terça-feira, março 16, 2010

PUTARIA

NÃO VINDE A MIM AS CRIANÇAS


Ontem o Google bloqueou toda minha conta, Blog, Gmail, etc. Hoje, como vocês viram, colocaram uma entrada de "BLOG COM CONTEÚDO ADULTO".
A minha dúvida é: Qual  o conteúdo adulto do blog?  São as notícias ou as fotografias.
Realmente, as notícias do Brasil de hoje são pornográficas, de deixar qualquer um com a cara vermelha de vergonha. O governo do abilolado e seus seguidores, como não tem cara também não tem vergonha e  só produzem fatos que são proibidos para crianças.
Esse blog  eu criei como diversão e informação para quem não tem acesso aos principais jornais do país já que na maior parte do Brasil os jornais não chegam. 
Manter um blog com atualização diária e um pouco de organização não é fácil. Tenho que localizar as colunas em várias fontes, ler, editar e publicar, trabalho que começo lá pelas 4,30 hs da manhã, todos os dias da semana. Obrigação? Não, prazer.
Estou tentando junto ao Google a normalização do blog e eles alegam que algumas pessoas se sentiram incomadadas com o conteúdo do blog. Para essas pessoas eu tenho um recadinho curto: VÃO TOMAR NO CU.
OPÇÃO PARA QUEM ENTRA NO BLOG


DORA KRAMER


Autocombustão


O Estado de S. Paulo - 16/03/2010
 
O deputado Ciro Gomes já morreu eleitoralmente pela boca algumas vezes. Fez autocrítica, atribuiu os erros do passado à falta de maturidade para se desviar das "armadilhas", anunciou adesão à serenidade e, desde então, só fez se desmentir, cedendo aos apelos do temperamento.
Se não é isso, se Ciro sabe o que faz e apenas cumpre com racionalidade um roteiro previamente traçado, então está propositadamente caminhando para fora dos limites do campo do jogo eleitoral, embora não se possa perceber qual seria o real objetivo.
Não satisfeito em desqualificar sua candidatura ao governo de São Paulo, que considera "artificial", desqualifica o partido que seria a principal legenda da coligação, dizendo que faltam nomes de qualidade ao PT no Estado.
Quanto à candidatura presidencial, bate em Dilma Rousseff e bate no PMDB, ataca a política econômica, distribui tabefes como se não houvesse amanhã. Não que Ciro não tenha razão em suas diatribes.
Detecta com propriedade os equívocos e as fragilidades morais e conceituais das forças em disputa. De governo e de oposição.
Analisa com especial precisão o resultado das atuais pesquisas que, para ele, refletem a notoriedade dos pretendentes, não necessariamente a intenção firme de voto do eleitor. Fala sobre a política cambial o que a oposição pensa, mas manifesta com covarde discrição.
Ocorre que a atividade de Ciro Gomes não é a análise política. É político e pretende continuar nesse ofício como candidato a presidente.
Poderia até ter construído para si um nicho de atuação que levasse o eleitorado a reconhecê-lo como crítico arguto da cena, credenciado a promover mudanças se eleito.
Ocorre que passou oito anos como aliado do governo Lula, um aliado fiel e silencioso ante episódios de frouxidão moral tão ou mais graves que os fundamentos da aliança PT-PMDB que tanto o irritam.
Apresentou-se à eleição presidencial na condição de linha auxiliar do governo, alegando que para Lula seria estrategicamente muito mais interessante apoiar dois candidatos.
Cedeu ao apelo do presidente e deu as costas ao eleitorado que o elegeu prefeito, governador e deputado no Ceará, transferindo seu domicílio eleitoral para São Paulo.
Um ato de artificialismo político, segundo critério do próprio Ciro, mas entendido como um ato tático de quem joga em determinado time.
Quando passa a atacar seus correligionários, tratá-los como seres indignos, despreparados, partícipes de um "desastre", incompetentes para levar adiante o País, inviabiliza qualquer tipo de sustentação partidária ao seu projeto e não transmite ao eleitorado uma mensagem com sentido.
É governo? É oposição? É alternativo?
Não se sabe. Não porque se cale, mas porque quanto mais fala menos se entende qual é o rumo.
Vírus da paz. O termo usado em Israel pelo presidente Lula tem dois sentidos, literal e figurado. A definição da medicina para vírus é "substância orgânica capaz de transmitir doença".
No sentido figurado, "mal moral de conotação patológica ou contagiosa".
A intenção foi benigna. Maligno é o desdém para com o significado das palavras do idioma pátrio.
Dureza. O presidente Lula está vendo lá fora como a vida é mais difícil na convivência com países e sociedades acostumados a levar a sério o que dizem governantes e a cobrá-los por suas posições.
A submissa reverência ao poder e a cínica condescendência aos tidos como oprimidos é um comportamento considerado adequado apenas em países de vigor democrático ainda incipiente.
Lula está acumulando um passivo de cobranças ao qual não poderá dar o tratamento que reserva internamente às críticas que recebe no Brasil. Se resolver brigar com o mundo como briga com quem o contraria por aqui, arrisca-se a trocar a admiração conquistada por explícita decepção generalizada.
Ou pior, pela estrita irrelevância.

