terça-feira, abril 26, 2011

BENJAMIN STEINBRUCH - Crescer

 
 Crescer
BENJAMIN STEINBRUCH
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/04/11

Além da queda na contratação, há vários outros sinais que mostram o desaquecimento no país

Vamos relembrar dois fatos recentes. O primeiro foi a sinalização da possibilidade de rebaixamento da dívida norte-americana feita pela agência da classificação de riscos Standard & Poor's.
Na prática, o que a agência fez foi avisar o mercado de que passou a considerar mais arriscada a compra de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A dívida atingiu níveis assustadores, de US$ 14,3 trilhões no fim de março, e já não há 100% de certeza de que será honrada.
O segundo fato ocorreu no Brasil. Foram criados, em março, 92,6 mil postos de trabalho com carteira assinada, um número ainda muito significativo, mas bastante aquém dos verificados em meses anteriores. Em fevereiro, por exemplo, foram 315 mil novas vagas e em março do ano passado, 266 mil. Na prática, essa redução na contratação pode ser sinal de que o ritmo de expansão da economia começou a cair.
O que esses fatos têm em comum? As economias receberam uma espécie de cartão amarelo, um alerta para o risco de que a manutenção do crescimento atual, tanto global como interno, não é segura.
Nos Estados Unidos, a dívida trilionária, que já ultrapassou a barreira de 90% do Produto Interno Bruto, vai ficando impagável e exige um esforço fiscal que parte da população não está disposta a fazer.
Como qualquer outra, a sociedade americana não aceita cortes dramáticos em programas do governo, principalmente na área social, que seriam necessários para reduzir o deficit público de quase 8% do PIB.
No Brasil, que ainda voa em céu de brigadeiro, com índices de endividamento e deficit público muito mais saudáveis, o espírito conservador, que costumo chamar de retranqueiro, é a ameaça que pode promover a indesejável volta de um ritmo lento na atividade econômica.
O professor Delfim Netto, com sua vasta experiência, deu um pito na turma da retranca, que insiste na tese de que o crescimento potencial do Brasil é de 4,3% ao ano.
Ele não aceita truques matemáticos que tentam passar a ideia de que qualquer taxa de expansão do PIB acima desse nível seria perigosamente inflacionária para o país. Essa posição não pode ser confundida com leniência em relação ao perigo da inflação. É possível cumprir os dois objetivos: combater a inflação e estimular o crescimento.
O Banco Central e o seu presidente, Alexandre Tombini, têm mostrado sensibilidade para isso, algo que merece aplauso, embora mantenham a taxa básica de juros em nível elevado -na semana passada, às vésperas do feriadão, a Selic foi aumentada de 11,75% para 12%.
Se o país não prestar atenção nos cartões amarelos que estão sendo levantados, corre o risco de levar um vermelho. Além da queda na contratação, há vários outros sinais que mostram o desaquecimento, do crédito aos investimentos.
Pesquisa da Fiesp, que consultou mais de 1.200 empresas, mostra que caiu cerca de 5% a intenção de investimentos da indústria de transformação. O setor está muito preocupado com redução de custos, em razão das elevadas taxas de juros e da implacável concorrência de produtos importados.
É saudável a preocupação da indústria com a busca de maior eficiência na produção, mas essa estratégia defensiva não pode sobrepujar o esforço de investimento para ampliação de produção.
A redução da intenção de investir do setor privado é uma péssima notícia. A confirmação dessa tendência pode redundar, no médio prazo, em desequilíbrio entre oferta e procura, cuja consequência será ou inflação ou aumento ainda maior da presença de produtos importados para atender a demanda.
A opção que temos no Brasil, infelizmente ainda pobre, é crescer ou crescer. O marasmo que caracterizou a última década do século passado, quando o país se contentou com índices medíocres de crescimento econômico, não pode voltar.
Os EUA, país rico, com uma renda per capita anual de US$ 47 mil, pode se dar ao luxo de tomar cartões vermelhos, desaquecer a economia e até conviver com recessões.
Aqui, com renda em torno de US$ 11 mil e enormes diferenças regionais, precisamos acelerar sempre, com os demais emergentes.

