terça-feira, janeiro 26, 2016

Que coisa feia, Boulos! - KIM KATAGUIRI

Folha de SP - 26/01

Guilherme Boulos, o burguês revolucionário, decidiu dedicar sua coluna do dia 21, nesta Folha, a mim. Senti-me honrado. Afinal, para lembrar Nelson Rodrigues, de certos tipos, só quero vaias. E o artigo foi uma bela tentativa de vaia.

O coxinha vermelho disse que "não é exatamente uma surpresa" a Folha ter me contratado, pois "a maior parte de seus colunistas é liberal em economia e politicamente conservadora, assim como sua linha editorial".

Como a gente nota, o propósito de divertir o leitor não se resume a humoristas como Gregório Duvivier, Marcelo Freixo e Vladimir Safatle. Boulos também está no time, com a pequena diferença de que o movimento que ele lidera pratica crimes, que é coisa um pouco diferente de apenas justificá-los.

Depois da graciosa piada, Boulos afirma que "talvez a surpresa de muitos fique por conta [sic]" do meu "despreparo". É claro que o líder do MTST tem o direito de escrever asneira. Mas deve fazê-lo em bom português. Eu posso dizer que a prática de ações de caráter terrorista em São Paulo fica "por conta" de Boulos.

Acerto no fato e na gramática. Ao escrever sobre mim, nosso amiguinho empregou "por conta" em lugar de "por causa". Errou na gramática e no fato. Despreparo.

Boulos se diz surpreso porque eu e o MBL somos "tratados por alguns como representantes do 'novo'". Pergunto: o que há de novo em invadir a propriedade alheia? O que há de novo em pagar militantes para que defendam uma causa na qual não acreditam? Parece-me que a única novidade é que a rebeldia revolucionária hoje é apadrinhada pelo próprio governo.

O líder do MTST fala de um tal modelo econômico que "só atende aos interesses privilegiados do 1%". É famoso o "estudo" que sustenta que 1% da população mundial é mais rica do que os outros 99%. Mas nosso querido poodle do adesismo esqueceu de dizer que, segundo a metodologia dessa pesquisa, um mendigo sem dívidas é mais rico do que 2 bilhões de pessoas somadas. Isso porque a riqueza é calculada subtraindo-se as dívidas do patrimônio. Como 2 bilhões de pessoas têm dívida, sua riqueza é negativa. Não é estudo. É lixo.


Seguindo essa lógica, todos nós já fomos mais ricos do que o Eike Batista quando quebrou. Tomando cotovelada nos ônibus lotados, estávamos mais ricos do que o Eike comendo lagosta numa lancha.

Na sua compulsão invencível por passar vergonha, Boulos escreveu que o "Podemos", partido de esquerda, surgiu da energia do povo espanhol que "tomou as ruas e praças contra as políticas liberais de austeridade (...)".

Desculpo-me por acabar com seu mundo de unicórnios voadores, mas a energia que criou o Podemos é a mesma que o sustenta, caro Boulos: o dinheiro. Desde 2002, a Venezuela pagou mais de 3 milhões de euros para uma fundação que tinha entre seus gestores diversos líderes do partido. Você certamente sabe como isso funciona porque, afinal, comanda o MTST, também ele cheio de "energia".

Outro trecho de sua coluna me chamou a atenção. Escreveu ele, tentando atacar o Movimento Brasil Livre: "Defender os mecanismos sociais que produzem desigualdades, a ideologia meritocrática e a repressão a quem luta é o que há de mais velho".

Durante mais de um mês, coordenadores e apoiadores do MBL acamparam em frente ao Congresso Nacional para pressioná-lo a levar à frente a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff, que pode resultar no seu impeachment.

No dia 27 de outubro, uma terça-feira, quando protestávamos nas galerias da Câmara, o deputado Sibá Machado (AC), líder do PT, nos chamou de "vagabundos", disse que iria "para o pau" com a gente. Na quarta, militantes do MTST, que Boulos comanda com mão de ferro e cabeça de jerico, nos atacaram a pauladas, pedradas, socos e chutes. Vários de nós ficaram feridos. Apesar disso, não reagimos, demos as mãos e ficamos de costas para os criminosos.

De fato, "a repressão a quem luta é o que há de mais velho" na história.

Especialmente, Boulos, quando os bárbaros que atacam estão falando em nome das ideias que eram vanguarda no fim do século 19.

Boulos finaliza citando uma tal "classe média sem projeto nem visão de país".

Acho que se referia a si mesmo. Já vi o MTST espancando pessoas inocentes, invadindo prédios e queimando pneus. Lembro-me de um debate do grupo, que eu mesmo presenciei, que é um emblema do "projeto de Boulos": a grande questão era que deputado iria pagar a marmita dos militantes a soldo.