QUADRILHA

OTAVIO FRIAS FILHO


Uma política ingênua e errática


Folha de S. Paulo - 16/03/2010
 

Na nossa diplomacia, cheia de distorções seletivas, a questão dos direitos humanos deixa de ter qualquer valor no trato com inimigos de Washington, os quais adulamos 

Durante muito tempo, a política externa brasileira foi negligenciada no debate público. Como ocorre em toda nação continental, a agenda interna sempre esmagou a externa, efeito acentuado, em nosso caso, pelo discreto relevo internacional do país. Aos poucos, esse quadro começa a mudar.
Talvez seja nossa inexperiência no palco do mundo, combinada à afoiteza do governo Lula em projetar a todo custo o peso geopolítico que o país já alcançou, o que nos leva a cometer equívocos em cascata e enveredar por um caminho temerário.
Veja-se, por exemplo, o caso do Irã. Ao que tudo indica, a elite dirigente daquele país (incluída a facção oposicionista) acredita que possuir armas nucleares seja um imperativo de segurança nacional. Não é absurdo que pense assim. Os americanos promovem atualmente duas guerras de invasão nos países que fazem fronteira com o Irã a oeste (Iraque) e a leste (Afeganistão). A menos de mil quilômetros de seus limites territoriais, a distância entre São Paulo e Brasília, o Irã tem cinco vizinhos inamistosos e dotados de capacidade militar nuclear: Paquistão, Índia, China, Rússia e Israel.
Se essa premissa for aceita, nada deterá o Irã (exceto, talvez, um desesperado ataque preventivo de Israel). O mais provável é que Israel e Irã convivam no futuro sob o "equilíbrio do terror nuclear", o mesmo mecanismo que deteve Estados Unidos e União Soviética no passado e detém os arqui-inimigos Índia e Paquistão hoje. O que o Brasil tem a ganhar ao se imiscuir em problema que não é diretamente seu, numa conjuntura geograficamente remota e comercialmente pouco importante para nós?
Os Estados Unidos influem e se intrometem nos conflitos do Oriente Médio não para pavonear seu peso mundial, como parecem supor nosso simplório presidente e seu trêfego chanceler. Os EUA estão atolados até o pescoço na região porque sua economia é dependente do petróleo local (não é o caso da nossa) e sua comunidade judaica exerce peso desproporcional nas eleições americanas (diferente de novo do Brasil, onde comunidades de origem judaica e árabe têm expressão equilibrada e convivem de fato).
Não existe razão de política externa para que nossa atitude perante a complexa, quase insolúvel, contenda entre israelenses e palestinos seja outra que não uma equidistância comedida, sempre favorável à não violência e à negociação direta entre as partes. Retomar esse contato direto, aliás, é hoje o ponto crucial naquele conturbado trecho do globo. Nossa "diplomacia do futebol" tem pouco a fazer ali, exceto passar ridículo.
Numa entrevista recente, o novo embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, disse algo significativo, o que é inusitado entre diplomatas. Referindo-se às relações entre nossos dois países, constatou que "vamos começar a nos esbarrar por aí". Shannon aludia ao fato de que o aumento do peso econômico e comercial do Brasil aumenta sua influência externa, irradia seus interesses e o expõe a crescentes áreas de atrito com outros países relevantes, desde logo os próprios Estados Unidos.
Em outras palavras, não precisamos buscar sarnas para nos coçar, elas virão natural e infelizmente como decorrência de nossa projeção maior na geopolítica mundial. Logo teremos de enfrentar decisões realmente difíceis.
É provável, por exemplo, que o Brasil venha a ser um dos cinco entes soberanos a predominar no planeta antes de meados do século, junto com a China, os Estados Unidos, a Índia e a Europa. Continuaremos a ser o único a prescindir de armas nucleares como recurso dissuasivo? O ex-ministro Rubens Ricupero tem uma bela argumentação em defesa dessa originalidade, talvez até como contribuição da cultura brasileira ao futuro dos povos.
Mesmo no âmbito de uma perspectiva pacifista, porém, que é da nossa tradição, abdicar de arma atômica implica como contrapartida a obrigação de dotar o país de recursos militares convencionais muito mais onerosos e destrutivos do que o aparato atual. São questões graves como essa que merecem debate profundo, mais que nossa ingênua, felizmente inócua, aparição no Oriente Médio ou nossa desastrada e igualmente inócua ingerência nos assuntos internos de Honduras.
Toda política externa deve combinar o interesse egoísta do próprio país com um elenco de valores universais (essencialmente, respeito aos direitos humanos e à autodeterminação dos povos). Ela será tanto mais sólida e respeitável quanto mais os dois aspectos se harmonizarem sem grande contradição. O que estamos fazendo é uma política errática, cheia de distorções seletivas, de modo que a questão dos direitos humanos, por exemplo, deixa de ter qualquer valor no trato com inimigos de Washington, os quais adulamos para sermos vistos como "independentes".
Vamos confrontar os Estados Unidos, sim, e cada vez mais. Mas vamos fazê-lo quando for relevante para o Brasil, não para realizar as fantasias ideológicas da militância que aplaude o presidente Lula e seu chanceler Celso Amorim, o qual errou mais uma vez quando se filiou no ano passado ao PT. Chanceler não deveria ter partido. Parodiando Clemenceau (1841-1929), a diplomacia é assunto sério demais para ser relegado a diplomatas e a ideólogos partidários.

LUIZ GARCIA


Histórias de prisão
O GLOBO - 16/03/10

Ele nasceu em 1850, batizado de Casa de Correção do Rio de Janeiro. Um século e pouco depois, virou Penitenciária Professor Lemos Brito, Ficava na Rua Frei Caneca, no Centro da cidade — cujos administradores levaram mais de um século para descobrir que aquilo não era lugar para o maior complexo prisional de uma cidade como o Rio.

