Dez razões
VERISSIMO
O GLOBO - 12/09/10
2 – Ele não sentiria falta.
Eike me livraria desses métodos inescrupulosos e me permitiria, finalmente, ser fiel ao lema
“Caviar: ou Beluga ou nada” que me acompanha desde a infância.
5 – Nós estaríamos colaborando, mesmo que modestamente, para a redistribuição de
renda no país.
6 – Eu teria mais, digamos assim, estofo moral para convidar a Luana Piovani para um cruzeiro no Caribe num daqueles navios que têm até metrô para o transporte interno, as piscinas têm cascatas e o show principal é do Cirque du Soleil com participação especial do Frank Sinatra, trazido de volta, com grande custo, para mais uma despedida.
Nossos camarotes seriam separados mas sempre haveria a esperança de que, em caso de furacão, ela batesse freneticamente na minha porta.
7 – Eu abandonaria, definitivamente, todos os meus outros planos para enriquecer depressa, como o de me transformar em médium de animais domésticos. A ideia era oferecer meus serviços a quem quisesse entrar em contato com cachorros ou gatos falecidos e transmitir suas mensagens do além, cuidando apenas para latir e
miar de forma convincente.
8 – Eu estaria sempre à disposição do Eike para escrever uma biografia elogiosa, melhorando passagens da sua vida e,
inclusive, lhe dando outro primeiro nome.
9 – Nós poderíamos estar inaugurando uma prática regular, a do Eike dar um milhão dos seus dólares todos os meses.
Pra mim.
10 – Eu... Mas o que estou dizendo? É claro que isso nunca vai acontecer. E, mesmo (consolo) um milhão de dólares não é mais o que era. Não quero.
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