sexta-feira, janeiro 23, 2009

COMIDA PARA SEXTA FEIRA


GOSTOSA

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FIM DE SEMANA EM NATAL

Roteiro: humor em dose dupla


Música e festas

Música no Terraço
A programação do Terraço do Relógio do Sesc para hoje começa às 19h e segue até às 22h, com o show do cantor Juca Camargo. O Sesc Centro fica na rua Junqueira Aires, s/n. Centro. A entrada é gratuita.

Forró na BR
O circuito Pé de Serra tem continuidade hoje no palco do Forró do Jerimum (BR 101 - em frente ao posto do Dudu), com o Trio de Zé Moré e o Trio Bicho no Mato. A festa começa às 19h e se encerra às 2h. O ingresso custa R$ 10.

Programa no Peper’s
A programação do Sgtº Peper’s de Petrópolis começa às 22h de hoje, com a banda Revolver. Amanhã tem DJ Magão e convidados. No sábado se apresenta no local a Banda Café. No Sgtº Peper’s de Ponta Negra, no sábado tem show da banda Yanks. Toda programação começa às 22h.

Festa no Aprecie
Na Sexta Rock Revival do Aprecie Pub (Rua das Algas 2282, em frente a praça do Alagamar - Ponta Negra), a partir das 23h de hoje tem show com Zack Glass, nova iorquino com diversas passagens pelo Brasil. Ele é filho do renomado compositor e produtor musical Philip Glass. Na mesma noite também haverá show com Kentucky. A entrada custa R$ 10 e o evento começa às 22h. Amanhã, às 23h, tem a festa Vitrola, com muito rock, blues e country rock. A entrada também custa R$ 10.

Música no Orla Sul
Nesta sexta, a programação musical do Orla Sul começa às 18h, com o grupo Toca Trio, seguido por André Leli que apresenta um repertório de MP a partir das 19h e do Lual do Boteco, às 22h. No sábado tem Giovanne Martins, às 12h; samba a partir das 16h, Lavu e Moura no piano e violão, respectivamente, às 18h, e Elielson com repertório pop e de MPB, às 19h. No domingo tem Olga Spínola fazendo show de MPB e músicas internacionais a partir das 12h30.

Show dos Beatles
Amanhã Natal recebe, pela primeira vez, o premiado musical Beatles Abbey Road, reconhecido como um dos maiores musicais sobre os Beatles do mundo, e referendado pelo próprio George Martin (produtor dos Beatles). O show será no Vila Hall (Hotel Vila do Mar, Via Costeira), com vendas na La Femme Lingerie, do Midway Mall (3646 3292). 

Música no Praia
A programação musical no Praia Shopping hoje conta com a voz e o talento de Khrystal, no show Coisa de Preto, a partir das 20h30. No sábado Dodora Cardoso apresenta o show Cofrinho de Amor, às 20h30. No domingo Alexandre Moreira faz a Noite Instrumental de Bandolim, às 20h. Na segunda Arnaldo Farias apresenta os Clássicos do Forró, às 20h.

Mundo Livre S.A. na praia
O Baile Barulhinho Bom hoje recebe a banda pernambucana Mundo Livre S.A. Ainda completam a festa o Camarones Orquestra Guitarrística e o Dj Magão, tocando o melhor da música brasileira. Toda a programação do baile em janeiro rola no Sancho Pub, Ponta Negra que começa às 22h.Ingresso: R$12,00 até meia noite e R$15,00 depois desse horário Informações: 3219 - 0181 OU www.sanchopub.com.br

Dança

Curso de dança
Estão abertas as inscrições para o Curso de Verão da Edtam - Dança Contemporânea, que será promovido entre 2 e 6 de fevereiro. O professora será Aírton Tenório, bailarino, coreógrafo e professor de dança. As aulas ocorrerão das 15h às 16h30, na própria Edtam. O curso custa R$ 40 e a aula avulsa R$ 15. Informações e inscrições: 9409-6655.

Balé na Capitania
A Fundação Cultural Capitania das Artes abriu uma turma de ballet voltada somente para homens, uma ação pioneira em Natal. A iniciativa do Núcleo de Dança da Funcarte, chefiado por Anízia Marques, pretende buscar novos talentos para a dança, propondo um trabalho diferenciado para o corpo masculino. Meninos e jovens entre 8 e 25 anos podem se inscrever gratuitamente até o dia 30 de janeiro, na própria Capitania. O Núcleo de Dança da Capitania das Artes também abre curso de Balé Contemporâneo para iniciantes. Os interessados em participar da turma mista (formada por homens e mulheres) podem se inscrever até o dia 6 de fevereiro na Funcarte. O curso será ministrado por professores convidados. Inscrições gratuitas. Informações: 3232-4949/4952.