Enfim, o equívoco foi corrigido com a construção do complexo penitenciário de Bangu, e semana passada o que restava na velha penitenciária foi pelos ares para dar lugar a um conjunto habitacional.

Restaram também as histórias da prisão secular. Como as que tiveram como protagonista a extraordinária figura de Gregório Fortunato. Para quem esqueceu ou nunca soube: um negro alto e forte, cara fechada, que viera para o Rio como principal guarda-costas de Getúlio Vargas nos anos 30. Em 1954, quando o patrão era pela segunda vez morador no Palácio do Catete, Gregório comandou, por conta própria, o atentado contra Carlos Lacerda, em que morreu o oficial da Aeronáutica Rubem Vaz. Menos de um mês depois, Vargas se suicidou e Gregório acabou na cadeia.

Foi condenado a 25 anos de reclusão. Mas dois presidentes, por coincidência inimigos políticos de Lacerda, reduziram a pena: Juscelino Kubitschek a cortou para 20 anos, João Goulart a diminuiu para 15. Na Frei Caneca, os internos o respeitavam, embora não tivesse posição de comando na hierarquia extraoficial das galerias. Quem mandava era o bandidão Mineirinho, No Natal de 1961, um episódio extraordinário.

Houve um motim na penitenciária, e Lacerda, governador da Guanabara, decidiu que o que lhe cabia fazer era simplesmente entrar sozinho e desarmado (naturalmente) no pátio da penitenciária para falar aos amotinados trepado numa cadeira. Não sabia, e pouca gente soube na época, que Mineirinho decidira não piorar as coisas, e simplesmente escalara Gregório para garantir a segurança do governador. E tudo deu certo. Dá para desconfiar que já não se fazem mais bandidos e políticos como antigamente.

No ano seguinte, Mineirinho fugiu da prisão e pouco tempo depois foi encontrado morto, com 13 balas no corpo. Gregório foi assassinado na Frei Caneca, numa briga nunca explicada direito, envolvendo ciúmes entre protegidos.

São histórias de um tempo em que os traficantes ainda não dominavam a população das penitenciárias.

JOSÉ SIMÃO


Ueba! "Caras" em Israel é "Çaras"!
FOLHA DE SÃO PAULO - 16/03/10

E quem devia mediar a paz no Oriente Médio é a dona Marisa, expert em CESSAR FOGO!


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
Direto dos Estados Unidos: "Casal flagrado fazendo sexo não para nem após policial apontar lanterna!". Como é o nome da mulher? SHANA.
Shana Byrd. Shana Passarinho! Eu acho que essa Shana devia estar ligada no carregador de celular! Rarará!
E o Lula tá em Israel! Foi comer bureka no Buraco da Sara! Aquele restaurante do Bom Retiro! E quem devia mediar a paz no Oriente Médio é a dona Marisa. Que é especialista em CESSAR FOGO! E diz que o Lula foi lançar o Fome Zero em Israel. E como chama Fome Zero em Israel? MARMITZVA! E aproveitou e lançou a "Caras Israel". E como se chama a "Caras" em Israel? ÇARAS!
E o Adriano Imperador? Vocês viram a camiseta: "Que Deus perdoe as pessoas ruins!". É que ele só gosta de pessoas boazudas. Com aquela namorada barraqueira, o problema dele não é a bebida, é a comida!
E o bom da Indy é que é GALVÃO FREE! Esse Galvão me mata de rir. Olha o que ele falou: "Um piloto de Fórmula 1 precisa ter no mínimo X HORAS de treino". Adorei a precisão: xis horas! E os carros da Indy no Sambódromo pareciam passistas. Foi um verdadeiro "rebolation"!
E diz que o Lula quis passear de barco no mar da Galileia e perguntou o preço pro barqueiro. "Oitenta dólares." "O quê? Que absurdo!" "Foi aqui que Jesus andou sobre as águas." "Também, por esse preço."
"BBB" Urgente! Biga Bibas do Bial. E agora a bibinha de buate tá dando em cima da dentista. A Bibinha Hétera e a Dentista Pomba Gira! Bibinha virar hétera é uma coisa que nunca se viu/ minha gata botou ovo/ e a minha galinha pariu! A dentista era recatada, namorado evangélico, apagada. E pra não perder o prêmio, a família mandou uma carta: "Solta a franga, solta a pomba gira". Ou seja, família pede a para filha deixar de ser família. Rarará! A dentista liberou o canal. E sabe o que a dentista disse pra bibinha: "Agora, pode cuspir". É mole? É mole, mas sobe! OU como disse aquele outro: "É mole, mas trisca pra ver o que acontece".
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. É que em Brejinho, Pernambuco, tem um bar chamado Bar das Periquitas! Ambiente Familiar! Ueba! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. O Orélio do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Mamografia": exame dos mamãos da companheira. O lulês é mais fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

PAINEL DA FOLHA

Puxão de orelha 


Renata Lo Prete 
Folha de S.Paulo - 16/03/2010

A troca de farpas entre ministros favoráveis e contrários ao Programa Nacional de Direitos Humanos levou a Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência, a despachar um comunicado para solicitar ao primeiro escalão do governo que "divergências entre autoridades" sejam resolvidas internamente.

O texto chama a atenção para as regras descritas no Código de Conduta da Alta Administração Federal, segundo as quais é vedado às autoridades opinar publicamente a respeito "do desempenho funcional" de colega e "do mérito de questão que lhe será submetida".
A Comissão diz ainda aos ministros que não lhes cabe fazer manifestação pública sobre matéria que não seja da "sua área de competência".

