quarta-feira, fevereiro 11, 2009

PARA...

 Show da língua portuguesa!!!
  
 Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e
 caneta.
 Escreveu assim:'Deixo meus bens a minha irmã não a
 meu sobrinho jamais
 será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. Morreu
 antes de fazer
 a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro
 concorrentes.
  
 1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:Deixo meus bens
 à minha irmã?
 Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
 padeiro. Nada dou aos
 pobres.
  
 2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o
 escrito:Deixo meus bens à
 minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta
 do padeiro.
 Nada dou aos pobres.
  
 3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra
 sardinha
 dele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu
 sobrinho? Jamais! Será
 paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
  
 4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles,
 sabido, fez esta
 interpretação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu
 sobrinho?
 Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos
 pobres.
  
 Moral... tudo é uma questão de interpretação.

Enviada por APOLO

AUGUSTO NUNES

O Brasil tem cara de castelo na roça

Coisas da Política
Jornal do Brasil - 11/02/2009
 

ENQUANTO MENTIU, O PECADOR Edmar Moreira desfrutou do sossego que contempla os predestinados à impunidade. Fora dois escorregões, esse mineiro de Juiz de Fora, filho de um carteiro e uma professora, saiu ganhando de todas as enrascadas que começou a colecionar em 1968. Despachado para a reserva da PM por "abuso de autoridade", o capitão com fama de truculento ganhou o direito ao ócio sem dignidade. Com tempo de sobra, aproveitou a experiência que ganhara no quartel para montar em São Paulo a primeira de muitas empresas especializadas em serviços de segurança, fraudes fiscais e fuzilamentos de leis trabalhistas.

As empresas sempre tiveram má saúde financeira. Moreira já ficara rico quando o amigo e conterrâneo Itamar Franco o convidou, em 1989, a filiar-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN), incorporar-se à seita liderada por Fernando Collor e candidatar-se a deputado federal por Minas Gerais. Além do mandato de quatro anos, ganhou privilégios especialmente bem-vindos ­ tornou-se, por exemplo, réu exclusivo do misericordioso Supremo Tribunal Federal. O que ganhou em 40 anos de mentiras pode ir para o ralo por causa de quatro minutos de sinceridade. Grávido de orgulho pela conquista da 2ª vice-presidência da Câmara cargo que brinda o ocupante com as atribuições de corregedor  derretido de gratidão aos colegas que trocaram o candidato oficial do DEM pelo amigo avulso, Moreira achou que aquilo merecia uma subida à tribuna que raramente frequenta.

Desde o verão de 2007, escalou o púlpito quatro vezes, a última delas para queixar-se da qualidade do atendimento médico aos pais da pátria. Comovido, Moreira deixou o coração falar. Descobriu antes do ponto final que a ideia fora tão infeliz quanto a que resultou no plantio de um castelo medieval na roça de São João Nepomuceno. A ousadia lhe ocorrera ao ouvir do candidato à Presidência Fernando Collor que, tão logo se alojasse no Planalto, liberaria a jogatina no Brasil. Em vez da fortuna sonhada, ganhou um mico de R$ 25 milhões. A soma dos dois fiascos sugere que, quando assaltado por bons sentimentos, Moreira faz maus negócios.

Se não tivesse sucumbido momentaneamente à boa-fé, teria ignorado o falatório de Collor e exorcizado o perigo de encarnar, no século seguinte, a versão mineira de conde francês arruinado. Se tivesse resistido à tentação da sinceridade, não teria perdido o cargo de corregedor e o sono, confiscado pelo risco de perder o mandato e, se houver juízes em Brasília, o direito de ir e vir. Enunciada por Lula, que parece ter sido enquadrado na categoria dos inimputáveis, a proposta de Moreira talvez fosse aprovada por aclamação.

Já que a Câmara absolve todos os parlamentares, à exceção dos bois de piranha reivindicados episodicamente pela desfavorável conjunção dos astros, por que não encurtar o espetáculo da hipocrisia transferindo para o Judiciário a decisão sobre atentados ao decoro teoricamente punidos com a cassação? Mas um diácono do baixo clero não pode dizer em voz alta o que disse. E disse com o desembaraço de quem se considera liminarmente absolvido pelos pecadores companheiros. Foi um pronunciamento histórico, deixaram claro a reação da plateia e os desdobramentos do episódio. Daqui a muitos anos, colegiais em visita às ruínas do colosso erguido nos fundões de Minas serão informados pelo guia da excursão que, em fevereiro de 2009, o Brasil mostrou a sua cara. Lembrava um castelo no mato, habitado por um monarca de muita sabença e pouca visão, incapaz de enxergar a olho nu uma nobreza fora-da-lei.

O caso de Moreira provou que os partidos abrigam qualquer meliante, com a cumplicidade passiva dos demais deputados e a cumplicidade ativa do Judiciário, que não condena ninguém. Que qualquer abjeção promovida a representante do povo por cretinos fundamentais com direito ao voto pode acabar na Mesa da Câmara. Que eleitores e eleitos não veem diferença entre currículo e prontuário. Que cabem numa van os que sabem o que é um corregedor (incluídos os jornalistas). Que a paisagem política do Brasil parece mais medieval e mais inverossímil que o castelo nascido na roça. .

INVOLUÇÃO



INFORME JB

Procuram-se dois notebooks


Jornal do Brasil - 11/02/2009
 

Em um megaevento em que tapinhas nas costas causam desconfiança, sorrisos entre adversários são forçados e a maioria dos convidados redobra a atenção com a carteira, não seria surpresa a notícia. Mas aconteceu. Furtaram ontem dois notebooks no encontrão dos prefeitos em Brasília. Um deles, um modelo Vaio, da Sony, avaliado em R$ 8 mil. Detalhe: dentro do salão Buriti, onde havia apenas prefeitos e secretários municipais, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O outro, segundo a segurança, perto do estande da Caixa. A vítima do notebook Vaio perdeu todas as informações de trabalho e vai dar queixa na delegacia. A segurança acionada ontem não obteve sucesso. Das duas, uma: ou evitou briga com os engravatados, ou achou que o camburão ficaria pequeno.

