segunda-feira, março 24, 2008

AUGUSTO NUNES
JB
CABÔCO PERGUNTADÔ
Colunistas convertidos à causa bolivariana estão convencidos de que as Farc só não foram varridas da face da Colômbia porque interessa às oligarquias nativas e aos patrões ianques a continuação do que chamam de "guerra civil". O que esperam os 280 mil homens das Forças Armadas colombianas para derrotarem menos de 20 mil guerrilheiros?, perguntam. E respondem: para que as tropas imperialistas fiquem rondando a Amazônia brasileira, à espera do momento da invasão. O Cabôco revida com outras perguntas. Primeira: consumada a ofensiva em massa, como salvar a vida dos mais de 800 reféns que as Farc mantêm em cativeiro? Segunda: os bolivarianos acham que são reféns ou "prisioneiros de guerra"?

Uma dúvida já está resolvida

Depois de duas horas de conversa com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o escritor colombiano Gabriel García Márquez desembarcou um tanto confuso do avião que os levara de Havana a Caracas. "Ainda não sei se Chávez é um herói popular ou se é apenas mais um maluco", confessou-se intrigado o autor de Cem anos de solidão. Se acompanhou com atenção a performance do líder bolivariano durante a crise desencadeada pela operação militar colombiana contra uma base das Farc no Equador, García Márquez já cravou a coluna dois. Quem homenageia com cantorias o inimigo que chamara para a guerra quatro dias antes pode ser tudo. Menos bom da cabeça.

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