Não vou convidar Boulos a deixar de ser autoritário e rançoso porque, aos 19 anos, já aprendi o que ele ignora aos 34: as coisas têm a sua natureza. E é da natureza de uma milícia como o MTST e de seu miliciano-chefe linchar fatos e pessoas.
Como eu não quero calar Boulos, não sou obrigado a engoli-lo. Como ele certamente gostaria de me calar, vai ter de me engolir.

PS - Boulos, se você não entendeu aquele negócio do 1% e da dívida, peça o meu telefone aí na Folha e me ligue. Explico. Nunca é cedo para ensinar alguma coisa nem tarde para aprender.

PS2 - A ombudsman da Folha, Vera Guimarães, escreveu no domingo uma ótima coluna sobre as reações à contratação deste colunista, inclusive a de Boulos.
Concordo com quase tudo. Ela me censura por eu não ter me redimido de uma piada postada há dois anos, que teria caráter machista. Repito o que disse em entrevista à TV Folha, Vera: "Piada não é uma forma de pensamento, não é uma ideologia". Salvo engano, não conheço nenhuma piada cem por cento justa. Aliás, deixemos as injustiças para o mundo do humor. Sejamos nós os justos.

Vidas negras - JOÃO PEREIRA COUTINHO

Folha de SP - 26/01

Há falta de negros em Hollywood? Parece que sim. A Academia indicou 20 nomes para o Oscar de melhor ator, melhor atriz e melhores atores coadjuvantes. E, entre os eleitos, não há um único negro.

Quando li o nome dos indicados, confesso que não pensei no assunto. Quando começaram a surgir as primeiras críticas, limitei-me a fazer a mesma pergunta que a atriz Charlotte Rampling (indicada ao Oscar por um papel notável no bergmaniano "45 Anos") partilhou com uma rádio francesa: e se os desempenhos dos atores negros não atingiram em 2015 certos patamares de excelência?

Heresia. Se não existem negros na corrida, isso demonstra o intrínseco racismo de Hollywood, que persiste em desprezar as minorias. A solução passa pelo boicote à cerimônia.

Respeito a indignação dos simples. Mas, depois da indignação, talvez não fosse inútil olhar para alguns fatos. A revista "The Economist" fez o trabalho duro e chegou a uma conclusão severa: o número de atores negros indicados ao Oscar durante o presente século está em sintonia com o número de negros que compõem a sociedade americana.

Se os negros, demograficamente falando, constituem 12,6% dos habitantes do país, a verdade é que tiveram 10% das indicações ao Oscar de interpretação nos últimos 15 anos.

Se existem minorias sub-representadas na conta final, são os hispânicos, e não os negros, os verdadeiros perdedores: representam 16% da população geral —e apenas contam para 3% das indicações ao Oscar em igual período.

Claro que, para a "Economist", a existência de discriminação não estará na Academia propriamente dita, embora a composição dos membros (6.000, dos quais 94% são brancos) deveria ter acompanhado a evolução demográfica da nação.

A discriminação, a existir, está nas escolas de formação dramática e nas agências de casting. Mais números: o Screen Actors Guild (ou, para facilitarmos o latim, o sindicato de atores) é majoritariamente composto de brancos (70%), o que reflete bem a cor da pele dos profissionais que saem das escolas dramáticas.

Além disso, e em matéria de "top roles" (papéis principais), só 15% das minorias (hispânicos, negros, asiáticos etc.) estrelaram os filmes desde o início do século.

Agradeço os números. Mas, em relação a eles, confesso dúvidas. Será assim tão bizarro que 70% do sindicato de atores seja composto de brancos —quando, escusado será dizer, os Estados Unidos são uma nação majoritariamente branca (acima dos 63%)?

Em relação aos "top roles", é um fato que as minorias só conseguiram 15% dos papéis principais, o que se traduziu em 15% das indicações ao Oscar e 17% das vitórias.

Mas, ao mesmo tempo, os atores negros estão sobrerrepresentados nessa cota:

eles ocupam 9% dos "top roles", com 10% das indicações ao Oscar e 15% das vitórias. Se alguém merece protestar na noite do Oscar, não são os negros. São os hispânicos, os asiáticos e, convém não esquecer, os povos nativos.

Seja como for, os delírios do pensamento politicamente correto sempre foram imunes à realidade. E a Academia já prometeu repensar as indicações ao Oscar de interpretação. Exemplo: será razoável indicar cinco atores quando é possível estender o manto para dez?

Boa pergunta. Imperiosa resposta: por que motivo ficamos nos dez e não avançamos imediatamente para 50? Ou cem? Ou até 500?

Aliás, para evitar qualquer discriminação, a Academia deveria indicar todos os atores que trabalharam no ano anterior, o que permitiria não esquecer ninguém e incluir todo o mundo.

