Você pode retratar um país a partir do que vê na mídia. Claro que sua formação social, nível cultural e até estado de espírito influenciarão na escolha do que lhe chamará a atenção. Mas, além do que se viu em Santa Catarina, muitas notícias deixaram em mim nos últimos dias a sensação de que este é realmente um país diferente. Vejamos:
Em Brasília, descobrimos que Luiz Inácio Lula da Silva permite que o gasto estatal com o pagamento de juros seja mais de oito vezes maior do que o total aplicado na formação escolar das nossas crianças. Detalhe: esse digníssimo é um homem sem educação formal, mas historicamente ligado às causas populares.
Na Bahia, o Tribunal de Justiça decidiu comprar quatro tapetes para colocar na Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial. O ministro Gilson Dipp, corregedor nacional de Justiça, proibiu a compra. Detalhe: os tapetes tinham que ser fabricados no Irã (antiga Pérsia), Índia ou norte da Turquia e custariam R$ 48.650.
No interior de São Paulo, um condenado a 32 anos por roubo de carro-forte, latrocínio e seqüestro foi legalmente liberado pela Justiça para passar o Dia das Crianças em casa. Como outros tantos, não voltou à cadeia. Detalhe: ele não tem filhos.
Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal teve de se mobilizar para evitar a prisão de um contribuinte que devia ao Fisco R$ 189. Detalhe: para ser executada, uma empresa pode dever até R$ 10 mil.
No Pará, um fazendeiro pediu ao Incra para trocar 2,5 mil hectares por uma área de apenas 500 hectares onde a freira norte-americana Dorothy Stang foi morta em fevereiro de 2005. Detalhe: ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato e sempre alegou não ter motivos para matá-la. |
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