Teatro

Comédia no TAM
A peça teatral Cinderela em: Vôo do riso, que tem no elenco a irreverente Cinderela interpretada por Jeison Wallace, será encenada hoje, a partir das 21h, no Teatro Alberto Maranhão. Ingressos à venda na Braz Digital (3231 3333, ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Teatro infantil
No próximo domingo estará em cartaz, no Teatro Alberto Maranhão, a peça infantil Os três porquinhos, a partir das 17h. Vendas ma Livraria Siciliano, do Midway Mall. A entrada custa R$ 16 (inteira) e R$ 8 (criança, estudante e idoso). Informações: 3222 4722.

Monológo no TCP
O monólogo Não matei, mas sei quem fui, interpretado pelo ator potiguar César Amorim, que também é o autor do texto, estréia hoje no Teatro de Cultura Popular, às 21h. A montagem, que tem direção de Diego Molina, também estará em cartaz neste sábado (às 21h) e domingo (às 20h) e nos dias 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro. A entrada custa R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (estudante). Vendas na bilheteria do teatro.

Show Extra amanhã
O humorista Nairon Barreto decidiu prolongar suas férias em Natal. Com shows apresentados na quarta e e quinta, o criador de Zé Lezin abre uma sessão extra amanhã no Teatro Alberto Maranhão. Os ingressos para o show Zé Lezin de Férias estão à venda na bilheteria do teatro, ao preço de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Também pode ser adquirido no restaurante Tábua de Carne, da avenida Roberto Freire.

Eventos

Feira de artesanato
Começa sexta e prossegue até o dia 1º de fevereiro, no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções, a 14ªedição da Feira Internacional de Artesanato do RN, que funciona das 15h às 22h, com variada programação cultural. Além de desfiles, mostras de danças, quadrilhas juninas, mamulengo e teatro, a Fiart apresenta shows de encerramento com vários artistas. Hoje estão escalados Raniere Mendes e Forasteiros do Forró.

Férias culturais
Férias culturais do Natal Shopping, é o título da programação diária promovida até 1º de fevereiro, no referido empreendimento. Sempre das 15h às 21h, a trupe do Circo Grock comanda uma série de atividades na Praça de Eventos do shopping. 

Prospecta
Termina hoje o Prospecta, promovido na Capitania das Artes, com o objetivo de debater o panorama das Artes Visuais no Brasil por meio de oficinas, mesas redondas e mostras de vídeo arte. Hoje tem continuidade a mostra de vídeos e as mesas redondas, cujos convidados são: Flávia Vivacqua e João Natal que irão discutor ‘‘Políticas Públicas’’.

DORA KRAMER

De sedutores e ilusionistas


O Estado de S. Paulo - 23/01/2009
 

 Para todos os efeitos, PT, PMDB e PSDB atuam nas eleições das presidências da Câmara e do Senado já na condição de protagonistas da campanha eleitoral de 2010.


Mas as ações em curso não se entendem com a lógica da sucessão presidencial. Vejamos o PSDB, tido como o fiel da balança no Senado.

Diz que apoia o nome de José Sarney a fim de assegurar o apoio do PMDB ao candidato tucano a presidente da República e de não dar a presidência da Casa ao PT para não reforçar o adversário de daqui a dois anos.

Ora, se o candidato for o governador José Serra, como parece hoje, Sarney não ficará com ele em nenhuma circunstância. Ou, se ficar, será por conta dos ditames do poder, o que independe dos votos tucanos na disputa de agora.

Além disso, a adesão a Sarney não agrada, para dizer o mínimo, ao grupo do PMDB dito "da Câmara" - de vínculos estreitos com o tucanato - pelo potencial de prejuízo que essa candidatura pode causar aos planos de Michel Temer, presidente do partido, de se eleger à presidência da Câmara. 

Por que interessaria ao PSDB pôr em risco os projetos da ala amiga para agradar à inimiga? Seria se arriscar a perder o certo e não ganhar o duvidoso.

Quanto ao apoio ao PT, não seria novidade nem teria necessariamente o condão de produzir desdobramentos.

Em 2007 muito se especulou a respeito do apoio do PSDB, notadamente dos governadores José Serra e Aécio Neves ao petista Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara.