Naturalmente que um esquema radicalmente igualitário como esse poderia inaugurar novas polêmicas: como falar de igualdade quando 70% dos atores continuariam sendo brancos?

Talvez a única solução seja estabelecer limites para o número de atores brancos que podem atuar em filmes.

Os restantes, se quisessem continuar em jogo, poderiam sempre pintar o rosto com graxa e imitar, no fundo, uma prática corrente da Hollywood primitiva: o "black face".

O que não deixaria de ser irônico: nas primeiras décadas do século passado, o "black face" era a suprema forma de exclusão e racismo.

Em 2016, pode ser a solução perfeita para o equilíbrio dermatológico perfeito.

Reação previsível - MERVAL PEREIRA

O GLOBO - 26/01

A carta de advogados com críticas à Operação Lava-Jato e ao juiz Sérgio Moro - já identificada como estratégica saída da defesa de Marcelo Odebrecht, e uma possível "campanha de comunicação" para tentar influenciar a opinião pública contra os procuradores e melhorar a imagem dos envolvidos nos escândalos da Petrobras - são reações já esperadas à medida que as investigações avançam e chegam mais perto do momento da denúncia contra grandes empresários e políticos.

Na contabilidade do chefe da equipe de procuradores da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, estão envolvidas "mais de 60 bancas de advogados que dominam o discurso jurídico, da melhor qualidade técnica, pessoas altamente influentes politicamente, poderosas economicamente, e é natural que em algum momento esse discurso ganhe volume" Eles têm em mente o que aconteceu na Itália durante a Operação Mãos Limpas, que teve um apoio popular grande durante os primeiros momentos e acabou sendo envolvida por diversas denúncias que, mesmo não tendo sido comprovadas, corroeram a confiança popular.

A reação do sistema político teve seu auge com a eleição de Silvio Berlusconi como primeiro-ministro em 1994. Os juízes Di Pietro - que mais tarde entraria na política - e Davigo foram convidados para serem seus ministros, mas recusaram diante da evidência de que o que Berlusconi queria mesmo era desmobilizar a Operação Mãos Limpas.

Tomou corpo, então, uma campanha de difamação contra as principais figuras da Mãos Limpas, em especial o juiz Di Pietro, e acusações de abuso de poder nas investigações. Não é novidade, portanto, a campanha que vem sendo desenvolvida pelos advogados de defesa contra os procuradores e a Polícia Federal, da mesma maneira que o Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu críticas devido a decisões tomadas durante o julgamento do mensalão.

O conselho de ministros do novo governo italiano aprovou um decreto-lei impedindo prisão cautelar para a maioria dos crimes de corrupção, a partir do que grande parte dos presos foi solta. O decreto, que ficou conhecido como "salva ladrões" causou tanta indignação popular que acabou sendo revogado poucos meses depois de editado, mas provocou retrocesso nas investigações.

Por isso o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos membros da Lava-Jato, já fez críticas ao STF quando decidiu pelo desmembramento de alguns processos, alertando que a decisão poderia significar "o fim da Lava-Jato" e deu entrevistas identificando "dedo do governo" na edição de medidas que beneficiam investigados da operação, como as mudanças nas regras de leniência e a repatriação de recursos ilegais no exterior.

Assim como o juiz Di Pietro abandonou a Operação Mãos Limpas, fragilizando-a politicamente, há boatos de que o procurador Carlos Fernando ameaça deixar a Lava-Jato "por cansaço" Seja verdade ou simples "guerra na internet" como classificam os procuradores, sua exasperação é visível nas entrevistas, e a maneira desabrida com que trata as questões tem provocado mal-estar entre alguns companheiros de investigação, que não querem dar pretexto para os que objetivam boicotar a Operação Lava-Jato.

A Mãos limpas durou dez anos, mas foi nos três primeiros que teve ação mais efetiva, condenando, inclusive, políticos importantes como Bettino Craxi, do Partido Socialista Italiano, que acabou se asilando na Tunísia, onde morreu, para não ir para a cadeia.

Em vez de terem aprovado reformas que evitariam a corrupção, na Itália acabou se assistindo a uma reação do sistema, dos próprios investigados, pessoas poderosas e influentes, e foram aprovadas leis para garantir a impunidade. Por isso os procuradores da Operação Lava-Jato propuseram as "10 medidas contra a corrupção" que pretendem apresentar como projeto de iniciativa popular ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano.

Já tem nos primeiros dias de janeiro 1,2 milhão de assinaturas, e para tanto precisa de 1,5 milhão.

A desastrosa política econômica de Dilma - ANDRÉ ROCHA

VALOR ECONÔMICO - 26/01

Pode se dizer que, em seu primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff errou praticamente tudo o que tentou em termos de política econômica. Sua reeleição lhe deu a oportunidade de consertar os desacertos. Contudo, uma visão econômica intervencionista e dificuldades na composição de sua base econômica a impedem de implementar uma agenda econômica positiva.