Estreito. Ibope a ser divulgado amanhã deverá indicar José Serra (PSDB) com cinco pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT).

Cobras... Objeto de revolta dos petistas, corre pela internet o vídeo de discurso feito na Assembleia do PR por Stephanes Júnior (PMDB), filho do ministro Reinhold Stephanes (Agricultura). Segundo o deputado, "o PT é coisa do diabo, não serve para nada".

...e lagartos. Colega de ministério do pai do deputado, Dilma foi alvo: "Como podem indicar à Presidência alguém que assaltava bancos, sequestrava pequenos empresários para pedir resgate?".

Janela. Como Lula hesita em trocar Hélio Costa (Comunicações) pelo chefe de gabinete, como quer o ministro, o PT fez circular o nome de José Zunga de Lima, do conselho consultivo da Anatel.

Entre nós. Antes da nova rodada de conversas com o PMDB, Lula chamará os petistas Fernando Pimentel e Patrus Ananias e o vice José Alencar (PRB) para a candidatura da base em Minas, cada vez mais no colo do peemedebista Hélio Costa.

No blue eyes. Lula, que já culpou os banqueiros de olhos azuis pela crise internacional, decretou ontem em Israel que "é uma anormalidade uma pessoa loira de olhos azuis, que quase não fala espanhol, governar a Bolívia".

Programa. Integrante da comitiva de Lula no Oriente Médio e pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, Paulo Skaf tem seus passos registrados por câmera de TV durante a viagem. Ontem, opinava que Israel poderia perfeitamente ensinar segurança pública ao governo de São Paulo.

Mamãe eu quero. Do pré-candidato Fernando Gabeira (PV-RJ), sobre o choro pró-royalties do governador Sérgio Cabral (PMDB): "Se fosse presidente do Chile ou do Haiti, enroscaria em posição fetal e gritaria..mamãe!".

Mapa. Presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE) irá amanhã ao Rio Grande do Sul para uma conversa sobre a candidatura à reeleição de Yeda Crusius. Os tucanos também contrataram pesquisa. Apesar da preferência do partido por apoiar José Fogaça (PMDB), Yeda argumenta que já fechou alianças com PP e PTB.

Sobrenome. Questionário de pesquisa do Instituto Mapear, do Rio, sobre a sucessão presidencial apresenta quatro candidatos, nesta ordem: Serra, Ciro Gomes, Marina Silva e "Dilma, a candidata do Lula". O instituto informou à Justiça Eleitoral que a sondagem "foi realizada por iniciativa própria e com recursos próprios".

Remake 1. O substitutivo ao projeto de reforma do Conselho de Ética da Câmara que ACM Neto (DEM-BA) apresenta amanhã aos integrantes da Mesa Diretora veda aos suplentes a possibilidade de fazer parte do colegiado.

Remake 2. No projeto, suspensão do mandato foi ampliada para seis meses -hoje são 30 dias. Também obriga deputados a devolver ao erário eventual uso indevido de verba pública.

Tiroteio

"Se Lula imagina poder exercer uma função mediadora, precisa obter o respeito das partes envolvidas."
Do ex-chanceler CELSO LAFER, sobre o fato de o presidente brasileiro não ter visitado em Israel o túmulo de Theodor Herzl, fundador do movimento sionista; segundo Lafer, é o mesmo que "ir à Venezuela e se recusar a homenagear Bolívar".

Contraponto

Horário eleitoral

No mesmo dia em que o Congresso Nacional realizou sessão solene para celebrar o centenário de nascimento de Tancredo Neves, a Assembleia Legislativa paulista também lembrou o presidente morto em 1985.
Em seu discurso, o líder do governo na Casa, Vaz de Lima (PSDB), enalteceu as qualidades de Tancredo, elogiou os mineiros de maneira geral e terminou por pregar a candidatura de José Serra ao Planalto.
Quando o tucano desceu da tribuna, o petista Vanderlei Siraque comentou baixinho:
-E lá se foram cinco minutos de propaganda gratuita...

ANCELMO GÓIS

Moderninha 


O Globo - 16/03/2010
A Academia Brasileira de Letras entrou, totalmente, na era digital.
Lançou um concurso no qual o participante deve escrever um conto com, no máximo, 140 caracteres para o Twitter da ABL.

De volta à pista
Agora é oficial. A Petrobras está de volta à Fórmula-1.
A partir do GP de Barcelona, dia 9 de maio, os carros da Lotus, que este ano adotaram o verde e o amarelo como suas cores, vão trazer a marca da estatal brasileira. O patrocínio é de uns US$ 9 milhões.

Casa própria
A Queiroz Galvão segue outros mamutes do concreto e diversifica seus negócios rumo ao mercado imobiliário.
Para o Rio, por exemplo, recrutou um diretor com um salário e tanto, e vai contratar de 30 a 40 pessoas.

As Farc da Rocinha
Lula, na recente visita à Rocinha, num canto longe da imprensa, trocou dois dedos de prosa com José Rainha Júnior.
Trata-se do ex-líder do MST que virou uma espécie de guru do vereador Claudinho da Academia, acusado de envolvimento com o tráfico local.

Ônibus 174
A 7ª Câmara Cível do Rio negou o pedido de indenização do coronel PM José Penteado, comandante do Bope no resgate do ônibus 174, em 2000, em que morreram a estudante Geisa e o sequestrador Sandro.
Penteado queria R$ 500 mil, mais 30% dos prêmios e da bilheteria do documentário “Ônibus 174”, de José Padilha. Alegava que teve “a imagem e a reputação violadas pelo filme”.

