domingo, outubro 11, 2009

ARI CUNHA

Raposa cuidando do galinheiro

CORREIO BRAZILIENSE - 11/10/09


O governo do presidente Lula vai adotar medidas diferentes para entregar decisões ao Ibama e ao Ministério do Meio Ambiente. Sugere o presidente, com apoio da ministra Dilma Rousseff, que autoridades dos tribunais devem encontrar meios para processos de concessões das licenças. O novo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, diz que esses projetos devem ter regras próprias para licitações. A ideia inclui todas as obras, inclusive as do PAC e as vinculadas ao esporte, que serão construídas no Brasil. Se a burocracia emperra, a liberdade de ação se deteriora. Com leis as coisas não andam bem. Se for dada liberdade de ação, estarão na linha da lei de Deus, que proclama o livre arbítrio. Se for necessário adotar medidas, ainda que contra a vontade de alguém, o assunto se torna mais difícil, a menos que liberdade e retidão sejam regras para quem administra.


A frase que não foi pronunciada

“Se o espelho te olhar de cara feia, dê um supersorriso.”

Clodovil, de onde estiver, mostrando que viver feliz é bom.



Pacatuba
O município cearense, cujo nome tem origem no tupi-guarani, que significa abundância de pacas, comemora 140 anos. Os primeiros colonizadores chegaram em 1683, aproveitando a excelência do clima para produção agrícola. Tornou-se município ao ser desmembrado de Maranguape em 8 de outubro de 1869.

Resgate
A professora Herotildes Honório, da Unifor, resgata a história da radiodifusão no Ceará. Lembra Eduardo Campos, Wilson Machado, Afrânio Peixoto e Paulo Cabral. Entre os que vivem, aparecem Narcélio Lima Verde, Nazareno Albuquerque e Edilmar Norões, além de Wilson Ibiapina, que, mesmo dirigindo a sucursal do Diário do Nordeste em Brasília, jamais deixou o microfone, e recebe a homenagem.

Comunicação
Proposta do senador Aloizio Mercadante pode ser um empurrão para que os parlamentares trabalhem juntos não só a imagem do Senado, mas a solução de problemas. Trata-se de criar um colegiado de líderes para deliberar sobre assuntos que seguem para o plenário, Mesa e comissões, encaminhados pelo presidente da Casa.

Ventos
Tudo muda no tapete do Congresso. Quase passa a emenda dos cartórios, que permitia a contratação sem concurso. Enquanto isso, ainda está emperrada a CPI do MST.

Contra
Ronaldo Caiado, José Aníbal e até o líder do governo na Câmara, Vacarezza, deram um banho de água fria no lobby do cartório. A proposta não será aprovada. Seria um acinte para a opinião pública a Câmara compactuar com o contrato sem concurso.

MST
Por seu lado, panos quentes eram acomodados sobre a CPI do MST. Houve esforço concentrado para evitar a devassa. Até um infeliz dos sem-terra ter a ideia de derrubar o laranjal, enquanto alguém passava por cima na hora certa e registrou tudo.

Desamparo
De um lado, a deputada Maria do Rosário, que sempre apoiou o MST, começou a atinar que acende vela para defunto ruim. De outro, a senadora Kátia Abreu bradava sobre a hipocrisia do governo dizendo que o ministro Cassel e o presidente do Incra são os responsáveis pelo que aconteceu. E arrematou que estamos desamparados pelo Estado.

Lúdico
No tabuleiro do PT não merece posto de honra quem defende o partido. O senador Suplicy oferece seu nome para o governo de São Paulo. Marta, ex-Suplicy, e o ministro Haddad estão no jogo. Vamos acompanhar.

Transporte
Na Câmara dos Deputados foi aprovado projeto que isenta o serviço de transporte coletivo urbano e metropolitano de tributos federais. Ainda deve passar pelo Senado. Por falar em transporte, aumenta a preocupação do secretário Fraga com as vans camicases que rodaram graças à ineficiência dos ônibus de passageiros de Brasília. Elas vão voltar.


História de Brasília

O primeiro bilhete de ontem do presidente Jânio Quadros foi endereçado a esta coluna, nos seguintes termos: ”Prezado Sr. Ari. Saudações. Li a notícia do erro que eu teria cometido. Muito bem o condicional, porque jamais o cometi... Asseguro-o. Releve, ainda, o autor material da cópia, eis que tudo foi feito às carreiras, e sem qualquer revisão de doutos. Quanto ao mais, obrigado, inclusive pelo ‘purista’. Quem sabe, essa a razão de não me entenderem, muitas vezes... Do J. Quadros. 10-2-61” (Publicado em 11/2/1961)

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