O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, deve anunciar hoje que foi eleito presidente do Conselho das Américas, do BIS (Banco de Compensações Internacionais), considerado o banqueiro central dos bancos centrais, com sede em Basileia (Suíça).
Meirelles tem declarado que ainda não decidiu se vai continuar no BC brasileiro, mas que se dedicará ao cargo pelo menos até o dia 2 de abril.
A presidência do Conselho das Américas não é considerada conflitante com o comando de um banco central, por não exigir dedicação integral. O mandato é de dois anos.
O conselho coordena as atividades do BIS nos EUA, Canadá e América Latina em vários âmbitos, da regulação à tecnologia e questões comerciais.
Entre as iniciativas do conselho na região está a criação de um fundo de títulos latino-americanos. A ideia é promover a consolidação nos mercados de capitais na América Latina. O Brasil tem a proposta de se tornar um centro financeiro da região, mas outros países pretendem ter maior financiamento, volume e ver seu mercado crescer em importância.
Outra função do conselho é levar a posição da região para o banco. Os asiáticos já se agruparam dessa maneira e os europeus têm no Banco Central Europeu essa coordenação.
Ratreabilidade dos remédios preocupa setor
Os atacadistas de medicamentos pleiteiam no governo medidas para desatar o setor de distribuição no país.
O rastreamento de remédios e os impostos são os principais problemas, segundo a Abradilan (associação dos distribuidores de Laboratórios Nacionais).
"O ICMS é um dos entraves que prejudicam a distribuição de medicamentos. Cada Estado tem uma regra diferente", diz Geraldo Monteiro, diretor da Abradilan.
A carga tributária aplicada aos remédios representa, em média, 35% do preço ao consumidor. O alto custo inibe novos investimentos e favorece a informalidade.
A proposta da associação é reduzir o ICMS em toda a cadeia farmacêutica para 12%.
Quanto à rastreabilidade, Monteiro diz que a medida não é efetiva. "Medicamento é o segundo produto mais roubado no país."
FLOR E ESSÊNCIA
A Kenzo lança hoje uma linha feminina de perfumes a "Essentielle" e, em outubro, uma linha de fragrâncias para homens. Para 2011, a grife já decidiu trazer de volta ao Brasil sua linha de tratamento de beleza, que foi retirada do mercado brasileiro. A "Flower" é a segunda linha do gênero mais vendida no Brasil, e é uma das cinco marcas mais comercializadas do mundo.
O bom dos produtos de beleza Kenzo Ki ( que significa "energia interior"), segundo a diretora da marca, é que "eles não fazem promessas. E são produzidos com matérias rigorosamente naturais, como lótus, arroz e bambu". As vendas vão bem, 2011 deverá ser igualmente promissor, mas a tributação continua a mesma. Só de IPI, os perfumes importados têm cerca de 42%, diz ela.
"Por isso, nossas peças são mais caras que no exterior", diz Rouillé.
A FILA ANDA
Marcos Quintela faz as primeiras grandes mudanças na Young&Rubicam, desde que assumiu a presidência da agência, neste ano. Sylvia Panico assume a vice-presidência-executiva e o francês David Laloum passa a comandar a vice-presidência de Planejamento. A agência tem sido líder do ranking brasileiro em volume anunciado, nos últimos oito anos consecutivos, de acordo com o Instituto Ibope Monitor. Para Quintela, o mercado vem se tornando cada vez mais competitivo. Não existem mais os longos e abrangentes contratos de outros tempos.
"Hoje, grande parte dos clientes tem mais de uma agência, divide as contas. É trabalho por trabalho", diz Quintela, que quer ter em sua carteira, clientes dos setores que ainda não estão na Y&R, como carros e bebidas. "Quem é líder, tem mais a perder. Se não correr, a fila anda."
NOVOS RUMOS 1
Dalva Fazzio, que agora dirige sozinha a Matisse, disse que um dos motivos para a saída de Paulo de Tarso Santos da sociedade na agência de comunicação foi a discordância em relação ao futuro da empresa.
NOVOS RUMOS 2
A Matisse acaba de renovar seu contrato com a Secom (Secretaria de Comunicação Estratégica da Presidência da República) por R$ 150 milhões. Clientes de vários governos representam, atualmente, cerca de 70% do faturamento da agência, e Fazzio deseja conquistar mais contas de companhias privadas daqui para a frente. "O Paulo tem toda uma história de trabalho na iniciativa pública", explica ela.
JUSTIÇA
A quarta edição do Anuário da Justiça 2010, publicação do Consultor Jurídico, com apoio da FAAP, traz as principais decisões tomadas pelo Poder Judiciário no ano passsado. A obra revela que o Distrito Federal é a unidade da Federação mais inconstitucional do Brasil. As seis leis produzidas pela Câmara Distrital foram revogadas.
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