Sagrado e profano
Sábado agora, haverá uma festa religiosa pelo Dia de São José na... Vila Mimosa, a zona de meretrício do Rio.

SÁBADO AGORA,
moradores do Edifício Coaracy Nunes, na Rua Voluntários da Pátria 381, em Botafogo, vão fazer uma festa para...
esta palmeira imperial.
Centenária, a coitada estaria com os dias contados por causa de cupins. Os vizinhos, depois de muitas tentativas de recuperála, capitularam e decidiram fazer uma última homenagem à árvore, com bolo em formato de palmeira e champanhe. Mas, como a esperança é a última que morre, técnicos da Fundação Parques e Jardins vão hoje verificar se ainda é possível fazer algo. Caso não seja, será retirada. Em seu lugar, os moradores prometem plantar uma outra de 7 metros. Vamos torcer

Guerra na internet
Dilma liderava ontem, com 2.044 votos, uma pesquisa do site compararcandidatos.com, à frente de Serra (1.857), Marina (1.412) e Ciro (550).
Mas o pessoal do Movimento Marina Silva (movimentomarinasilva.org.br) denunciou suposta fraude. Diz que Marina liderava e, quando passou de 4 mil votos, subitamente, caiu para 900.

Bodas de prata
A banda Biquíni Cavadão faz hoje 25 anos de palco.
A data é do primeiro show profissional do grupo, em 1985, no Circo Voador. De lá para cá, foram mais de 1 milhão de discos vendidos e 1.700 shows.

Só para provocar
Jair Bolsonaro, o deputado de direita, pedirá hoje a José Genoíno e a outros deputados de esquerda para assinar requerimento de moção de louvor ao Parlamento Europeu por repudiar a morte de dissidentes da ditadura cubana em greve de fome.

ZONA FRANCA

Será às 11h de amanhã o Depoimento Para a Posteridade de Chico Anysio, no MIS.
As jóias da designer Carolina Ururahy chegam hoje à Nag Nag.
A série Brasil, Futebol e Livros, no CCBB, hoje, às 18h30m, terá Mário Magalhães e Ivan Soter.
O Palco MPB agora é às terças, às 20h, na MPB FM.
Acorda Bamba toca hoje no CCC.
A Limits apoia a copa PUC.
Haroldo Enéas assina a festa da CCM, quinta, em Icaraí.
A concessionária Rota 116 pôs placas sobre a vocação econômica de Nova Friburgo.
Abre amanhã a exposição de Anna Helena Cazzani na galeria Anna Maria Niemeyer.

No pasarán I
Fernanda Abreu, Sandra de Sá, Xuxa, Nei Matogrosso,Toni Garrido, Dudu Nobre, Gustavo Lins, Alcione, grupo Revelação e Pedro Luís confirmaram presença no ato contra a tunga nos royalties do Rio, amanhã.

No pasarán II
Paulo Hartung, o governador do Espírito Santo, promete trazer para o ato uma grande delegação capixaba.

No pasarán III
O grupo GLS ArcoIacute;ris está convocando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais a participar do ato.
Aliás, o estilista Carlos Tufvesson, ativista gay, vai liberar seus funcionários para que possam ir: “É um assalto inconstitucional, fruto do eterno saco de malvadezas contra o Rio.”

No pasarán IV
O pastor Washington Sousa mobiliza todas as igrejas evangélicas, entre elas a Batista, a Universal e a Presbiteriana.
É bem verdade que o único deputado fluminense a votar contra o Rio foi Adilson Soares, que vem a ser irmão do bispo R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus.

No pasarán V
O pessoal do funk do Rio também vai amanhã à manifestação na Candelária.
Neguinho da Beija-Flor, o sambista, não é do ramo, mas, convidado, gravou ontem na Furacão 2000 o funk “O petróleo é nosso”, para entoar no ato. Diz: “Alô, Congresso!/Alô, presidente Lulaaaa/O petróleo é nosso/Arrá, urruuu.” Ouça no site da coluna (oglobo.com.br/ancelmo).

BRUNO GARCIA, o ator pernambucano (acredite, na foto ao lado), encarna Marilyn Monroe para o livro “Eu queria ser”, que a fotógrafa Priscila Prade lança amanhã na Travessa do Leblon, pela Editora Master Books

MARIA FERNANDA Cândido, a atriz tão linda, relaxa nas filmagens de “Aparecida”, de Tizuka Yamazaki, em que faz o papel da testemunha de um milagre

PONTO FINAL

Quem presta o pior serviço ao carioca? A coluna quer saber sua opinião. Infraero/Galeão é hors concours. Mas a Light e a Ampla, com seus apagões, são fortes candidatas ao título. Além, do metrô, é claro. Com todo o respeito.