O PSDB alegava respeito ao princípio da proporcionalidade, sendo que o PMDB era a maior bancada da Casa. Os tucanos ponderaram, então, que seguiam o acordo firmado entre PT e PMDB para um rodízio futuro.

Ninguém acreditou. A interpretação à época foi a de que Aécio queria mesmo é ter a primeira vice-presidência, na figura do deputado Nárcio Rodrigues, e que Serra já se ajeitava com o PT com vistas a amenizar conflitos e, no ensejo, levar o PSDB à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, onde dispunha de dois deputados. Uma ode à proporcionalidade, não? 

O futuro chegou e aquele rodízio tão celebrado anda na corda bamba. O PMDB resolveu levar os termos do acerto ao pé da letra e ignorar que nas entrelinhas estava implícita a inclusão do Senado no acordo pelo qual a vez agora caberia ao PT na presidência.

Se não mudar de ideia nos próximos dez dias, o PSDB estará linha contrária ao compromisso que dizia seguir dois anos atrás. 

Se decisão é mesmo produto de duas intenções - não fortalecer o PT, adversário em 2010, e reforçar os músculos do PMDB com o intuito de conquistar para a candidatura Serra o partido em geral e o grupo de Sarney em particular -, então era falsa a conclusão sobre os agrados de Serra ao PT com vistas a 2010.

Ou a estratégia de 2007 não resistiu ao tempo e à imposição das circunstâncias. Do mesmo modo como as jogadas de agora podem não sobreviver aos fatos. 

Se é que o fato no horizonte é mesmo a sucessão presidencial e não uma mera disputa de poder no âmbito do Congresso. 

O método

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra chega aos 25 anos, carcomido pelo desgaste. É uma sombra do que já foi, um best-seller do passado, quando chegou a amealhar 70% do apoio da população nas pesquisas de opinião.

Muito da situação minguante se deve ao governo Luiz Inácio da Silva, o mais leniente com as ilegalidades do MST e companhia, mas o mais indiferente às reivindicações do movimento.

Talvez porque o conheça por dentro e sabe que não há reivindicações de fato em jogo. O que há é uma maneira de confrontar o Estado e a sociedade sob a ótica do conflito pelo conflito.

Objetivamente, a indulgência traduzida na indiferença resultou em perdas: redução brutal dos assentamentos, do número acampamentos, das verbas federais carreadas para a sustentação do movimento por iniciativa do governo Fernando Henrique Cardoso, compelido pelo PT a tratar com fidalguia os "movimentos sociais". Ainda que ilegais, sem razão social nem reconhecimento jurídico para escapar da responsabilidade legal.

Seria um mérito, não tivesse sido alcançado ao custo da parceria do Estado com a agressão sistemática às leis. Considerando que os fins não justificam os meios, no balanço de perdas e ganhos saiu derrotado o Estado de Direito. 

Assim é

A nomeação de Geraldo Alckmin para a Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo não significa necessariamente a abertura da porta de acesso à candidatura para o governo do Estado em 2010.

Até poderá vir a ser, embora seja difícil. Por enquanto, quaisquer que tenham sido os termos das conversas entre o governador e o ex-governador, por enquanto Alckmin foi convidado para não criar confusão antes da hora. E, de preferência, muito menos na hora H.

EDITORIAL

Governo sem comando

O Estado de S. Paulo - 23/01/2009
 
O estilo do presidente Lula de governar, permanecendo pouco tempo em Brasília e aproveitando qualquer pretexto para fazer discursos nas mais longínquas regiões do País ou no exterior, como se estivesse permanentemente em campanha eleitoral, impede a coordenação das decisões e a ação harmoniosa dos principais órgãos da administração direta. 

A desastrada concessão do status de refugiado político ao terrorista Cesare Battisti pelo ministro da Justiça, que desprezou uma decisão contrária do Comitê Nacional para os Refugiados, ignorou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e acabou gerando uma crise diplomática com o governo italiano, foi uma amostra da desarticulação decisória do governo. Outra são as sucessivas interferências do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, em assuntos de política externa, à revelia do ministro do Exterior quando não contra a sua orientação. A confusão, porém, não se limita à área diplomática. A mais recente foi provocada pela tramitação do projeto do novo Código Florestal, no Congresso, onde quatro ministros vêm trombando entre si. 

Endossando várias propostas formuladas por entidades ambientalistas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apoia a proibição do cultivo nas margens de rios, defende a adoção de severas restrições ao desmatamento e quer que as propriedades rurais na Amazônia preservem 80% da floresta. Pressionado por ruralistas, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quer impor a preservação de apenas 50% da floresta. Seus assessores classificam a proposta de Minc como "catastrófica" para a agricultura. 

