Agripino e Ribeiro dizem que doações foram legais, exibem recibos e estranham conduta da PF
Roberto Almeida e Eugênia Lopes
O ESTADO DE SÃO PAULO 26/03/09
Os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), citados por executivos da Camargo Corrêa que discutiam doações de campanha, admitiram ontem que diretórios regionais de seus partidos receberam dinheiro da empreiteira para as eleições municipais do ano passado. O DEM do Rio Grande do Norte, segundo Agripino, obteve R$ 300 mil, e o PSDB do Pará, de Ribeiro, outros R$ 200 mil. Ambos ressaltaram, no entanto, que as doações foram legais e informaram que têm os recibos.
Agripino acredita que foi citado na interceptação telefônica por ser presidente do diretório regional do DEM no Rio Grande do Norte. "As doações podem ter sido mencionadas como ?para o Agripino?." O parlamentar admitiu que fez contato com um executivo da empreiteira, mas afirmou que não se lembra do nome do interlocutor.
"A Camargo Corrêa não tem uma obra em municípios em que candidatos do DEM concorreram à prefeitura", ressaltou. "Foi uma doação legal." Agripino enviou o recibo, no valor de R$ 300 mil, via fax ao Estado.
Ribeiro descreveu passo a passo a transferência feita pela empreiteira para o PSDB paraense. Apontou as datas -15 e 23 de setembro de 2008 - e localizou as agências e contas correntes em que o valor de R$ 200 mil foi depositado.
"Foi entregue o recibo eleitoral e foi prestada conta ao Tribunal Regional Eleitoral. Não há nenhuma ilegalidade", afirmou o tucano. E ressaltou: "O apoio não foi para o senador. Mas para o PSDB do Pará."
Agripino e Ribeiro estranharam a citação de seus nomes e, mais ainda, dos partidos de oposição ao governo federal na Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal.
"São insinuações aos partidos de oposição, sugerindo um viés político. Acho que o desenrolar das investigações vai demonstrar isso", alertou Agripino. "Acho estranho que a Polícia Federal divulgue ou vaze uma conversa sem antes tentar esclarecer", atacou Ribeiro.
Agripino acredita que foi citado na interceptação telefônica por ser presidente do diretório regional do DEM no Rio Grande do Norte. "As doações podem ter sido mencionadas como ?para o Agripino?." O parlamentar admitiu que fez contato com um executivo da empreiteira, mas afirmou que não se lembra do nome do interlocutor.
"A Camargo Corrêa não tem uma obra em municípios em que candidatos do DEM concorreram à prefeitura", ressaltou. "Foi uma doação legal." Agripino enviou o recibo, no valor de R$ 300 mil, via fax ao Estado.
Ribeiro descreveu passo a passo a transferência feita pela empreiteira para o PSDB paraense. Apontou as datas -15 e 23 de setembro de 2008 - e localizou as agências e contas correntes em que o valor de R$ 200 mil foi depositado.
"Foi entregue o recibo eleitoral e foi prestada conta ao Tribunal Regional Eleitoral. Não há nenhuma ilegalidade", afirmou o tucano. E ressaltou: "O apoio não foi para o senador. Mas para o PSDB do Pará."
Agripino e Ribeiro estranharam a citação de seus nomes e, mais ainda, dos partidos de oposição ao governo federal na Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal.
"São insinuações aos partidos de oposição, sugerindo um viés político. Acho que o desenrolar das investigações vai demonstrar isso", alertou Agripino. "Acho estranho que a Polícia Federal divulgue ou vaze uma conversa sem antes tentar esclarecer", atacou Ribeiro.
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