“Não podemos ser ilha de prosperidade num oceano de desigualdade”
ASPONE TOP-TOP MARCO AURÉLIO GARCIA DEFENDENDO O ACORDO DE BONDADES COM O PARAGUAI
ESTAGIÁRIOS DO SENADO PODEM SER “IMEXÍVEIS”
Previsto para a volta do recesso, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre os atos secretos que efetivaram 82 estagiários, sem concurso em 1992 na gráfica do Senado, tende a virar blefe. A decisão de demiti-los poderá ser derrubada na Justiça: o Supremo garantiu a permanência de servidores em outros casos, sustentando que a demissão “afronta princípios da segurança jurídica e da boa-fé”.
UM LUGAR NO PASSADO
Segundo analistas, para demiti-los a CCJ teria que encontrar ressalvas à contratação dos estagiários nas contas do Senado no exercício de 1992.
EFEITOS LEGAIS
Se as nomeações foram chanceladas pelo Tribunal de Contas da União há mais de cinco anos, os demitidos poderão entrar na Justiça.
FUI-ME!
O Planalto nega, mas discute a sucessão de Sarney. A opção Garibaldi Alves já era: ele defende união com o DEM, não com o PSB/PT no RN.
SONHANDO COM 2010
O líder do PMDB, deputado federal Henrique Alves, quer presidir a Câmara. Eduardo Cunha quer substituí-lo na liderança do partido.
É O CÉU: MAIS UM INOCENTE NA CÂMARA
O Ministério Público Federal de Rondônia denuncia em ação por improbidade administrativa o deputado federal Ernandes Amorim (PTB-R0). Não dá detalhes da denúncia, que corre em segredo de justiça, mas o próprio Amorim correu a rebater em nota a acusação de desvio de R$ 18 milhões da prefeitura de Arquimedes, de promover garipagem em reservas e contrabando: “Tudo não passa de uma denúncia falsa.”
AQUI ME TENS
Ernandes Amorim chegou a ser preso em 2004 por esse rosário de acusações. Jurando “inocência”, sonha ser senador de novo, em 2010.
ESTRANHO SILÊNCIO
O episódio dos contêineres de lixo tóxico enviados da Grã-Bretanha não rendeu sequer faixa de protesto do sempre estridente Greenpeace.
BANDEIRA FRÁGIL
O Exército explica que só hasteia a bandeira no Forte do Leme, no Rio, quando “não há vento forte, para não desgastá-la ou cair do mastro”.
EMBRAER, A “BRASILEIRA”
A Embraer, que demitiu quatro mil brasileiros de uma tacada e depois obteve bilionário empréstimo do BNDES, constrói fábrica em Portugal de R$ 500 milhões para gerar 1.570 empregos, diretos e indiretos.
BOCA-LIVRE AÉREA
O governo Lula alterou o decreto que regulamenta o transporte aéreo de autoridades. Agora, permite que optem por despesas pagas pelo órgão em que trabalham, ao invés de recorrer aos antiquados aviões da FAB.
MANDATO-BOMBA
A deputada federal petista Emília Fernandes (RS) foi a Lima, Peru, antes do recesso, organizar a festa do centenário do ditador norte-coreano Kim II Sung, morto em 1994. É o pai do ditadorzinho-bomba Kim Jong-Ii.
MISSÃO IMPOSSÍVEL
Na visita para homenagear Luiz Gonzaga em Exu (PE), o governador tucano José Serra fará um apelo dramático para convencer o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a concorrer ao governo de Pernambuco.
CAIXA DE DESPACHANTES
Com funcionários capazes e muitas vezes ociosos, a CEF vai contratar uma empresa de despachantes para regularizar seus imóveis em Fortaleza (CE). A atividade não é regulamentada. O carimbo, talvez...
ÀS ORDENS
O deputado federal João Maia (PR-RN) martela que o irmão e ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, “cumpriu ordens superiores” nos atos secretos em 14 anos no cargo. Agaciel continua calado. Até agora.
PRESENTINHO PARA GILVAN
O governo mimou o senador Gilvan Borges (PMDB-AP) pelos “bons serviços”: sua Beija Flor Radiodifusão poderá explorar seis rádios em São Domingos do Capim, Itaituba, Juriti, Tomé-Açu, Portel e Baião (PA).
RIO DE AÇO
A Vale deve construir uma siderúrgica de R$ 5 bilhões no Pará. Só aguarda o governo tornar navegável o Rio Tucuruí, com rochas gigantes no leito, que seria o principal
escoadouro do aço, via mercado chinês.
MALHAÇÃO
De tanto ir e voltar à fronteira, o deposto presidente de Honduras, Manuel Zelaya, virou o verdadeiro “presidente em exercício”.
PENSANDO BEM...
Se Lugo é o presidente-papai do Paraguai, Lula, que o agrada tanto, só pode ser a mãe.
PODER SEM PUDOR
DE GRAMPOS E TEMPOS IDOS
Em outubro de 1979, durante o governo João Figueiredo, o ministro da Previdência, Jair Soares, telefonou a Waldyr Arcoverde, presidente do Inamps, com sede no Rio, convocando-o para reunião urgente em Brasília.
– Aqui você saberá do que se trata – disse Soares, misterioso.
Arcoverde seria recebido no banheiro privativo do ministro. “É mais seguro”, murmurou Soares, ciente de que paredes tinham ouvidos – todos do SNI.
Foi ali, no apertado W.C., que Soares transmitiu a Arcoverde o convite para virar ministro da Saúde. Ele seria anunciado momentos depois, no Planalto.
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