De tanto ser criticado por ambientalistas e por Minc, Stephanes decidiu não mais participar de reuniões em dependências do Ministério do Meio Ambiente. Cansado do que chama de "versões fantasiosas" divulgadas por Minc, como informou uma reportagem do Estado, de sábado, ele exigiu que as discussões relativas aos aspectos mais polêmicos do projeto do novo Código Florestal sejam travadas em salas do Ministério da Agricultura. 

Por sua vez, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, que sempre esteve em rota de colisão com o ministro da Agricultura, agora o apoia na luta contra o ministro do Meio Ambiente, formando uma inusitada aliança política. Cassel não perdoa a Minc ter acusado o Instituto Nacional da Reforma Agrária (Incra) de ser ineficiente no combate aos desmatamentos promovidos por assentados na Amazônia e discorda da proposta dos ambientalistas de estabelecer pena mínima de 3 anos de prisão para quem plantar em encostas de morros. Se for convertida em lei, afirma Cassel, a medida poderá levar para a cadeia os pequenos agricultores que, há décadas, plantam café e frutas nas encostas. "Não dá para toda semana alguém  descobrir a Amazônia", diz o ministro. 

Para tentar fortalecer-se politicamente, o ministro do Meio Ambiente pediu à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que o apoiasse na luta contra os ruralistas. Mas, ao mesmo tempo, ele investiu contra o ministro de Assuntos Estratégicos, que é o responsável pelo Plano Amazônia Sustentável, reclamando da morosidade com que preparou o projeto de lei que possibilitará a rápida regularização de 297 mil posses de terras na Amazônia. O problema é que, nessa questão, Dilma ficou ao lado de Mangabeira, pois pretende converter esse projeto, juntamente com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, em bandeira na campanha eleitoral de 2010. Enfraquecido, Minc mudou subitamente de posição. Depois de retirar o apoio à metade das propostas encaminhadas por entidades ambientalistas, ele agora quer se reaproximar de um antigo aliado, o ministro do Desenvolvimento Agrário. 

A exemplo do que ocorreu em outras acirradas polêmicas travadas por integrantes de seu governo, o presidente Lula não se pronunciou até agora sobre o novo Código Florestal nem tomou qualquer iniciativa para tentar pôr fim ao confronto interministerial que mostra a falta de comando e a confusão administrativa reinantes na Esplanada dos Ministérios. 

Sua prioridade agora, em termos de conflitos, é acabar com o do Oriente Médio.

TV - FOFOCA

Zapping

Fabíola Reipert


Cicarelli está fora da grade da Band, em 2009

A Band vai anunciar sua grade de programação para 2009, no próximo dia 28, e reunirá seu elenco para falar das novidades. O evento vai acontecer no Terraço Daslu, em São Paulo, com a presença de jornalistas. A única que não foi incluída na nova grade e não terá o que dizer seráDaniella Cicarelli. Pelo menos por enquanto, a Band não tem projeto de um novo programa para ela. Apesar de estar no ar, no "Band Verão", Cicarelli não vai participar do "Band Folia", no Carnaval. Já Adriane Galisteu, que entrou depois dela na emissora, irá para Salvador, no Carnaval, e vai estrear programa em março. Sobre Cicarelli, a assessoria da Band afirma que o novo programa dela ainda está em fase de formatação.

Vai vingar

O diretor Wolf Maya disse, durante a SP Fashion Week, que o seriado "Cinquentinha", deAguinaldo Silva, vai sair do papel. Estreia no segundo semestre deste ano.

Sessentinha

O seriado contará histórias de mulheres de 50 anos. Susana VieiraMarília Pêra e Renata Sorrahestão confirmadas no elenco. Mas elas são todas sessentonas.

Mais gente

O SBT liberou a contratação de nove profissionais (entre eles, três repórteres) para o programa vespertino "Olha Você". Já o entrosamento entre os apresentadores continua difícil nos bastidores. E no ar.

Neto reprovado

Tiago Abravanel, filho de Cíntia Abravavel e neto de Silvio Santos, esteve na Fashion Week. Ao passar pelo lounge da Oi, o ator disse que não foi aprovado para "Revelação", novela de Íris Abravanel, atual mulher de Silvio, mas não desistiu da carreira artística.

Em família

Tiago está à procura de um musical para ser produzido ao lado da mãe, diretora e produtora de teatro.