La famiglia

O encontro que se encerra hoje é de prefeitos, certo? Errado. Mulheres, filhos, secretários municipais e vereadores lotaram o auditório. Resultado: esperava-se 5 mil, e chegaram 15 mil pessoas.

Consultor

Márcio Fortes instalou gabinete no centro de convenções para dar consultoria a prefeitos. A fila já estava grande, e cresceu quando ele mandou pintar um cartaz na entrada: "O ministro das Cidades está despachando na sala 6".

Dona Edmea

Quem está no encontro em Brasília, segundo a secretária, é a pediatra "dona Edmea Moreira". Irmã do deputado enrolado Edmar Moreira (DEM), prefeita de São João Nepomuceno (MG).

Castelo... de areia

Mas a cidade mineira, onde o castelo do deputado virou atração, não vê a prefeita há semanas. Ela estava de férias, na praia, e viajou direto para Brasília.

Limpa

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, começa hoje reforma em todo o 13º andar da sede da prefeitura, na Cidade Nova, onde fica o gabinete. O novo layout vai dar espaço maior para a Casa Civil.

Bênção

Padre Jorjão deve ser chamado para benzer a sala de Paes.

Amém

Os dissidentes da bancada tucana que foram ontem chorar no colo de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, saíram enquadrados da reunião. O papo foi duro, conta um deles, e a volta a Brasília arejou os ares da turma: "O inimigo comum é o PT".

Procurador

Registre-se a tempo. O PMDB bateu o martelo e o procurador da Câmara será o deputado Sérgio Barradas (PT-BA) e não mais Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Candidato

Serraglio, que abriu mão da candidatura à presidência da Câmara em prol do partido, terá de se contentar em ser o indicado oficial do partido à vaga no TCU – o que não é pouca coisa.

S.O.S Senado

A direção do Senado espalhou pelos corredores – inclusive um deles no gabinete do presidente José Sarney (foto) – um kit desfibrilador fixo na parede para emergências. Uma boa iniciativa para uma Casa onde a faixa etária fica acima de 60 anos.

Perdido

Não se sabe onde anda a cabeça de Renan Calheiros. O carro oficial 18 do Senado parou na chapelaria ontem às 16h35, em frente à porta aberta do Congresso, e dele desceu sorridente o líder do PMDB. Mas sem rumo. Caminhou 10 metros, até se dar conta de que a porta ficara para trás.

Bronca

O senador José Neri (PSOL- PA) levou uma bronca da bancada – e bota bronca nisso – por ter pegado carona no jatinho de Simão Jatene, de Belém para Brasília. Mas chegou a tempo de votar em Tião Viana.

Mensagem...

O presidente do Senado, José Sarney, enviou carta à direção da revista The Economist, que semana passada publicou sobre seu retorno ao poder usando termos como "semifeudalismo" e "onde os dinossauros ainda andam".

... e troco

Na carta, Sarney classificou a reportagem de "preconceituosa" e discorreu sobre política. Lembrou que como ele, um decano, a Grã-Bretanha está cheia de exemplos na sua História. E recordou Winston Churchill.

É nossa

O PSDB coloca na conta de FH, e não do PAC de Lula, as obras da Usina de São Salvador, inaugurada no Tocantins semana passada.

CLÓVIS ROSSI

Homens-bomba de batina


Folha de S. Paulo - 11/02/2009
 

O pai de Eluana Englaro, a moça italiana que morreu anteontem, quando os médicos deixaram de alimentá-la após 17 anos de vida meramente vegetativa, deu uma esclarecedora entrevista ao jornal espanhol "El País", publicada no domingo passado.
Explicava Beppino Englaro, com uma nitidez que os melhores filósofos e teólogos terão dificuldade em acompanhar: "As pessoas vivas são capazes de entender e decidir por elas próprias".
Por essa definição, que parece incontestável, Eluana não era um ser vivo e, portanto, atá-la a uma máquina, como pretendiam o Vaticano e, por pressão dele, o governo italiano, é que seria desumano.
Aplica-se idêntico raciocínio a qualquer pessoa na mesma situação, ressalvada a importante diferença traçada ontem por João Pereira Coutinho, nesta Folha, entre matar e deixar morrer.
Posto de outra forma: o Vaticano comportou-se nesse caso com o mesmo desrespeito à vida dos homens-bomba.
E, pior, não é um caso isolado. O Vaticano também havia revertido a excomunhão do bispo britânico Richard Williamson, mesmo depois de ele ter negado o Holocausto. Williamson, contra toda evidência histórica, contra todos os arquivos disponíveis, diz que os judeus mortos pelo nazismo não foram 6 milhões, mas de 200 mil a 300 mil, e que não houve mortos em câmaras de gás. Só para efeito de raciocínio, aceitemos por um segundo esse disparate. Ainda assim, qualquer pessoa que respeite a vida ficaria indignada à morte com o assassinato de 200 mil ou 300 mil pessoas, em câmaras de gás ou onde seja.
Medir o Holocausto por quilo, como parece fazer o bispo, é crime hediondo. De novo, é o mesmo desrespeito à vida dos homens-bomba, o que só prova que fundamentalismo não é exclusividade islâmica.

DORA KRAMER

Governantes em palanque


O Estado de S. Paulo - 11/02/2009
 

 

Os três principais pretendentes à sucessão do presidente Luiz Inácio da Silva são ocupantes de importantes cargos públicos e, nessa condição, a ministra da Casa Civil e os governadores de São Paulo e Minas Gerais dispõem de uma vantagem que em tese aniquilaria com as pretensões de quaisquer novos aspirantes a entrar na disputa de 2010: a máquina administrativa, seu uso, a visibilidade que proporciona e os apoios que atrai.

