governador catarinense Raimundo Colombo com Gilberto Kassab rumo ao PMDB. Colombo prefere ficar no DEM, de olho no ambicioso antecessor Luiz Henrique.

NÃO PAGOU, DANÇOU 
A Câmara dos Deputados bloqueou acesso a alguns sites, a pretexto de exigirem “alto consumo da banda de acesso”. É que o contrato com a empresa que 
presta o serviço ainda não foi renovado.

LIÇÃO DE REGIMENTO 
O deputado João Lyra (PTB-AL) não votou na eleição do presidente da Câmara porque o equipamento biométrico não reconheceu sua digital. Deveria ter solicitado voto em papel. É o que consta do regimento.

PERGUNTA NO MERCADO 
Se o Brasil importa quase tudo da China, não sairia mais barato para o contribuinte importar uns políticos de lá? 

PODER SEM PUDOR
PASSE DE DEPUTADO 
O ex-ministro da Justiça Fernando Lyra era deputado corregedor da Câmara quando, em 1993, apurou denúncia de compra de três deputados – Onaireves Moura, Nobel Moura e Itsuo Takaiama - que teriam aceitado entre 30 mil e 85 mil dólares para trocar de partido. O trio foi cassado. Takaiama estranhou:
– Ué, jogador de futebol não vende passe? Por que nós não podemos?

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