Reportagens

Nesta semana, o "Jornal Hoje" está exibindo série de reportagens com Ernesto Paglia, no Quênia. A Record fez o mesmo, em agosto do ano passado, com Heloisa Villela.

ARTIGO - O GLOBO

MST contra o Brasil

Douglas Falcão e Renato Pacca
O Globo - 23/01/2009
 

Recentes reportagens noticiam a mobilização de movimentos sociais brasileiros, patrocinada pelo Paraguai, que busca apoio para as mudanças propostas pelo presidente Fernando Lugo em relação ao contrato da hidrelétrica de Itaipu. 

Emissários do governo paraguaio vêm mantendo contato com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros movimentos ligados ou simpáticos à chamada Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), criada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a fim de pressionar o governo brasileiro a aumentar o valor pago pela energia de Itaipu e reavaliar a dívida referente à obra da hidrelétrica, de modo que o Paraguai, na prática, deixe de honrar com sua parte. 

O eterno líder do MST, João Pedro Stédile, já vestiu uma improvável fantasia de embaixador informal do Paraguai no Brasil e confirmou a distribuição, entre a "militância", de "documentos e argumentos do povo do Paraguai". Se preciso for, fará "manifestações de solidariedade ao povo do Paraguai". Um dos negociadores paraguaios confirmou a estratégia "de guerrilha" . A campanha também está sendo levada a universidades e ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil. 

O viés ideológico é claro. Os governos "bolivarianos" fazem uso de sua principal tática: esvaziar as instituições democráticas dos países latino-americanos, apelando para grupos que se movimentam fora das instâncias formais, como o MST, desde que sob controle dos "líderes bolivarianos". Tudo sob o argumento de que governo e "vontade do povo" se exercem sempre por meio de assembleias. 

O tabuleiro da diplomacia entre governos é relegado a segundo plano e um obscuro jogo passa a ser travado com base em velhos conceitos de informação e contrainformação, que devem povoar o imaginário das viúvas saudosas do falido regime soviético. 

O MST e outros movimentos supostamente defensores de ideais "sociais", negando de antemão os direitos do Brasil sobre Itaipu, cuja construção foi integralmente paga pelo contribuinte brasileiro, mobilizam-se pela duvidosa demanda paraguaia. Mostram-se subservientes ao interesse estrangeiro e buscam conquistar nossa opinião pública por meio do assembleísmo de massas, uma das maiores ameaças à democracia. Nele, o indivíduo perde sua condição de cidadão, titular de um voto, e passa a integrar um rebanho que aguarda o sinal de seu líder. 

De se notar que o assembleísmo tem vida curta. Após a tomada do poder pelos "valorosos" bolivarianos, como se deu na Venezuela, na Bolívia e no Equador, a liberdade de expressão e os direitos individuais são rapidamente cerceados ou suprimidos, sob o argumento de que a "revolução" não pode ser ameaçada por quem defenda "ideias discrepantes", tudo sob o manto do governo "eleito". É a nova roupagem das ditaduras na América Latina do século XXI. 

E o Brasil? O que faz para enfrentar a situação de Itaipu? Por determinação do Palácio do Planalto, a tão criticada Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entrou em cena e deverá monitorar os passos do MST e o governo do presidente paraguaio Fernando Lugo, enquanto o Itamaraty mostra-se tímido. Na prática, o governo joga essencialmente o mesmo jogo obscuro, inclusive levando funcionários de Itaipu a reuniões com movimentos sociais. 

Assim, a reação diplomática oficial fica relegada a segundo plano e o governo brasileiro limita-se a disputar o apoio "popular" dos nossos sem-terra com o governo paraguaio. O parlamento brasileiro, tão desgastado, sequer é ouvido e a democracia representativa, garantidora da defesa dos direitos individuais, mais uma vez aparece soterrada por uma dúzia de líderes de "movimentos sociais" . 

O governo brasileiro, mais uma vez, confere ao MST um status indevido, ao dar satisfação de sua política externa soberana a um movimento "social" que, não satisfeito em sequer possuir registro formal e reiteradamente optar pelo caminho da ilegalidade ao violar direitos de cidadãos e descumprir decisões de tribunais brasileiros, ainda resolveu patrocinar os interesses do sr. Fernando Lugo - tão legítimos quanto o uísque paraguaio -, contra o Brasil e, por consequência, contra o contribuinte brasileiro, que periga pagar duas vezes pela obra da hidrelétrica. A ressaca promete ser dolorosa e duradoura. 

DOUGLAS FALCÃO e RENATO PACCA são advogados.