Ela não é tudo, nem sempre as pessoas votam conforme os ditames do mundo oficial, mas, no caso do próximo pleito presidencial, poderá ser um fator preponderante como em nenhum outro desde a volta das eleições diretas.

A administração federal está a serviço de Dilma Rousseff, enquanto os governos dos dois maiores colégios eleitorais do País são cidadelas dos postulantes do PSDB, José Serra e Aécio Neves.

Em 1989, todos os candidatos eram de oposição; de 1994 a 2002 Lula fez sempre o contraponto com o candidato oficial no comando do principal partido de oposição; em 2006 seu oponente era governador de São Paulo. 

Uma diferença crucial em relação ao cenário de hoje, porém: Geraldo Alckmin virou candidato às vésperas do início propriamente dito da campanha e do prazo para a desincompatibilização do cargo, enquanto Dilma, Serra e Aécio embora não sejam candidatos de direito são pretendentes de fato desde já.

Com isso, têm tempo de sobra para se valer da condição de híbridos, aproveitando os bônus dos cargos sem enfrentar os ônus que a lei impõe aos candidatos no período oficial de campanha.

Não caberia a nenhum deles, óbvio, abrir mão de suas funções atuais em nome de projetos futuros ainda incertos. Ocorre, entretanto, que a realidade tal como está posta provoca distorções das mais variadas naturezas.

A principal delas, a agressão ao princípio da igualdade de condições assegurado pela Constituição. No quesito, a infração maior parte do governo federal, cujo presidente dá a sua administração o caráter de campanha eleitoral permanente.

Com tal falta de cerimônia que lança abertamente uma candidata três anos antes da eleição usando de todos os instrumentos de poder para torná-la conhecida. A prova está nas pesquisas de opinião.

Dilma Rousseff sozinha, a bordo de seus atributos de líder política, não teria como ter subido de 2% para 13% nas pesquisas no período de um ano. Conseguiu por meio do cargo, dos eventos proporcionados por ele, todos pagos com o dinheiro de cidadãos com preferências eleitorais múltiplas.

Os exemplos acontecem todos os dias. Um dos mais exuberantes aconteceu ontem mesmo, no encontro de prefeitos convidados a Brasília para ouvir o presidente e aplaudir o projeto de candidata. 

Considerando que nada se decide em reunião de 3 mil pessoas e que decisões de governo são atos públicos por definição, publicados em Diário Oficial, a realização de um espetáculo em torno tem outros objetivos. No caso, eleitoral.

Tudo certo com eventos políticos eleitorais, desde que sejam feitos na época certa, sob a forma da lei, sem o disfarce da reunião de trabalho nem o uso da máquina em favor de um grupo partidário. Do contrário, é abuso de poder.

E onde entram os governadores do PSDB na história? Justamente naquele pedaço em que a oposição abre mão de sua prerrogativa de fiscalizar as ações do governo, recorrer à Justiça se houver agressão à lei e impedir que se pratique o financiamento público de campanha na marra, porque também tem máquinas poderosas nas mãos e delas podem se valer na operação do mesmo embuste: a campanha eleitoral que não ousa dizer seu verdadeiro nome. 

Escolha

Uma hora o Congresso terá de fazer uma opção: ou representa a voz de fora ou continua a se afundar em defesa das conveniências de dentro. 

O Poder Legislativo caminha inexoravelmente para este dilema por ele mesmo contratado ainda no processo de redemocratização, quando recuperou o poder perdido na ditadura, não soube o que fazer com ele e passou a fazer o pior uso dele. 

Parceria

O partido que se dispuser a aceitar a filiação de Edmar Moreira será fiador da folha corrida e da concepção do deputado de que os vícios do Parlamento são parte natural, e aceitável, do jogo.

Como todos sabem disso, num primeiro momento é possível que nenhum deles abra as portas. Mas só até a poeira baixar, depois voltam à habitual frouxidão de critérios para a filiação de pessoas com dinheiro ou influência suficientes para conseguir um mandato. 

Ônus da prova

O DEM abriu prazo até amanhã o deputado Edmar Moreira apresentar sua defesa no processo de expulsão aberto pelo partido.

Caso típico em que o direito de defesa seria do eleitor.

GOSTOSA


ESSA É PARA ADOTAR

Clique na foto para ampliar e vejam os olhos (só os olhos), da tutuquinha.

ARI CUNHA

Esportes na caldeira


Correio Braziliense - 11/02/2009
 

Levantamento feito pela televisão dá bem a mostra do que acontece nos esportes brasileiros. Atletas e profissionais dissecaram o COB em todos os músculos e veias. Fatos criminosos foram mostrados pela TV na rasura da visão de quem entende. 

Carlos Nuzmann, presidente há anos, pronunciou frase lapidar: “A meritocracia prevaleceu”. Duas palavras serviram para mostrar a prepotência de quem se aproveita para dominar e permanecer para sempre. O autoelogio caiu mal. E vieram condenações de órgãos esportivos e atletas. 

Contas do Pan do Brasil foram rejeitadas. É dinheiro e roubalheiras que amedrontam. Números foram citados encobertos pela vergonha. 

A China sustentou 2 mil crianças desde os cinco anos de idade numa vida ferrenha de disciplina e ensinamento. Poucas participaram dos jogos. As demais ajudaram como voluntárias na festa que acendeu o mundo com a mostra de arte, tecnologia e força. Trataremos no blog do Ari Cunha sobre como agiu a família de Cesão Cielo, o mais rápido nadador do mundo. Lutas, tristeza, decepções e espírito desportivo fizeram dele uma bandeira para o mundo jovem. O atleta nasceu em Santa Bárbara d’Oeste e mora nos Estados Unidos.