Muito se comenta sobre os montantes desviados da Operação Lava-Jato, mas os erros de condução da economia acarretaram perdas muito maiores à sociedade brasileira. Como Delfim Netto nos lembra semanalmente, a economia é movida pelo espírito animal do empreendedor. Mas a presidente dificilmente conseguirá restabelecer a confiança, embora ainda faltem três anos para o fim do mandato.

Dilma já pode ser considerada uma das piores, se não a pior, presidente da história. E olha que os competidores são fracos como, por exemplo, Deodoro da Fonseca e sua política do encilhamento, Collor e os desmandos de sua administração e Sarney e a hiperinflação do seu governo. Resta saída?

O mercado de capitais, assunto preferencial dessa coluna, encontra-se paralisado, especialmente em emissão de ações e dívida. A única atividade que ainda gera negócios é a de fusões e aquisições. Com a desvalorização cambial, nossas empresas ficaram baratas em dólares para o investidor estrangeiro. Fina ironia para um governo de esquerda que entrega de bandeja nossas depreciadas empresas ao capital externo.

Mas não são apenas as empresas privadas que são vítimas do governo. A Petrobras também sofre com a administração do PT. O leigo pode considerar que isso tenha ocorrido principalmente em decorrência dos desvios tornados públicos pela Operação Lava-Jato. Ledo engano. A política de preços no primeiro mandato gerou um rombo de caixa de R$ 60 bilhões em decorrência do preço de importação dos derivados de petróleo ser superior ao preço interno mantido subsidiado pelo conselho de administração da empresa liderado por membros indicados pelo governo.

Essa perda derivada da política equivocada de preços representa dez vezes o valor contabilizado como propina. Como disse um amigo: "o ´rombo´ de caixa oi bem maior do que o ´roubo´ de caixa". Contudo, esse não foi apenas o único erro no setor de petróleo. A alteração da regulamentação das áreas do pré sal com a mudança do sistema de concessões para o regime de partilha travou a realização de novos leilões. A vulnerabilidade financeira da Petrobras não permite que a companhia atenda à obrigatoriedade e participação societária mínima e à exigência de que seja a única operadora nos novos blocos. Assim, a queda do preço do petróleo, a nova regulação e a Operação Lava-Jato fizeram os investimentos no segmento reduzirem-se.

Além disso, a obrigatoriedade da contratação de produtos com conteúdo nacional também elevou o custo dos investimentos.

Mas os erros não se restringiram à microeconomia. O arrefecimento da economia alimentou a ânsia intervencionista do governo que promoveu desonerações tributárias que tiveram efeito nefasto sobre a formação dos superávits primários. O único efeito prático foi a elevação da dívida bruta do país. Mas o eleitor brasileiro é compreensivo e lhe concedeu mais um mandato para desfazer esse equívoco, o que ocorreu em 2015.

Outra intervenção na economia foi o incremento do crédito por intermédio dos bancos públicos: BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], Banco do Brasil e Caixa Econômica.

No caso do BNDES, o lastro foi concedido pelo Tesouro Nacional, o que também fez elevar a dívida bruta.

As chamadas pedaladas fiscais do primeiro mandato, questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), reduziram a transparência da contabilidade pública e a confiança dos agentes econômicos no governo. Será que os responsáveis esperavam que o mercado acreditasse nesse superávit primário maquiado? Mas o tolerante eleitorado concedeu à presidente mais um mandato para consertar mais um erro. O Tesouro começou a desconstruir as pedaladas ao longo de 2015.

O setor de energia elétrica, no qual em teoria Dilma Rousseff mais teria conhecimento, também foi vítima durante a renovação das concessões das geradoras. A Eletrobrás, controlada pela União, aceitou as novas regras que objetivava a redução da tarifas, o que deveria ser preocupação do governo e não da estatal. Quem pagou a conta? Os minoritários da empresa que nem dividendos recebem mais devido aos seguidos prejuízos e à extinção das reservas.

No momento, sem qualquer convicção, o governo busca a qualquer custo retomar a credibilidade. A presidente fala em reformar a Previdência, mas, por outro lado, tenta reativar a economia com ma pratica que já fracassou: utilizar os bancos públicos para alavancar o crédito. Nenhuma novidade para um governo errático na política econômica. Dilma já garantiu o título de uma das piores presidentes da história. Para ter um governo considerado medíocre, ela teria que melhorar muito, mas já demonstrou falta de competência para tanto. Renunciar seria uma das poucas possibilidades de melhorar sua imagem. Mas será que terá discernimento suficiente para tomar essa decisão?

André Rocha é analista certificado pela Apimec e atua há 20 anos como especialista na avaliação de companhias listadas na bolsa.