COLUNA PAINEL

Superpoderes


Folha de S. Paulo - 23/01/2009
 

Em queda-de-braço com o Ministério da Fazenda, contrário à ampliação das parcelas do seguro-desemprego, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) enviou ao Palácio do Planalto minuta de decreto para se tornar presidente do conselho do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador), responsável em administrar os recursos do benefício. O documento, já nas mãos do presidente Lula, prevê ainda aumentar o colegiado de 12 para 18 integrantes. Atualmente, o conselho é presidido em rodízio por representantes de governo, centrais sindicais e empresários.
"O objetivo é dar maior peso político ao Codefat. As decisões hoje são ignoradas pela área econômica, e os recursos do FAT, reduzidos", diz um assessor de Lupi.

Alto lá
A ideia de Lupi de alterar as regras do Codefat esbarra, porém, na resistência dos ministérios do Desenvolvimento Social e Educação, que não teriam representantes no colegiado, e na posição de atuais conselheiros que são contra o fim do rodízio. 

Reforço
Oscar Niemeyer, que há alguns dias elogiou livro que, em sua visão, reabilita "a figura do grande líder soviético" Josef Stálin, adicionou ontem sua assinatura ao abaixo-assinado em apoio à decisão de Tarso Genro (Justiça) de conceder refúgio ao italiano Cesare Battisti. 

Tréplica
A avaliação do PT sobre o conflito em Gaza terá novo capítulo na segunda. Em reunião da Executiva, o partido deve reafirmar a nota em que acusou Israel de fazer "terrorismo de Estado". Será resposta à carta em que Tarso Genro e Jaques Wagner, entre outros, cobraram menção ao terrorismo do Hamas. 

Um por dia
Depois do ex-prefeito de BH Fernando Pimentel (PT), Lula almoçou ontem com o ex-prefeito de Recife João Paulo (PT), cotado para assumir o Turismo. 

Campo minado
A nomeação de Pimentel para o Conselhão desagrada à direção do PT, que desaprovou sua aliança com Aécio Neves (PSDB), e o atual responsável pelo órgão, José Múcio (Relações Institucionais). Sem falar que Luiz Dulci (Secretaria Geral), rival no PT mineiro, será seu vizinho no Planalto.

No escuro
Pressionado pela entrada de José Sarney (PMDB-AP) na corrida pela presidência do Senado, Tião Viana (PT-AC) se reuniu com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), na noite de anteontem. Pediu que, apesar do discurso de unidade, os tucanos não "fechem questão" a favor de Sarney. 

Caderneta
O petista argumentou "ter a preferência" de pelo menos 4 dos 13 tucanos: Tasso Jereissati (CE), Marisa Serrano (MS), Lúcia Vânia (GO) e Mario Couto (PA). Além disso, Tião promete atender dois pleitos do partido: a primeira-vice-presidência, cargo que ele ocupa hoje, e a Comissão de Infraestrutura, que fiscaliza obras do PAC. 

Incêndio
O PT tenta debelar foco de rebeldia na bancada baiana, que ameaça não votar em Michel Temer (PMDB) em razão das disputas locais com Geddel Vieira (Integração Nacional). "Com as duas Casas o PMDB fica muito maior do que todo mundo. Tenho sérias dúvidas sobre se isso deve acontecer", diz Geraldo Simões (PT-BA). 

Loteamento
Ao detectar temor de outros partidos em perder espaço na Esplanada, Temer correu ontem para se explicar a aliados: "O PMDB já tem espaço no governo e não pleiteará mais nada". 

Atalho
A Secretaria de Portos, vinculada à Presidência, dispensou licitação para a reconstrução do porto de Itajaí (SC), atingido pelas enchentes do ano passado. As obras, no valor de R$ 200 milhões, serão feitas pelas empreiteiras Triunfo, Serveng, Constremac e Construtec. A secretaria argumenta que as obras têm caráter emergencial.

Tiroteio

"O MST torce pela crise porque ajuda a recrutar desempregados para o movimento. A última coisa com que eles estão preocupados é com a reforma agrária." 

Do deputado 
WALDEMIR MOKA (PMDB-MS), da bancada ruralista, sobre a avaliação do MST de que a crise financeira favorece a aquisição de terras para a reforma agrária ao descapitalizar o agronegócio.