ARNALDO JABOR

Cinema tem de exaltar a vida


O GLOBO - 16/03/10

Em 1990, filmei "Amor à Primeira Vista", uma coprodução franco-italiana para a TV que nem passou aqui. Depois, parei - de saco cheio de tanta ansiedade e frustração, os dois sentimentos básicos do cineasta.
As pessoas pensam que filmar é um piquenique. De vez em quando, algum "desconhecido íntimo" me perguntava: "Como é? Quando vai filmar de novo?". Eu respondia: "Sei lá...". E o sujeito continuava: "Adorei aquele seu filme, o ‘Bye Bye Brasil’!..." . "Não é meu" , resmungava. "Ah,,, Cineasta é tudo igual... Aliás, vocês levam um vidão, hein?". E me cochichava, com sórdida cumplicidade: "Vocês comem atrizes às pampas, hein?". E eu, como um "Casanova" discreto: "Nem tanto... nem tanto..." - e fugia, sob a inveja do cara.
Passei 25 anos olhando o mundo através de ângulos de cinema: "Aquela mulher, com uma lente 75mm, daria um close lindo; aquele casal, correndo da chuva, seria um ‘travelling’ legal...".
Agora, matei a fome, pois não aguentava mais ficar apenas como um comentarista vendo o horror do mundo, as vergonhas nacionais. Adoro o vasto mundo do jornalismo e da TV. Mas só política envenena a alma. Digo sempre: "É feito trabalhar no Instituto Butantã... um dia a cobra te morde...".
Agora, 20 anos depois, estou acabando "A Suprema Felicidade", um filme que se passa nos anos dourados do Rio, entre 1950 e 1960. E não é para "conscientizar" ninguém.
Na época do Cinema Novo, vivíamos uma arte que "salvaria" o século, "mudaria as cabeças"; buscávamos o chamado "específico fílmico", utopia de imagem a ser atingida.
Nesse filme só falo das coisas que conheci e vivi. Como dizia o Fellini: "A única objetividade que conheço é a subjetividade". Filmei por amor à arte, essa coisa meio antiga neste mundo atual onde os filmes só têm cenas de três segundos, delirantes maneiras de você ver muito para nada ver. O antigo "autor" ou "diretor" virou um guarda de trânsito para atores: "Vai por ali, vem por aqui...".
O filme que fiz não quer provar nada. Claro que gostaria que fosse uma defesa quase "ecológica" contra a cultura de massas. Mas, quem sou eu para desejar tanto?
No entanto, há sinais de que talvez comece uma renascença artística se partindo do mundo digital.
Por isso, amei o "Avatar" - a primeira superprodução em que a tecnologia ficou a serviço da poesia. Acho que "Alice", do Tim Burton, também vai ser assim. "Avatar" é um filme de autor. Existe ali um grande amor ao cinema, como no último Tarantino, como nos anos 60, quando cinema era paixão.
Lembro-me da última vez em que vi o cineasta francês Louis Malle, no Rio. Falamos dessa paixão, da fumaça dos cigarros "Gauloises", dos paletós surrados dos cinéfilos de Paris, dos papos-cabeça da Nouvelle Vague, da magia do preto e branco, da aura sagrada que os cinemas de "shopping-centers" exterminaram, entre pipocas e cachorros-quentes, esse cinema que hoje é uma extensão das praças de alimentação.
Meses depois, Malle morria de câncer, como o Truffaut.
O cinema sempre buscou as massas; não vivia em guetos como a poesia ou a pintura, mas tinha uma fome de "arte", visível mesmo nos filmes "comerciais", cf. "Cantando na Chuva", por exemplo.
Sem esse amor, cinema é um videogame em que somos as peças. Por isso, me lembro também de Humberto Mauro, o grande cineasta fundador dos anos 20 e 30 que criou uma definição famosa sobre a antiga "Sétima Arte": "Cinema é cachoeira...". Por que ele dizia isso? Já contei isso, mas repito.
Quando ele fazia seus filmes em Cataguases e na Cinédia do Rio, todo amigo que ele encontrava na rua dizia : "Humberto, meu querido, você precisa ir lá no meu sítio filmar a minha cachoeira. Você precisa ver que cachoeira!" E o Humberto Mauro ficava intrigado: "Por que sempre querem que eu filme cachoeiras?".
Um dia, ele deu uma palestra num cineclube e um jovem lançou-lhe a pergunta essencial: "Seu Mauro, qual é a alma do cinema?". Aí, o velho cineasta cunhou a definição eterna: "Cinema, meu filho, é... cachoeira!".
Tentei filmar assim: o fluxo da afetividade, da tentativa de alegria, do desejo de felicidade. Tentei um filme de aventuras emocionais. Arte tem de ser exaltação da vida. E hoje tudo está tão falso, tão virtual que imagino que alguma personagem poderia sair da tela, como em "A Rosa Púrpura do Cairo", e perguntar: "Hei!... Vocês aí - afinal, o que é (ou era) a realidade?". E nós responderíamos: "Realidade" é essa coisa aqui fora e dentro de nosso corpo, fluindo sem parar, é esse rio de signos, essa ilusão dos sentidos, esse mistério que teimamos em deslindar inutilmente, pois fazemos parte dele. "Realidade" é essa coisa sempre além da ciência, sempre além do sentido, do tempo e do espaço, inatingível, pois estamos todos boiando num infinito caldo de cultura, onde "parece" que boiamos; apenas "parece", pois somos também o caldo onde boiamos. A mosca e a sopa são a mesma coisa.
Quanto mais se fazem descobertas, mais fundo é o túnel do mistério. Quanto mais aberta for a máquina do mundo, mais vazia e indecifrável.
Por isso, a melhor metáfora para o cinema é a cachoeira mesmo - uma água que não para de fluir. Não há uma realidade que finalmente se detenha e se configure; buscá-la, tanto no cinema como na filosofia, é fracasso certo. Não há arte ou filme que deem conta do implacável fluir dessa cachoeira que se chama "vida". O drama dos séculos tem sido a tentativa de se alcançar uma resposta estática.
A própria ideia de "paraíso" na Terra esconde (ou comprova) o desejo de parar o espaço e o tempo. O "paraíso" seria um lugar onde não houvesse a morte - nem cinema. Não há "cinema paraíso" (por isso, aquele filme italiano é tão ruim).
Somos uma cachoeira contemplando a outra. Nossas ações têm esse fracasso fundamental: jamais veremos um fim ou um início.
Cinema e vida são cachoeiras, como descobriu Humberto Mauro.

