Folha de São Paulo - 14/03/09
RIO DE JANEIRO - Uma característica dos e-mails, além da velocidade da comunicação, é a simplificação das mensagens. Assim como nos antigos telegramas -haverá algum sub-90 que ainda passe telegrama em dias de hoje?-, as palavras podem ser podadas, resumidas ou abreviadas, acelerando mais ainda a comunicação. Como a humanidade troca milhões de e-mails por segundo, temo que, em pouco tempo, comecemos a falar da maneira como os escrevemos -se é que isso já não está acontecendo.
A representação gráfica do riso nos e-mails, por exemplo, está se tornando, cada vez mais, kkkkkkkk kkkkkkkkkkkkk. O remetente escreve algo que ele próprio acha engraçadíssimo. Então, tecla o k e deixa a letra disparar. Pronto, está dada a hilariante mensagem. Se o recipiente não rir, problema dele.
O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, até pela facilidade de escrever, parece ter aposentado o querido hahahahahahahahahaha. O que significa isto? Que passamos a cacarejar em vez de gargalhar? Nos e-mails, sim. Só espero que, na vida real, as pessoas não abandonem o gordo e pleno hahahahahahahahahaha, que vem das profundas das entranhas e faz com que a gente se sacuda, pelo som glótico, quase galináceo, tipo bruxa de disco infantil, do kkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Uma alternativa a kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk é quando o sujeito escreve rsrsrs -que, só há pouco, na minha profunda inocência tecnológica, descobri ser uma abreviatura de risos. Juro que, até então, eu pensava que rsrsrs era uma abreviatura de rosnado ou de rilhar de dentes -até que uma amiga me alertou de que, para significar rosnado, o sujeito provavelmente escreveria grrr.
Aprenderei. Mas acho difícil que, um dia, eu passe a usar rsrsrs, grrr ou o kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Até lá, bjs e abrs.
RIO DE JANEIRO - Uma característica dos e-mails, além da velocidade da comunicação, é a simplificação das mensagens. Assim como nos antigos telegramas -haverá algum sub-90 que ainda passe telegrama em dias de hoje?-, as palavras podem ser podadas, resumidas ou abreviadas, acelerando mais ainda a comunicação. Como a humanidade troca milhões de e-mails por segundo, temo que, em pouco tempo, comecemos a falar da maneira como os escrevemos -se é que isso já não está acontecendo.
A representação gráfica do riso nos e-mails, por exemplo, está se tornando, cada vez mais, kkkkkkkk kkkkkkkkkkkkk. O remetente escreve algo que ele próprio acha engraçadíssimo. Então, tecla o k e deixa a letra disparar. Pronto, está dada a hilariante mensagem. Se o recipiente não rir, problema dele.
O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, até pela facilidade de escrever, parece ter aposentado o querido hahahahahahahahahaha. O que significa isto? Que passamos a cacarejar em vez de gargalhar? Nos e-mails, sim. Só espero que, na vida real, as pessoas não abandonem o gordo e pleno hahahahahahahahahaha, que vem das profundas das entranhas e faz com que a gente se sacuda, pelo som glótico, quase galináceo, tipo bruxa de disco infantil, do kkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Uma alternativa a kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk é quando o sujeito escreve rsrsrs -que, só há pouco, na minha profunda inocência tecnológica, descobri ser uma abreviatura de risos. Juro que, até então, eu pensava que rsrsrs era uma abreviatura de rosnado ou de rilhar de dentes -até que uma amiga me alertou de que, para significar rosnado, o sujeito provavelmente escreveria grrr.
Aprenderei. Mas acho difícil que, um dia, eu passe a usar rsrsrs, grrr ou o kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Até lá, bjs e abrs.
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