A frase que foi pronunciada

“O Brasil é um país corrupto.” 
Senador Álvaro Dias, do Paraná, citando fatos do nosso país que arremata com verdade chocante e atual.


Rebate 
Senador Heráclito Fortes, do Piauí, não gostou nada do que havia feito o senador Suplicy. Disse o que bem entendeu sobre o representante de São Paulo. Suplicy tentou se explicar. Recebeu repulsa total. Papaleo Paes, na presidência da sessão, deu apoio às palavras de Heráclito Fortes. Recriminou o senador paulista. Outros senadores manifestaram apoio ao piauiense. 

Flipiri 
Começará amanhã a 1ª Flipiri e vai até domingo. Vida intelectual, conhecer as estórias, cantigas, reminiscências de Pirenópolis atenderão à curiosidade de outros povos. Ignácio de Loyola Brandão, escritor nacional, Prêmio Jabuti 2008, abrirá a festa. Dad Squarisi, Clara Rosa e Alessandra Roscoe comparecerão com seus últimos trabalhos. 

Ilegais 
Quarenta mil estrangeiros ilegais vivem no Brasil. Estão para receber documentos de legalidade. Vamos aceitar a maioria informal. Muitos vivem do crime e são indesejáveis. Na Europa, a caça aos clandestinos é ferrenha para defender o trabalho dos nativos ante a concorrência ilegal. 

Convite 
Do lado de lá, em Lisboa, policiais entraram em um bar para identificar imigrantes ilegais brasileiros. Dezesseis foram convidados a voltar voluntariamente ao país. As autoridades portuguesas receberam a comunicação da Polícia Federal do Brasil de que possivelmente um criminoso do PCC estaria foragido naquele país. 

Esquerdização 
Países da América do Sul procuram trilhar o vesgo caminho da esquerda comunista. Aviltam países fortes e democratas. Encontram falhas que vão para a lupa política. A novidade é provocação ao presidente Obama, dos Estados Unidos. Na Berlim ex-comunista, ruiu o último símbolo do domínio. Foi ao chão a famosa torre de onde a segurança soviética fiscalizava o povo. 

Hugo Chávez 
Venezuela se torna vulcão político. Hugo Chávez poderá ter reeleição garantida enquanto seu apetite de mando perdurar. Será difícil conter o ditador com sonhos de propriedade sobre os pobres do país. 

Forte 
Othon Leonardos, do Desenvolvimento Sustentável da UnB, foi enfático ao analisar o descontrole e incompetência no trabalho de fiscalização do governo a agricultores da região amazônica. “É uma hipocrisia. Os criminosos desmatam e depois o governo passa a mão na cabeça. Daqui a pouco vem nova pressão deles e diminuem os 50%”, diz o professor.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Aquela casa que explodiu na Fundação continua da mesma forma, dando um atestado do pouco caso que a Fundação da Casa Popular teve com o assunto. Qualquer hora um invasor chega lá, põe telhado, levanta parede, muda-se e vai ser um trabalhão para o despejo. 
(Publicado em 21/1/1961)

PARA....HIHIHIHI


NO CÉU

Morreram o Bush, o Bin Laden e o Lula.
Bush perguntou a Deus:
- O que será dos Estado Unidos daqui há cem anos?
E Deus respondeu:
- Os Estado Unidos serão o maior país Islâmico do mundo!
E Bush, chorou, chorou muito.
Bin Laden perguntou:
- E o Oriente Médio, Senhor, o que será dele daqui há cem anos?
E Deus respondeu:
- O Oriente Médio será o maior conglomerado mundial capitalista.
E Bin Laden chorou, chorou muito…
Então foi a vez de Lula perguntar:
- E o Brasil chefia, como será o Brasil, daqui há cem anos?
E Deus chorou, chorou muito…

PAINEL

Elenco de apoio


Folha de S. Paulo - 11/02/2009
 

Precedido pela estocada de Lula na taxa de analfabetismo do "Estado mais rico do Brasil", governado pelo adversário José Serra (PSDB), o discurso que a presidenciável Dilma Rousseff fará hoje no encontro de prefeitos em Brasília será embalado por depoimentos elogiosos ao PAC e à "mãe do PAC". Estão escalados para desempenhar esse papel no evento os aliados João Coser (PT), de Vitória (ES), e Sílvio Barros (PP), de Maringá (PR).
No cálculo mais otimista do governo, a ministra da Casa Civil receberá, além de aplausos efusivos, um coro de "Brasil urgente, Dilma presidente", puxado pela grande quantidade de prefeitos petistas.

Assopra
Afiado contra Serra em público, Lula estava cheio de amor para dar em encontro pela manhã com o tucano Beto Richa, prefeito de Curitiba. Disse que telefonará a FHC para falar do projeto do governo que regulamenta a transição em Estados e municípios. E rasgou elogios ao comportamento do antecessor na transição de 2002. 

Natural
Lula perguntou se Richa vai mesmo disputar o governo do Paraná. O tucano respondeu que é cedo para decidir. O presidente disse achar "quase inevitável" que prefeitos de capital, se bem-avaliados, concorram ao governo de seus Estados. "Até o de São Paulo", afirmou Lula sobre Gilberto Kassab (DEM). 

Sem parar
Depois de ser exibida aos prefeitos, Dilma já tem novo palanque marcado: fará palestra sobre "PAC e geração de empregos" para os filiados da Força Sindical na próxima quarta em São Paulo. 

Travesseiro
Além dos cochilos de Dilma, a abertura do encontro com os prefeitos foi pontuada por incontáveis bocejos do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. 

Crooner
Foi o próprio Lula quem pediu aos presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney, que abrissem mão de falar no evento, devido ao calor e ao atraso da programação. Também a seu pedido, o anfitrião José Roberto Arruda (DF) fez apenas uma breve saudação.

