Um tom acima
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 20/11/10
A proposta de resolução levada à Executiva do PT pelo presidente do partido, José Eduardo Dutra, acabou sendo transformada em uma manifestação mais enxuta, branda, e com tom de exaltação à vitória.
O texto inicial de Dutra dizia que a oposição fez campanha de baixo nível ‘tendo à sua disposição setores da mídia, com sua máquina de fabricar escândalos eleitoreiros’. Em seis páginas, o documento fazia menção indireta à polêmica sobre religião e aborto, que virou um dos focos do segundo turno das eleições presidenciais, e sublinhava que caberia à legenda, ‘respeitando convicções religiosas e ideológicas, enfatizar o caráter laico do Estado brasileiro’.
Mais tarde - A cúpula do partido considerou que uma resolução mais extensa, com a avaliação de acertos e erros da campanha colocaria fogo na reunião de ontem do diretório, programada para ser apenas uma celebração a Dilma. O ‘balanção’ interno será tema de novos encontros da sigla, sem a presença da presidente eleita.
Autocrítica - Apesar de exaltar o desempenho na campanha, o texto original falava em ‘erros políticos e de avaliação’ no primeiro turno. Entre outros pontos, dizia que o PT subestimou a subida de Marina Silva (PV) e ‘o poder dos factoide
Pacote - As despesas das solenidades em que d. Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, receberá a investidura de cardeal do papa Bento 16, realizadas entre hoje e amanhã, no Vaticano, serão custeadas pelo Itamaraty. A conta inclui transporte, recepção e até mesmo as vestes cardinalícias.
Diplomacia - Representado no evento pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, o governo não informa o total gasto e diz que embora o Brasil seja um Estado laico, o expediente é uma tradição desde 1905, quando o primeiro cardeal brasileiro foi nomeado pela Santa Sé.
Lua de mel - Por orientação do Palácio do Planalto, que quer evitar clima beligerante no Senado, a bancada recém-eleita do PT vai pedir nos próximos dias uma audiência com José Sarney (PMDB-AP). Na conversa, dirá que o PT não vetará nenhum nome do PMDB para presidir o Senado. Sarney é candidatíssimo à reeleição.
Desarquivado - Um dia após a condenação do primeiro envolvido no assassinato de Celso Daniel, a Polícia Civil de Campinas reabriu ontem, por determinação judicial, o inquérito que apura o caso do prefeito Toninho do PT, morto a tiros em setembro de 2001.
Vaivém - Clóvis Carvalho deixa nos próximos dias a Secretaria de Governo da prefeitura paulistana. A pedido de Gilberto Kassab (DEM), permanecerá em conselhos de administração de empresas municipais. Seu substituto será o atual presidente da Fundação Faria Lima, Nelson Hervey Costa, que, a exemplo do antecessor, é filiado ao PSDB.
Toga - Em guerra com o Palácio dos Bandeirantes por mais recursos, o Judiciário paulista foi aquinhoado com 67 emendas parlamentares ao Orçamento-2011. A maioria cobra aumento da fatia oferecida pelo governo tucano ao TJ, de R$ 5,6 bilhões.
Diplomacia - Representado no evento pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, o governo não informa o total gasto e diz que embora o Brasil seja um Estado laico, o expediente é uma tradição desde 1905, quando o primeiro cardeal brasileiro foi nomeado pela Santa Sé.
Lua de mel - Por orientação do Palácio do Planalto, que quer evitar clima beligerante no Senado, a bancada recém-eleita do PT vai pedir nos próximos dias uma audiência com José Sarney (PMDB-AP). Na conversa, dirá que o PT não vetará nenhum nome do PMDB para presidir o Senado. Sarney é candidatíssimo à reeleição.
Desarquivado - Um dia após a condenação do primeiro envolvido no assassinato de Celso Daniel, a Polícia Civil de Campinas reabriu ontem, por determinação judicial, o inquérito que apura o caso do prefeito Toninho do PT, morto a tiros em setembro de 2001.
Vaivém - Clóvis Carvalho deixa nos próximos dias a Secretaria de Governo da prefeitura paulistana. A pedido de Gilberto Kassab (DEM), permanecerá em conselhos de administração de empresas municipais. Seu substituto será o atual presidente da Fundação Faria Lima, Nelson Hervey Costa, que, a exemplo do antecessor, é filiado ao PSDB.
Toga - Em guerra com o Palácio dos Bandeirantes por mais recursos, o Judiciário paulista foi aquinhoado com 67 emendas parlamentares ao Orçamento-2011. A maioria cobra aumento da fatia oferecida pelo governo tucano ao TJ, de R$ 5,6 bilhões.
Piedade - O governador eleito Confúcio Moura (PMDB-RO) fez um apelo em seu blog, a fim de tentar esfriar a disputa por cargos no novo governo. ‘Infelizmente, tem mais gente do que cargos. Então, diletos amigos, tenham piedade de mim. Todos foram igualmente importantes, mas não cabem no copo d’água.’
Tiroteio
Se o PT já tem os seus três porquinhos definidos, será que o Zé Dirceu vai assumir de vez o papel de lobo mau?
DO SECRETÁRIO-GERAL DO PSDB-SP, CÉSAR GONTIJO, estabelecendo analogia entre a ação do ex-ministro da Casa Civil nos bastidores da transição e o apelido dado por Dilma Rousseff ao trio de ferro que coordenou sua campanha.
Contraponto
Olhos abertos
Na reunião da CCJ da Câmara, terça-feira, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu a palavra para discutir um projeto de interesse de arquitetos e urbanistas. O presidente, Eliseu Padilha (PMDB-RS), o atendeu de pronto, mas confundiu o seu nome com o de um petista do Distrito Federal:
- Com a palavra o nobre deputado Chico Vigilante! Alencar reagiu:
- Obrigado, mas o Vigilante é outro Chico. Eu sou o Chico Alencar, nem sempre muito vigilante...
Se o PT já tem os seus três porquinhos definidos, será que o Zé Dirceu vai assumir de vez o papel de lobo mau?
DO SECRETÁRIO-GERAL DO PSDB-SP, CÉSAR GONTIJO, estabelecendo analogia entre a ação do ex-ministro da Casa Civil nos bastidores da transição e o apelido dado por Dilma Rousseff ao trio de ferro que coordenou sua campanha.
Contraponto
Olhos abertos
Na reunião da CCJ da Câmara, terça-feira, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu a palavra para discutir um projeto de interesse de arquitetos e urbanistas. O presidente, Eliseu Padilha (PMDB-RS), o atendeu de pronto, mas confundiu o seu nome com o de um petista do Distrito Federal:
- Com a palavra o nobre deputado Chico Vigilante! Alencar reagiu:
- Obrigado, mas o Vigilante é outro Chico. Eu sou o Chico Alencar, nem sempre muito vigilante...
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