BENJAMIN STEINBRUCH, 57, empresário, é diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, presidente do conselho de administração da empresa e primeiro vice-presidente da Fiesp.

EDITORIAL O GLOBO - Feriadão denuncia falta de investimentos


Feriadão denuncia falta de investimentos
EDITORIAL
O Globo - 26/04/2011

Engarrafamentos gigantescos no Rio de Janeiro e em São Paulo no movimento de retorno de veículos, ao fim do feriadão da Semana Santa, e caos em aeroportos da Região Sudeste, provocado por uma equação que juntava uma concentração - pontual mas previsível, por se tratar de um fim de semana prolongado - de passageiros com a falta de teto provocada por um temporal, voltaram a pôr em evidência a necessidade de o Estado investir, com urgência e de forma criteriosa, em obras de infraestrutura - e também abrir espaços para a livre iniciativa. São preocupantemente repetitivos os relatos de pessoas que ficaram retidas nas estradas ou enfrentaram sérios contratempos nos terminais aéreos (principalmente no Rio), como falta de informações, bagagens extraviadas ou voos perdidos, em razão do aparente despreparo das companhias e das administrações aeroportuárias diante de contingências determinadas pelo mau tempo.

O país registra indicadores demográficos e econômicos que resultam em curvas crescentes no registro de carros, ônibus e caminhões em circulação nas ruas. A frota brasileira cresceu 8,4% em 2010. Em São Paulo, o sistema viário incorpora 20 mil novos veículos a cada mês; somente os automóveis que passaram a rodar nos últimos dez anos no Rio fariam uma fila do Maracanã ao Beira-Rio. E não há uma contrapartida em infraestrutura. No Rio, onde o aumento da frota é de 40% em dez anos, a última grande obra viária foi a Linha Amarela, inaugurada em 1997.

O crescimento dos indicadores econômicos do país também se deu em desacordo com os investimentos no setor aeroportuário. Tarifas mais baixas, chamariz para uma faixa de menor poder aquisitivo da população, resultaram em aumento de mercado - consequentemente, em mais clientes nos balcões das companhias e em circulação nos aeroportos. No entanto, a administração dos terminais derrapa num tíbio programa de investimentos que não acompanha o aumento da demanda. Isso sem contar a opção ideológica de Brasília por formas anacrônicas de gerenciamento, com resistências de influentes áreas da base do governo à abertura da participação da iniciativa privada no controle dos terminais e com a manutenção do setor sob a influência clientelista do cardinalato companheiro.

Nos dois mandatos de Lula, sobraram nomeações e faltou apetite político para investir em infraestrutura e na modernização da malha aeroportuária. O país não cabe mais na atual infraestrutura. Novos hábitos de consumo e mercado em expansão convivem com uma rede de estradas, aeroportos, etc. de um tempo em que o Brasil apenas almejava chegar aonde efetivamente chegou.

Os constantes gargalos no trânsito e os repetidos apagões no sistema de transporte aéreo são inquietante e repetitiva prova disso. O caos deste fim de semana, que transformou em pesadelo a viagem de lazer de milhares de pessoas, deve ser analisado com seriedade. Tanto quanto devolver em forma de serviços eficientes aos cidadãos o que lhes toma pela malha tributária, o poder público precisa acordar para um futuro imediato que bate às portas do país - os dois grandes eventos esportivos de 2014 e 2016, de cujo sucesso os transportes são um dos pilares.

LUIZ GARCIA - Sem concurso



Sem concurso
LUIZ GARCIA
O GLOBO - 26/04/11

Nas campanhas eleitorais, promete-se tudo. Até pureza de vestal e honestidade angelical. Mas uma promessa é bem rara, se não inexistente: a de realizar projetos e atingir metas com moderação e inteligência nos gastos.

Em outras palavras: a cantada ouvida pelos eleitores raramente inclui uma previsão honesta sobre quanto vai custar a construção do novo paraíso.