Temperatura
Antes de proibir que deputados recebam seus salários em dinheiro vivo, Temer consultou informalmente integrantes da Mesa Diretora durante o dia de ontem. Queria saber se havia resistência à medida na Casa. Atualmente, cinco deputados sacam seus R$ 16,5 mil mensais na boca do caixa. 

Castelo...
Na Câmara, é dado como certo que o caso Edmar Moreira (DEM-MG) foi sepultado com sua degola da corregedoria. "A menos que surjam as notas fiscais da verba indenizatória, sabemos bem como funcionam as coisas no Conselho de Ética", diz Chico Alencar (PSOL-RJ). 

...de areia
Temer articula com líderes partidários na Câmara a publicação das notas fiscais da verba usadas pelos deputados em seus Estados (R$ 15 mil por mês). Mas a transparência começaria apenas em 2011, na próxima legislatura. O presidente acha que só assim a mudança seria digerida pelos deputados. 

Operante
De olho na mais recente encrenca da administração Kassab, a bancada do PT na Câmara paulistana se deu conta de que a funcionária Monica Krauter, responsável pela merenda escolar à época da licitação suspeita de fraude, continua na prefeitura. Assessora do secretário da Saúde, Januário Montone, ela vai coordenar o departamento de compra de remédios. 

Nunca antes
Ao assumir interinamente o Ministério da Justiça ontem, o secretário de Assuntos Legislativos, Pedro Abramovay, tornou-se o mais jovem ocupante da história da pasta. Tem 28 anos. O ministro Tarso Genro ficará oito dias no exterior.


Tiroteio

"Todo mundo acha que a Dilma será uma grande presidente. O problema é saber se ela será também uma grande candidata."

De RENILDO CALHEIROS (PC do B-PE), prefeito de Olinda, ao comentar a participação da ministra da Casa Civil no evento que reúne em Brasília administradores municipais eleitos em outubro passado.

Contraponto

Reforma ortográfica

Severino Cabral, prefeito de Campina Grande nos anos 60, ganhou fama tanto pela argúcia política como pelo contorcionismo que praticava com o idioma. Tinha o hábito de redigir pessoalmente os decretos do município paraibano. Para não dar vexame, contratou um jovem universitário encarregado de revisar seus escritos.
Numa dessas ocasiões, o prefeito perguntou:
-Como é que se escreve "passu"?
-Depende. Se for o paço municipal, é com cedilha. Se for do verbo passar, é com dois esses.
A explicação, porém, não satisfez o prefeito:
-Seu burro! Eu quero saber é do "passu" que "avoa"!

FERNANDO RODRIGUES

O desafio do corregedor


Folha de S. Paulo - 11/02/2009
 

Prevaleceu o cinismo ontem na reunião da cúpula da Câmara na qual foi selado o acordão para abafar o castelogate. O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) continua sumido depois de ter renunciado ao cargo de corregedor.
Não será investigado, muito menos punido. Para o seu lugar, o Democratas indicou um de seus caciques, Antonio Carlos Magalhães Neto.
Nenhuma medida moralizadora foi adotada. A maior evidência da inoperância dos deputados foi a decisão de criar uma comissão para estudar propostas sobre como deve atuar a corregedoria -o atalho mais eficaz para o nada.
Por justiça, é necessário registrar a intervenção do líder do PSOL, Ivan Valente (SP). Ele propôs a divulgação de todas as notas fiscais apresentadas por deputados para justificar o uso dos R$ 15 mil mensais a que têm direito.
No momento inicial, "foi um silêncio sepulcral", diz Valente. Em seguida, PSDB e PPS manifestaram-se a favor -talvez por serem de oposição. Nada se poderia esperar da ala chapa-branca composta por PT, PMDB e outros. Mas o emudecimento do DEM chamou a atenção e já é um desafio para ACM Neto. Tome-se o caso do ex-corregedor.
Edmar Moreira fez fortuna com empresas de segurança. No ano passado, uma coincidência: apresentou notas fiscais no valor total de R$ 140 mil por conta de "serviço de segurança". A Câmara está moralmente obrigada a mostrar essas notas fiscais do deputado.
Se for confirmado hoje como corregedor pelo plenário da Câmara, ACM Neto pode começar com o pé direito. Basta defender a imediata liberação de todas as notas fiscais apresentadas por Edmar Moreira e pelos outros 512 deputados. Se fizer menos do que isso, será apenas mais um a perpetuar o corporativismo do Congresso. É uma decisão difícil. Daquelas que diferenciam os bons e os maus políticos.

ANCELMO GOIS

É grave a crise


O Globo - 11/02/2009
 

Ontem à tarde, Guido Mantega e Celso Amorim foram vistos na clínica do acupunturista Gu Hanghu, o mesmo que tratou da bursite de Lula em 2004. 

A voz de Roma 

Ontem, era dada como certa a escolha de Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, para suceder ao cardeal Eusébio Scheid na Arquidiocese do Rio.

Batalha das tarifas 

Hoje, em Brasília, será realizada pela Anac a audiência pública para analisar sua proposta de liberação gradual das tarifas dos vôos internacionais de longo curso (Europa e EUA) com origem no Brasil. 

Atualmente, as empresas não podem vender passagens nestas linhas abaixo de certo preço. 

Escolha de Sofia... 

A questão não é fácil, embora, pela proposta da Anac, seja o usuário quem ganha. 

O problema é que parte dos concorrentes estrangeiros da TAM recebe, vez por outra, recursos públicos - mesmo antes desta onda protecionista.

Desfecho próximo? 

Boa nova para os credores trabalhistas da velha Varig. José Antônio Toffol, advogado-geral da União, reuniu segunda, em Brasília, o interventor do Aerus, Aubiérgio Souza Filho, o gestor judicial da Flex, Aurélio Penelas, e a presidente do Sindicato dos Aeronautas, Graziella Baggio. 