Contraponto

Providência divina

O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) se desdobrava para conseguir manter o quórum em uma sessão da Comissão do Meio Ambiente, em agosto do ano passado, mas tinha apenas a companhia da dupla de Rondônia, Valdir Raupp (PMDB) e Expedito Júnior (PP). Raupp tinha o objetivo de aprovar um projeto de sua relatoria, mas faltava mais um voto, até que, subitamente, Renato Casagrande (PSB-ES) apareceu na sala.
Aliviado, o peemedebista não perdeu a deixa:
-Até o momento só Tocantins e Rondônia estavam sustentando a comissão, mas agora chegou o Renato, e o Espírito Santo se faz presente!

ELIANE CANTANHÊDE

Serrinha paz e amor


Folha de S. Paulo - 23/01/2009
 

José Serra costuma dizer que é "mais aplicado do que inteligente". E tem sido aplicadíssimo, além de surpreendente, ao armar seu jogo superando a fama de egocêntrico e desagregador.
Seu último lance foi o anúncio de Geraldo Alckmin para a Secretaria do Desenvolvimento, que tem orçamento de R$ 1,41 bilhão e, na prática, reintroduz o ex-governador no palco e na própria cena da sucessão do Bandeirantes em 2010.
Num repouso forçado em Pindamonhangaba, depois de peitar Serra e perder a Presidência para Lula e a prefeitura para Kassab, Alckmin ficaria pairando nos bastidores de uma eventual dissidência paulista pró-Aécio Neves. Sob a secretaria, ele praticamente fecha São Paulo com Serra e deixa Aécio falando só para mineiros e para setores menos cotados do PSDB.
Outro lance serrista foi a aliança com Quércia. Disputado a tapa por todos e em particular pelo PT na eleição municipal, ele acabou com Kassab e completando o círculo PSDB, DEM, PMDB e PPS no Estado de maior economia e de maior eleitorado. O que pesa, e muito, na balança peemedebista de 2010.
E há aquele lance intrigante da ponte "administrativa" ou "republicana" entre Lula e Serra, com milhões de reais para o setor automotivo, para a compra da Nossa Caixa pelo BB, para o encontro de contas do funcionalismo paulista. Enfim, para manter o barco, ou os barcos, navegando em meio às "marolinhas" da crise.
Além do conteúdo, a forma: não faltam fotos de Lula e Serra em salões, reuniões e lançamentos, e em pose de amigos, não de adversários.
As deduções são livres. Por ora, a única conclusão é a de que nenhum dos dois quer briga.
Serra gera fatos, ocupa espaço na mídia, engole tabus, doma o temperamento, tudo para subir a rampa do Planalto. Aprendeu com FHC e Lula e tenta virar o "Serrinha, paz e amor". A dúvida é o quanto isso está custando à sua úlcera.

ANCELMO GOIS

A palavra é... investir


O Globo - 23/01/2009
 

Na reunião de hoje do Conselho da Petrobras, em Brasília, será anunciado o novo plano de investimento da empresa. 

Na primeira versão, por causa da crise, previam-se os adiamentos da Refinaria de Pernambuco e do Polo Petroquímico de Itaboraí, RJ. Avisado, Lula deu um esporro: nada de pisar no freio. Quer obras a todo o vapor. 

Falcão x urubu 

Um programa da Infraero de uso de falcões treinados para afastar outras aves reduziu em 27% os incidentes aéreos com urubus e outros penosos no Aeroporto da Pampulha, em 2008. 

A idéia é levar o programa em 2009 para Porto Alegre, São Paulo e Rio, onde ocorre a maioria desses acidentes. 

Sobel fica 

Clifford Sobel, embaixador dos EUA no Brasil, foi mantido no posto. Não permanentemente. Mas não está entre as prioridades de Obama removê-lo já. 

Sobel agilizou os vistos para brasileiros e aumentou a validade de cinco para dez anos. 

ProGay 

O MEC passou a aceitar como renda familiar para concessão de bolsas do ProUni rendimentos de casais homossexuais. 


O tamanho da marola 

A ONU acaba de projetar o crescimento mundial em 2009 e (conservadoramente) prevê 2,9% para o Brasil. 

Comparando com os 5,1% que crescemos ano passado, a diferença dá uma idéia do tamanho da onda que afetará o país: 2,2 pontos percentuais. 

Só que... 

A grande surpresa está na comparação com os outros. 

O impacto aqui será muito maior que na China (só 0,7), na Índia (0,5) e na média dos emergentes (1,3). Será pior que na média dos países ricos (1,6), epicentro da crise. 

Festa da raça 

O sambista Luiz Carlos da Vila, autor de "Kizomba, festa da raça", recentemente falecido, será homenageado com o nome de uma escola em Manguinhos, no Rio, que será inaugurada dia 3 com a presença de Lula. 