O governo de Dilma Rousseff, que sucedeu a oito anos de administração irmã, presumivelmente não tinha e continua não tendo um projeto revolucionário de gestão. A promessa eleitoral, como não poderia deixar de ser, era singela: um tanto mais das mesmas coisas. Os oito anos de Lula tiveram, entre seus traços mais marcantes, um extraordinário, digamos assim, apetite nomeador.

Algo do gênero costuma acontecer em administrações estreantes. No caso, o apetite foi particularmente assustador.

Esse dado foi devidamente registrado por adversários políticos e pela mídia. Nos dois casos, isso foi recebido pelo Palácio do Planalto com soberana indiferença. Do ponto de vista eleitoral, deu para entender. O fato de que, nos oito anos de Lula, 115 mil servidores foram admitidos na máquina federal não teve qualquer impacto na eleição tranquila de sua sucessora.

Como consequência talvez inevitável dessa indiferença da opinião pública, a farra continua na mal iniciada gestão de Dilma. Com um dado especial: cresceu extraordinariamente a porcentagem de cargos de confiança nos ministérios. O que parece ser, ao menos em princípio, algo preocupante. Ou mesmo errado, em princípio. Numa administração estruturada com um mínimo de lógica, supõe-se que a maior parte do trabalho, principalmente em áreas técnicas, seja entregue a profissionais devidamente concursados.

Por dois motivos óbvios. Primeiro, o concurso assegura, tanto quanto possível, a competência dos candidatos mais bem colocados. Depois - e talvez principalmente - coloca a máquina pública a salvo de um perigoso fenômeno: a politização partidária da burocracia estatal.

A politização é visível no governo Dilma. É natural que, na Presidência da República, os cargos de confiança sejam maioria. Hoje, ele são 85% do total. É muito; ainda assim, digamos que seja aceitável. Mas é difícil entender que, em sete ministérios nos quais as áreas técnicas são de considerável ou mesmo decisiva importância, o número de cargos de confiança oscile entre 50% e 70%. Isso é opção técnica ou ocupação política?

A resposta a essa pergunta pode ser ajudada por um episódio. O Ministério do Turismo e a Embratur realizaram um concurso, e 112 candidatos foram aprovados. Mas, por decisão do Ministério do Planejamento, nenhunzinho foi contratado. Pelo visto, sem concurso as portas se abrem com bem maior facilidade.

MIRIAM LEITÃO - Está quente



Está quente
MIRIAM LEITÃO
O GLOBO - 26/04/11

O secretário de Desenvolvimento do Rio, Julio Bueno, diz que recebe uma visita por dia de empresário anunciando investimento; o Instituto de Desenvolvimento do Varejo conta que as grandes lojas continuam com vendas aquecidas; a Zona Franca de Manaus continua trabalhando em ritmo acelerado; produtores de máquinas reclamam da concorrência chinesa.

A economia brasileira está com crescimento forte em vários setores mas está com problemas, em outros. O varejo continua dizendo que sente uma pressão forte da demanda; alguns segmentos industriais reclamam e reduzem investimento por causa do câmbio. Para saber se a economia está fria ou quente, não basta tomar a temperatura uma única vez.

Uma das complicações é a comparação com anos anteriores. Este ano, o Carnaval foi em março, a Semana Santa, em abril. O economista José Roberto Mendonça de Barros disse que teve que tirar os efeitos sazonais dos dados e ponderar por dia útil. Assim, chegou à conclusão de que, apesar de se falar que está havendo desaceleração forte em automóveis, de janeiro a abril do ano passado houve 12.300 emplacamentos novos por dia; este ano, foram 12.200. Ou seja, praticamente não houve queda. A média de abril foi de 13.800:

- Isso em parte é tocado pelo aumento de salário. O salário inicial do comércio subiu 10% real; o da construção civil, 6,6%.

Ele constata nas conversas nas empresas e nos indicadores que o país continua crescendo. O IBC-Br, o índice de atividade econômica do Banco Central, por exemplo, teve alta de 1,3% no primeiro bimestre; o que anualizado dá 5% de crescimento.

- Nós estamos mantendo a previsão de 4,5% de crescimento este ano - diz.