Discutiram um possível acordo para a questão da defasagem tarifária, cujo julgamento deve ser semana que vem no STJ. Em jogo, uns R$5 bi da velha Varig.

Contagem regressiva 

O projeto Rio 2016, que pesa meia tonelada, vai ser entregue ao COI hoje, às 11h, em Lausanne, na Suíça.

Te cuida, Obama 

No encontro com um grupo de empresários do Fórum Reis Veloso, segunda, Lula relatou um trecho de sua conversa por telefone com Obama: 

- Eu disse a ele: "Se eu falhar, vai demorar 100 anos para outro metalúrgico assumir a Presidência do Brasil. Se você falhar, aí vai demorar 100 anos para um negro voltar à Presidência dos EUA. 

É. Pode ser.

Caso encerrado 

O Diretório Nacional do PT confirmou a decisão de expulsar o deputado Jorge Babu, acusado de envolvimento com milícia. 

Dos 81 votos, o único a favor de Babu foi o de Antônio Neiva, secretário do prefeito Lindberg Farias, em Nova Iguaçu, RJ.

O IDIOTA


ÉLIO GASPARI

O companheiro Obama fez a primeira cesta

O Globo - 11/02/2009
 

O companheiro Obama riscou uma linha na areia: cria milhões de empregos ou está frito. Sua promessa foi esperta. Ele falou em "criar ou preservar" quatro milhões de postos de trabalho. Como será impossível separar os empregos preservados pelo seu pacote ou pelo movimento de rotação da Terra, o sucesso de sua iniciativa dependerá de julgamentos subjetivos, quase todos ancorados na maneira como o povo americano perceberá a provação que atravessa. 

O presidente dos Estados Unidos que apareceu na entrevista de segunda-feira mostrou-se um sujeito com quem um cidadão está disposto a conversar sobre as dificuldades do mundo, do país e mesmo de sua família. Para quem gramou oito anos de Buck Bush, é um refrigério ver Obama andando no corredor da Casa Branca como uma pessoa normal. Sua fala mansa, livre de marquetagens primitivas, indica que alguma coisa já mudou. 

O companheiro tomou posse com um discurso pedestre e podia-se temer que continuasse com um pé no palanque. Para quem deu a primeira entrevista coletiva antes de completar um mês de governo, o presidente americano olhou pouco para o retrovisor. (Com seis anos de Planalto, Nosso Guia ainda não conseguiu digerir esse formato de comunicação com a choldra.) 

A briga de Obama não se limita à aprovação do seu pacote de US$800 bilhões pelo Congresso. Essa é a parte fácil. Ele quer outra: o encurralamento dos republicanos e da sua forma de pensar. (No Brasil essa modalidade de pensamento dominou ekipekonômica que fez a privataria tucana e depois aninhou-se na banca.) Desde a chegada de Ronald Reagan à Casa Branca, em 1981, os republicanos empunham um estandarte segundo o qual "o governo não é a solução, o governo é o problema". A festa acabou em setembro passado, quando Wall Street e seus fâmulos passaram o pires para as Viúvas de todo o mundo. 

Quando um repórter fez uma pergunta na qual associava a crise aos exageros de consumo dos americanos, Obama foi na jugular: 

"Bem, em primeiro lugar, eu não acho certo dizer que o consumo nos jogou nesta confusão. Nós caímos nela, em primeiro lugar, porque bancos assumiram riscos exorbitantes com o dinheiro dos outros, confiando em ativos duvidosos. Isso e mais a enorme alavancagem. Eles tinham US$1 e apostavam US$30 com ele." 

A ideia de um Obama na campanha e outro na Casa Branca pode vir a ser provada, mas fica para depois. Ele mostrou ao Congresso e aos adversários que vai buscar apoio nas cabeceiras da vontade popular. 

Não foi à toa que marcou a entrevista para as oito da noite e, teatralmente, passou a manhã numa cidade chicoteada por uma taxa de desemprego de 15%. Nesse sentido, Obama levanta a suspeita de que pertença à elite dos demagogos polidos e cultos como seus dois antecessores que também passaram por Harvard: Theodore e Franklin Roosevelt. 

Um bom exemplo da consistência entre o candidato e o presidente esteve na resposta que o companheiro deu à pergunta relacionada com o Irã. 

Pela primeira vez em trinta anos um presidente americano pronunciou 330 palavras tratando da tirania dos aiatolás sem insultá-los e sem estabelecer precondições imperiais. 

Serviço: O companheiro foi maquiado por um republicano. Carregaram na sombra das pálpebras e quando Obama apareceu, estava mais para Isabelita dos Patins do que para Thomas Jefferson.

FERNANDA KRAKOVICS

Bandeira

Panorama Político -
O Globo - 11/02/2009
 

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), foi eleito em setembro presidente do conselho fiscal da Associação dos Congressistas do Brasil. Sua principal bandeira é o pagamento de 13º salário para ex-congressistas e de proventos integrais para suas viúvas. Em 1999, quando Temer era presidente da Câmara, a Mesa Diretora apresentou projeto de resolução com essa proposta. 

Hotel para parlamentares 

O projeto chegou a ser aprovado pela Câmara e pelo Senado, mas, devido a uma emenda, a votação não foi concluída. A ACB também está empenhada na construção da Casa dos Congressistas, um hotel com 150 apartamentos para os parlamentares de passagem por Brasília. A associação ocupa duas salas no 20º andar da Câmara, tem um jornal mensal com tiragem de 50 mil exemplares e desconta 1% do salário de deputados e senadores. Fazem parte 564 ex-deputados, 200 ex-senadores, 612 viúvas e 60 parlamentares com mandato. O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que até o início do mês era 1º secretário da Câmara, é secretário-geral da ACB desde setembro. 