Três mosqueteiros 

Aliás, dia 3, Lula, a convite de Eduardo Paes, vai almoçar no Palácio da Cidade com Cabral.

ILIMAR FRANCO

Eles estão fora

Panorama Político 
O Globo - 23/01/2009
 

Os ex-prefeitos Fernando Pimentel, João Paulo e Marta Suplicy não serão chamados para o Ministério. O presidente Lula tem dito que não vai abrir uma temporada de caça aos cargos. A um petista, Lula completou: "Como trago o João Paulo e não nomeio o Pimentel? Como aproveito o Pimentel e não trago de volta a Marta? E ainda tem o (José de) Filippi (Diadema), de quem gosto muito". 

Os palanques nos estados 

A direção nacional do PT está correndo atrás do prejuízo. Percebeu que o PSDB já começou a montar seus palanques nos estados para 2010, enquanto os petistas estavam deixando o barco correr solto. O presidente, Ricardo Berzoni, e o secretário-geral, José Eduardo Cardozo, começam agora a alinhavar alianças e candidaturas que farão dobradinha com a ministra Dilma Rousseff. Uma de suas tarefas é podar no nascedouro candidaturas petistas sem chances, para marcar posição, onde os aliados na sucessão presidencial são governadores que vão concorrer à reeleição ou estão mais bem posicionados na disputa. 

Vamos votar, na eleição para a presidência do Senado, no candidato que nos der maior garantia de independência" - Arthur Virgílio, senador (PSDB-AM) 

BAIXO ASTRAL. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que deixará o cargo em dez dias, foi se despedir ontem do presidente do STF, Gilmar Mendes. Ao sair, olhou para os repórteres e disparou: "Vocês vão ter que tirar leite de pedra, porque eu já virei pedra", afirmou ele, que chorou na missa de fim de ano, por ter que deixar a presidência. Garibaldi até tentou se reeleger, respaldado por pareceres jurídicos, mas não colou. 

Em baixa 

A Vale e seu presidente, Roger Agnelli, já não são mais o xodó do Palácio do Planalto. O governo diz que as demissões anunciadas pela empresa foram precipitadas. Elas teriam gerado um efeito contágio, provocando mais demissões.

Salve, simpatia! 

O ministro Eros Grau, do STF, que se aposenta no ano que vem, está em campanha por uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Eros tem ido com frequência ao Rio participar de eventos da ABL, como leituras e concertos. 

Serra quer pacificar disputa na bancada 

Depois de ter fechado São Paulo em torno de seu projeto presidencial, o governador José Serra quer que a escolha do novo líder do PSDB na Câmara seja feita por acordo. Ele quer evitar um confronto, no voto, entre os dois candidatos, os paulistas José Aníbal e Paulo Renato de Souza, ambos alinhados com Geraldo Alckmin. Um parlamentar tucano contou que Serra não vai se meter, mas que não quer mais saber de brigas entre paulistas. 

Eleição no Senado divide PSDB 

Ao contrário do DEM, que está majoritariamente apoiando a candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado, no PSDB há quatro senadores que pendem para Tião Viana (PT-AC): Tasso Jereissati (CE), Mário Couto (PA), Lúcia Vânia (GO) e Marisa Serrano (MS). Os outros nove estão inclinados para Sarney. Esse quadro vai mudar até o dia da votação. A direção tucana pretende tirar uma posição comum e fazer um apelo para que todos os senadores a acompanhem.

OS PRESIDENTES Hugo Chávez e Evo Morales pediram para participar do mesmo painel, sobre a crise econômica, no Fórum Social Mundial, que terá como principal palestrante o presidente Lula. 

O FÓRUM Social Mundial levará a Belém, na semana que vem, 12 ministros do governo Lula. 

O MINISTÉRIO da Saúde e o governo do Pará montaram uma Unidade de Resposta Rápida para garantir o bem-estar das cerca de 90 mil pessoas que vão participar do Fórum.

DEMISSÕES


SEXTA NOS JORNAIS

Globo: Tesouro dá R$ 100 bi para BNDES socorrer empresas

Folha: BNDES terá mais R$100 bi para investir

Estadão: BNDES vai ter R$100 bi para 'PAC privado'

JB: R$ 100 bi para criar empregos

Correio: R$ 100 bi na praça

Valor: Término de concessões nos portos preocupa empresas

Gazeta Mercantil: Reestruturada, TIM vai brigar pela liderança

Estado de Minas: Grande BH declara guerra à dengue

Jornal do Commercio: Mutirão alivia crise na ortopedia