A Justiça concedeu à Brenco, usina de etanol que tem entre seus sócios o ex-presidente americano Bill Clinton e que foi acusada de manter, no Brasil, empregados em situação análoga à de escravo, um mandado de segurança impedindo que o governo brasileiro a inclua na lista negra do Ministério do Trabalho. As companhias incluídas na relação ficam impedidas de obter financiamento em instituições públicas e privadas.
ATÉ O FIM A Justiça acolheu os argumentos da Brenco, presidida pelo ex-presidente da Petrobras Philippe Reichstul, de que tal medida não poderia ser adotada "até que se tenham esgotadas todas as possibilidades de discussão dos autos de infração [por causa do trabalho escravo], inclusive na esfera judicial". Em 2008, a Secretaria de Inspeção do Trabalho do ministério lavrou 14 autos de infração alegando que a usina mantinha 17 empregados em condição análoga à de escravo em Goiás e Mato Grosso.
PORTEIRA A decisão abre precedente para que outras empresas recorram à Justiça e saiam da lista, que hoje tem 205 infratores. BAMBINO O ex-ministro Gilberto Gil recebeu na semana passada seu passaporte italiano. Ele obteve a cidadania no ano passado.
INTERCÂMBIO Os brasileiros poderão fazer doação de medula óssea para pacientes do exterior. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) assina hoje um convênio com o National Marrow Donor Program (NMDP), o registro de doadores voluntários dos Estados Unidos. Com a parceria, os americanos poderão acessar o sistema do Inca em busca do tecido, pagando cerca de US$ 34 mil por consulta. O valor, que inclui também os exames de compatibilidade e a retirada do material, será revertido para o atendimento dos pacientes brasileiros.
TOMA LÁ, DÁ CÁ O preço médio de US$ 34 mil é o mesmo que o Inca paga para localizar doadores internacionais para pacientes brasileiros e viabilizar a vinda do material para o transplante. No ano passado, foram gastos R$ 5,5 milhões no país com essas buscas. |
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