Já devíamos estar ganhando esse trocado no Natal. Somos excluídos. E tem viúva passando fome" - Raymundo Urbano, vice-presidente da ACB, ex-deputado 

PANOS QUENTES. Fernando Henrique Cardoso entrou em campo ontem para apaziguar a bancada do PSDB da Câmara, rachada depois da reeleição do líder José Aníbal (SP). Em café-da-manhã com nove dos 19 dissidentes, pediu que canalizassem sua energia para fazer oposição ao governo. O assunto foi encerrado, mas o mal-estar continua. "Estou preocupado com o comportamento ético no partido. Meu líder, ele não é. Não existe acordo", disse o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP).

Assunto encerrado 

A AGU não vai abrir uma câmara de conciliação, pedida pelo Ministério da Defesa, para rever a concessão de terras da base de Alcântara para quilombolas. O governo avalia que há área suficiente para o projeto espacial brasileiro.

Ficha suja 

Indicado para a corregedoria da Câmara, o deputado ACM Neto (DEM-BA) deu parecer contrário, na Comissão de Constituição e Justiça, a projeto de lei para tornar inelegíveis os condenados em primeira instância pela Justiça. 

Petistas querem derrubar Ziulkoski 

Prefeitos petistas aproveitaram o encontro em Brasília para angariar apoios para tirar Paulo Ziulkoski da presidência da Confederação Nacional dos Municípios. Alegam que ele não é mais prefeito desde 2005. "Quero ver qual prefeito terá tempo disponível para percorrer o Brasil como eu faço", disse Ziulkoski, no cargo desde 2000. Em abril, deve ser escolhida a nova direção da entidade, que tem sido crítica ao governo Lula. 

CORAÇÃO DE MÃE. Os ministros José Múcio, Luiz Dulci e o general Jorge Félix terão um gabinete no CCBB, com estrutura mínima, para os dias de reunião com Lula, durante a reforma do Palácio do Planalto. 

LINDBERG Farias (PT) afirma que continua pré-candidato ao governo do Rio. "A eleição da Dilma não pode significar rendição do PT ao PMDB", disse ele. 

TRÉGUA. O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), e a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) estão em Dubai organizando um evento de turismo que será realizado no estado em maio.

OBRAHMA E COLLOR, TUDO IGUAL

O anúncio do plano de socorro  aos bancos, pelo Secretário do Tesouro americano feito ontem, lembrou o govêrno Collor. 
No lançamento do PLANO COLLOR (aquele do confisco), a Ministra Zélia conseguiu não explicar nada de nadinha, tal e qual o secretário do Obrahma.
Será que vai dá merda?

MÍRIAM LEITÃO

Plano americano
Panorama Econômico

O GLOBO -11/02/09

Poderia ter sido um grande dia para Barack Obama. Não foi. O projeto de estímulo foi aprovado no Senado. Ponto para ele, mas o pacote gigante de resgate dos bancos para recuperar a confiança no sistema bancário só produziu confusão. O que faltou foi exatamente aquilo que Obama tanto prometeu: transparência. O governo anunciou um pacote de US$2 trilhões e o mercado caiu.

Detalhes reveladores. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, leu no teleprompter o pronunciamento sobre o plano e não respondeu a perguntas. Anunciou que para entrar na nova era de "transparência" tudo poderia ser acompanhado por um site (www.financialstability.gov). Quem entrasse ontem para entender melhor ficaria sabendo que ele estava ainda em formação. No texto do seu pronunciamento estava escrito que os bancos, para participar do programa, passariam por um "compreensivo teste de estresse financeiro". Especialistas se recusavam a tentar explicar ontem o que seria esse teste de estresse.

O pacote de resgate pode ser dividido entre os mecanismos que têm chances de funcionar, os que têm menos chance e outros que estão lá para dar uma cara nova a velhas ideias. O economista internacional do Banco Itaú, John Welch, acredita que a entidade que saneará os bancos, o Financial Stability Trust, é a ferramenta mais viável se funcionar nos moldes do imaginado bad bank, ou seja, uma instituição que compraria ativos de baixa qualidade. Mas sempre haverá a dúvida: se os papéis forem avaliados por valor de mercado, os bancos teriam que pôr um enorme prejuízo em balanço.

Outro mecanismo é o fundo a ser formado por capital público e privado de US$500 bilhões - que pode chegar a US$1 trilhão - e que será também para sanear os ativos podres dos bancos.

- Desde a quebra do Lehman Brothers não há capital privado voluntário comprando ações de instituições financeiras. Portanto, é difícil saber se essa PPP vai funcionar - diz John Welch.

O financiamento de expansão de consumo e de investimento de US$1 trilhão será feito na forma do programa já existente, que compra ativos como cartão de crédito, recebíveis de educação, ativos imobiliários.

Mas, na verdade, o fato mais importante sobre o pacote de ontem foi sua total falta de transparência e clareza, que deixou confusos até economistas experientes em sofisticados mecanismos de saneamento financeiro. Nada poderia ser simples numa crise tão complexa, mas, como o Brasil sabe, de viver e sofrer, o primeiro passo para o sucesso de qualquer plano é a comunicação. E a do Tesouro americano foi uma comunicação de amador.

Já se sabe que o governo dos Estados Unidos gastará uma montanha interminável de dólares. Nem tudo é gasto, alguns são troca de ativos que podem ter uma contabilidade diferente no futuro, mas Welch calcula que é um pacote de US$2,5 trilhões que não conta o pacote de estímulo econômico de US$838 bilhões, aprovado ontem, nem os bilhões já gastos em tentativas inúteis de capitalizar os bancos americanos.

Já o plano de estímulo aprovado pelo Senado ainda terá que ser negociado com a Câmara porque tem inúmeras diferenças. Entre elas: os estados deixam de receber US$40 bilhões se a versão que prevalecer for a do Senado. Os compradores de imóveis que estão comprando pela primeira vez ganhariam US$2,6 bi de estímulo se a versão da Câmara valer, mas no Senado isso vira uma ajuda para qualquer comprador, independentemente do nível de renda, e o valor aumenta para US$18 bilhões.