MERVAL PEREIRA

Reação política  


O Globo - 16/03/2010

A disputa sobre os royalties do petróleo pode custar mais caro ao governo do que está sendo contabilizado até o momento. O projeto de lei do deputado do PMDB do Rio Grande do Sul Ibsen Pinheiro, que alterou a distribuição dos royalties prejudicando brutalmente os estados produtores, notadamente o Rio de Janeiro, que produz 85% do petróleo nacional, está levando a que a discussão que recomeça no Senado se volte para a mudança do sistema de exploração do produto na camada do pré-sal, de concessão para o de partilha.

O senador Francisco Dornelles, do PP, está liderando essa alteração de agenda política, certo de que é muito mais importante discutir o que classifica de “reestatização” do setor petrolífero do que a redistribuição dos royalties, que depende basicamente da definição do sistema de exploração.

No sistema de concessão até então vigente no país, e com excelentes resultados na sua avaliação, que serviu também para cerca de 30% das áreas do pré-sal já licitadas, as companhias exploradoras de petróleo pagavam não apenas royalties como também participações especiais aos estados produtores.

A legislação brasileira previa que as concessionárias devem uma indenização à União, aos estados e municípios, por eventuais danos ambientais e pelo uso de suas infraestruturas na exploração e produção de petróleo e gás.

O pagamento de royalties mensais, e de participações especiais trimestrais, de acordo com o volume de petróleo e gás produzido, está previsto na Constituição de 1988, também como maneira de compensar a não incidência na origem do ICMS sobre a venda do petróleo.

No regime de partilha, que o governo quer implantar na exploração das jazidas do pré-sal, não há mais participações especiais, e a empresa exploradora do petróleo será ressarcida pelos royalties devidos, que passarão a fazer parte do cálculo do custo do investimento.

Como nas novas regras do pré-sal a Petrobras tem garantia de participação no mínimo de 30% de todos os campos, a estatal do petróleo será a grande beneficiária dessas normas.

Dornelles diz que está sendo criado para a Petrobras “um verdadeiro paraíso fiscal”.

Já havia a desconfiança de que a mudança do sistema seria mais difícil de ser aprovada do que imaginava o governo, pois uma questão técnica estava sendo substituída pela disputa ideológica, e nesse campo o governo corre o risco de ver sua base partidária heterogênea se dividir.

Os partidos de esquerda que formam o chamado “bloquinho” — PDT, PCdoB, PSB — certamente formarão ao lado do governo, na tentativa de aprovar a mudança de modelo, reforçando o aspecto estatizante da proposta.

Mas a oposição, à frente PSDB e DEM, quase certamente teria o apoio de partidos de centro-direita, como PP, PTB, PRB e parte do PMDB, para a manutenção do sistema de concessão.

Por isso o governo está querendo aprovar as regras para o pré-sal antes, deixando para o final a discussão sobre o sistema de partilha, o que o senador Dornelles considera um contrassenso: “Se não aprovarmos a mudança do sistema de exploração, por que a distribuição dos royalties seria alterada?”, pergunta o senador do Rio.

A disposição de enfrentamento, diante da ameaça às finanças do Estado do Rio, fica patente na recusa de negociar o projeto Ibsen Pinheiro.

Segundo Dornelles, o Rio não pode aceitar “uma esmola em troca de um direito”.

A firmeza da posição dos representantes do Rio está também baseada na convicção de que o projeto é inconstitucional.

O procuradorgeral em exercício do Estado do Rio, Rodrigo Tostes de Alencar Mascarenhas, enumera uma série de razões que definem a sua inconstitucionalidade: 1 A constituição (art. 20 § 1º) é clara no sentido de que quem tem direito a receber royalties são os estados e municípios em cujo território se dá a exploração, já que é expressa a função dos royalties de pagar parte dos prejuízos causados pela exploração.

2 O Supremo Tribunal Federal já afirmou que os royalties se constituem em receita própria e originária dos estados onde se localiza a exploração, às quais eles fazem jus não por uma gentileza da União, mas por força da Constituição.

3 Combater o direito do Estado do Rio sustentando que o petróleo está no mar é juridicamente falso, pois o território de todos os estados e municípios litorâneos tem uma projeção marítima.

Prova disso é que, se alguém comete um homicídio numa plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, será processado e julgado pela Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

As escolas localizadas na Ilha Grande, por exemplo, são mantidas pelo município de Angra, e os exemplos poderiam continuar. Aliás, se o deputado estivesse certo chegaríamos à conclusão de que Florianópolis, capital de um estado, não se localiza neste estado e sim em “território federal”.

4 Alterar a regra de distribuição das áreas já licitadas e em exploração é uma gravíssima violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito, pilares de qualquer democracia e que, no Brasil, são cláusulas pétreas.

5 Retirar, de uma hora para outra, percentual tão elevado de uma receita própria de uma unidade da federação atenta contra outra cláusula pétrea da Constituição, que é a proteção da própria federação, além de violar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.

6 Considerando que, no Rio, os royalties estão compromissados, em boa parte, com o pagamentos de benefícios previdenciários e com a proteção ambiental, com recursos previstos no orçamento e no plano plurianual, cortar esses recursos de um dia para o outro seria um atentado contra os preceitos da responsabilidade fiscal e da proteção ambiental, ambos previsto
s na Constituição.