O plano dá uma arma na mão de Obama que ele queria para começar a gastar, mas tem recebido várias críticas de economistas que dizem que ele faz a mais elementar das confusões entre gastos de custeio e de investimento. Ele vai gastar US$90 bilhões com o sistema de saúde, e Obama diz que é investimento. E explicou na sua primeira coletiva que se as anotações nos prontuários médicos deixarem de ser anotadas à mão, confundindo enfermeiras, para ter tudo computadorizado, isso não é gasto, é investimento. O presidente americano também deu outros exemplos na entrevista: se o governo investir no aumento da eficiência energética dos prédios públicos, vai reduzir o custeio e ainda criar emprego.

Barack Obama decidiu usar seu capital político para tentar virar o jogo paralisado dos últimos dias. E se saiu com algumas boas vitórias. Nos últimos dias, ele vestiu de novo a roupa de candidato e fez calorosos discursos em palanque no estado de Indiana e na Flórida, para pressionar o Senado. Tem 75% de aprovação, mas o plano tinha apenas 54%. Obama conseguiu a aprovação do plano. Mas, ao mesmo tempo, sua equipe fez gol contra ao anunciar de forma atabalhoada aquilo que será a pedra principal de qualquer plano econômico para resgatar a economia americana do buraco financeiro.

- Enquanto não ficar explícito que instituições têm ativos podres, o dinheiro não vai circular. É uma das leis do mercado financeiro - diz John Welch.

O anúncio feito por Timothy Geithner teve alguns pontos favoráveis. Um deles foi garantir que todas as agências do governo - Tesouro, Fed, Fundo Garantidor, SEC, Agências de controle e fiscalização bancárias, entre outras - estarão juntas. "São várias agências, mas um só governo", disse Geithner. Nos próximos dias, na divulgação dos detalhes do arsenal que pretende usar, o jovem secretário do Tesouro tem uma chance de reverter o estrago de ontem.

MARIÂNGELA GALLUCCI

STF cobra R$ 19 milhões de réus do mensalão


O Estado de S. Paulo - 11/02/2009
 
Para anular os efeitos protelatórios de uma manobra jurídica adotada por réus do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou ontem uma fatura de R$ 19,1 milhões a ser paga pelos envolvidos no esquema. Segundo o ministro, esse valor "astronômico" será gasto com a tradução de três cartas rogatórias para que sejam ouvidas no exterior testemunhas que vivem nos Estados Unidos, nas Bahamas e na Argentina - todas indicadas pelos réus. As cartas rogatórias têm de incluir a tradução juramentada de toda a ação do mensalão - que consiste de 91 volumes, cada um com 200 páginas, além de 171 apensos (que são outros materiais, como CDs).

O processo para ouvir as testemunhas no exterior é bastante burocrático, o que pode contribuir para que a ação, que tem 39 réus, demore ainda mais para ser julgada pelo STF. O esquema do mensalão foi denunciado pelo Ministério Público Federal em abril de 2006 - em ritmo normal, sem a oitiva de testemunhas no estrangeiro, segundo avaliação do próprio ministro, o processo seria concluído em cinco anos (2011).

A cobrança dos valores gastos com as cartas rogatórias para que juízes estrangeiros colham o depoimento das testemunhas pode inibir a intenção dos réus para que essas pessoas sejam ouvidas. Essa cobrança está prevista em uma lei recente, de janeiro passado, que alterou o Código de Processo Penal - é a Lei da Videoconferência (11.900), que entrou em vigor no dia 9.

Um dos artigos dessa lei (222-A) estabelece que "as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio". Além das testemunhas que residem nos Estados Unidos, nas Bahamas e na Argentina, o que implica tradução dos textos, há pessoas indicadas para serem ouvidas em Portugal.

PRAZO

Barbosa deu prazo de cinco dias para que os réus informem se insistem ou não na necessidade de serem ouvidas testemunhas no exterior. Os réus que fizeram esse pedido são os ex-deputados José Janene (PP), Roberto Jefferson (PTB) e José Dirceu (PT); o empresário e publicitário de Minas Marcos Valério e seu Cristiano de Melo Paz, das agências SMPB e DNA Propaganda; Zilmar Fernandes, empresária e sócia do publicitário Duda Mendonça; Kátia Rabello e José Roberto Salgado, dirigentes do Banco Rural; o assessor parlamentar Emerson Palmieri, e o empresário Carlos Alberto Quaglia, da corretora Natimar.

Se os réus insistirem, terão de demonstrar a imprescindibilidade dos depoimentos dessas testemunhas, "devendo esclarecer qual o conhecimento que elas têm dos fatos e a colaboração que poderão prestar para a instrução da presente ação penal".

O ministro afirmou que se os depoimentos forem realmente imprescindíveis, os réus deverão se manifestar ainda sobre a possibilidade de as testemunhas serem ouvidas "por via menos dispendiosa do que a carta rogatória, como, por exemplo, optando por sua oitiva no Brasil, através do pagamento de passagens de ida e volta para as mesmas".

O IDIOTA PÉ-FRIO


QUARTA NOS JORNAIS

Globo: Vitorioso no Senado, Obama dá mais US$ 2 tri a bancos

 

Folha: Bolsa reage mal a plano de Obama para bancos 

 

Estadão: Plano de Obama para resgate de bancos desanima mercados

 

JB: Barack Obama vence mas não convence

 

Correio: Escola cara

 

Valor: Mercados reprovam plano de Obama

 

Gazeta Mercantil: Pacote bancário dos EUA de US$ 1,5 tri derruba bolsas

 

Estado de Minas: O cheque de Obama em xeque

 

Jornal do Commercio: EUA aprovam pacote de US$ 838 bilhões