CLÁUDIO HUMBERTO

“A situação não é estável ainda”
MINISTRO LUIZ PAULO BARRETO (JUSTIÇA), SOBRE A SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DF

STÉDILE REVELA QUE O INCRA É INFORMANTE DO MST
Em reunião com jornalistas governistas para criar uma “rede contra a criminalização de movimentos sociais”, João Pedro Stédile fez uma revelação estarrecedora: o Incra informa ao MST sobre os alvos de suas invasões. Ele admitiu que foi um erro de invadir a fazenda do grupo Cutrale, em São Paulo, mas culpou o Incra por haver “repassado” ao MST uma informação errada: que a fazenda seria área pública.
AFANOU POR QUÊ?
João Pedro Stédile só não explicou por que, além de destruir a plantação de laranjas, seus delinquentes afanaram bens da Cutrale.
CUMPLICIDADE 
Órgão do governo federal, o Incra deveria atuar como mediador de conflitos agrários. É a primeira vez que o MST confirma a “parceria”.
DEPOIMENTOS
Entre os dias 24 e 31, a CPI da Câmara do DF vai ouvir depoimentos dos donos de empresas de informática citadas por Durval Barbosa.
ESQUEÇAM O QUE EU DISSE
Após jurar que não disputaria o governo do DF, o senador Cristovam Buarque gravou programa do PDT topando enfrentar Joaquim Roriz.
MENSALÃO: RECURSO TRANSFORMA LULA EM RÉU
Lula ainda não se livrou totalmente da rebordosa: dia 1º, foi finalmente anexado ao processo de 177 páginas, pelo ministro-relator Joaquim Barbosa, o recurso apresentado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, para que o Supremo Tribunal Federal transforme o presidente Lula de testemunha em réu, no escândalo do mensalão do PT. O recurso de Jefferson é datado de maio de 2009.
SANTO DAIME E LSD...
O chá santo daime, utilizado em seitas como a do chargista Glauco, frequentada pelo seu próprio assassino, produz efeitos como o LSD.
...DROGAS PARECIDAS 
Dentre os efeitos colaterais do santo daime estão superexcitação, miragens, transe, medo progressivo até o pânico, surtos psicóticos, etc.
NOVA EMBAIXADA 
O embaixador do Brasil em Belgrado (Sérvia), Dante Coelho de Lima, foi designado para instalar nossa embaixada em Chipre.
NEM TUDO SÃO FLORES
Lula não sabe o que o irrita mais: o fracasso do projeto de fazer Ciro Gomes (PSB) candidato ao governo de São Paulo ou ser obrigado a pedir a Aloizio Mercadante (PT), a quem detesta, para topar a parada.
BODE RETIRADO 
O PV identificou um “bode” solto na sala, fazendo estragos na candidatura presidencial de Marina Silva e produzindo mais intrigas do que votos: o próprio coordenador, Alfredo Sirkis. Ele será substituído.
JOÃO ALVES NA FRENTE
Mais uma dor de cabeça para Lula: pesquisas em Sergipe projetam a vitória, já em primeiro turno, do ex-governador João Alves contra Marcelo Deda (PT). O presidente acha que será difícil ajudar o amigo.
TRAPALHADA 
Lula alegou “agenda apertada” para não depositar flores no túmulo do fundador do Sionismo, pilar do Estado de Israel. E se ofereceu para “negociar” a paz. Já imaginou língua presa falando Theodore Herzl?
LOJA DE LOUÇAS
Hábil como um elefante em vidraçaria, o presidente Lula foi boicotado no parlamento de Israel, ontem: o chanceler israelense e vários representantes não apareceram, após o incidente diplomático.
ESTRANHAS LÁGRIMAS
Sérgio Cabral chorou pelos royalties do petróleo, mas não verteu uma lágrima sequer com a perda de dezenas de vidas humanas nas chuvas do início do ano, no Rio. Nem pelo domínio do tráfico nos morros.
VOCÊ JÁ SABIA
O lança-rojão AT4 de traficantes da Rocinha, que o Fantástico exibiu, foi mostrado no site claudiohumberto.com.br em outubro. Na ocasião, “especialistas” desdenharam da denúncia do blog Militar Legal de que a arma sueca poderia ter derrubado o helicóptero da PM no Rio.
VOANDO NA PAUTA 
O cantor Frank Aguiar (PTB) comanda pela terceira vez em 14 meses a Prefeitura de São Bernardo (SP). O prefeito petista Luiz Marinho está na Suécia, convidado pela Saab, que fabrica os aviões-caça Gripen.
PENSANDO BEM... 
...a ONG americana Apelo da Consciência deve estar com a mão na própria, depois de dar prêmio de “direitos humanos” a Lula, em 2006.

PODER SEM PUDOR 
AO PÉ DA LETRA?
A manifestação popular contra o abandono de Belford Roxo, Baixada Fluminense, em 2004, incluía o prefeito Waldir Zito (PSDB) e vereadores. Mas um deles ficou de fora do “enterro coletivo”: o vereador Pastor Oliveira (PL), morreu no dia do protesto, vítima de pancreatite.

BAR ZIL

TERÇA NOS JORNAIS


Globo: COB: mudança no pré-sal inviabiliza Jogos no Rio

Estadão: Governo e oposição em Israel se unem e cobram Lula sobre Irã

JB: “O Rio não troca direito por esmola”

Correio: CPI desafia Durval a detalhar propinas

Valor: Avançam negociações para fusão Citrosuco-Citrovita

Estado de Minas: Vagas de até R$ 9,3 mil no setor de energia

Jornal do Commercio: TRE anula concurso