Outros economistas e consultorias já fizeram revisão para níveis mais baixos, mas isso significa que o ritmo terá que cair muito nos próximos meses porque o ambiente parece aquecido para quem conversa com empresas do varejo.

A diretora-executiva do IDV, Fabíola Xavier, disse que para o comércio o crescimento continua:

- Houve uma pequena queda em março, mas o varejo continua crescendo numa média de 7%. Em geração de emprego, foi o melhor fevereiro desde 2003. Não chega a faltar produto, mas temos que correr para atender à demanda. E as empresas continuam abrindo lojas.

Eu perguntei em que áreas, ela disse que em bens de consumo duráveis, informática, papelaria, vestuário. Setores em geral.

Nas conversas entre o varejo e a indústria, no entanto, há muita reclamação sobre o câmbio. Várias empresas reclamam da dificuldade de competir com os importados.

A agronegócio está entrando na safra em momento de alta de preços de diversas commodities. Soja, açúcar, café, carne, vários produtos estão subindo. O café está com o melhor preço desde 1975, segundo Mendonça de Barros. E a soja brasileira é beneficiada pela queda da produção da Argentina. Mas ontem mesmo a informação do pólo de colheitadeiras no Rio Grande do Sul era de que estavam começando as demissões pela dificuldade de competir com as máquinas importadas da China.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus, Wilson Périco, contou que o setor está buscando alternativas ao fornecimento de peças do Japão, mas garante que até agora ninguém parou pela crise japonesa decorrente do terremoto, tsunami e desastre nuclear. Mas a Toyota anunciou ontem que vai parar temporariamente a produção no país durante uma parte do mês de maio. No mês passado, a queda da produção da empresa foi de 62%. Produziu no mesmo nível de 1976.

Assim está a economia brasileira, com vários sinais contraditórios. O BC baixou medidas para conter o crédito, mas o consumidor enquanto pode continua comprando. Foi elevado o IOF nas compras a crédito, mas o brasileiro sabe muito bem como contornar esse obstáculo: compra nos cheques pré-datados.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disse que esteve recentemente com várias empresas e todos estão comemorando o ritmo.

- Conversei com sete sindicatos do setor de metal-mecânico e todo mundo está sorrindo. Tenho falado com empresas do interior que estão fazendo investimento até em design de produto. Na Região Serrana atingida pelas chuvas as empresas pegaram empréstimos que esgotaram a linha de R$400 milhões oferecida a eles e estamos pedindo uma ampliação desse financiamento - diz o empresário.

O mesmo otimismo que se vê em Julio Bueno sobre o crescimento do Rio:

- Um dia, recebo a Rolls-Royce falando em investir aqui; no dia seguinte, a Nestlé avisa que pensa em se instalar em Três Rios; a Alpargatas quer vir para o Rio. Há 120 empresas candidatas ao nosso incentivo. Há muito interesse em instalação de térmicas a gás no Rio ou de instalação de empresas para fornecer para a Petrobras. Com o ciclo das commodities, o Rio se beneficia exatamente por ser um exportador de commodities. Isso sem falar nos eventos na cidade. Há 16 a 17 hotéis vindo para o Rio.

Uma das vantagens que o Rio está tendo é com a alta do petróleo, porque a receita de impostos é derivada do preço internacional. O estado fez o orçamento com base em US$65 o barril e ele está chegando a US$130.

Todas as pessoas com as quais falei ontem admitiram que um problema ronda todo esse bom momento: a inflação. Mendonça de Barros contou que recentemente uma empresa mostrou a ele todos os seus itens de custos. Todos haviam subido fortemente. Como há demanda para os seus produtos, ela repassará para os preços.

ANCELMO GÓIS - As domésticas


As domésticas
ANCELMO GÓIS
O GLOBO - 26/04/11

O trabalho infantil é proibido. Mas, mesmo assim, 101.977 meninas de 10 a 14 anos trabalhavam como domésticas no país em 2009. Os dados, com base na Pnad, foram levantados por Hildete Pereira de Melo, professora da economia da UFF. O problema já foi maior. O número de meninas que trabalhavam nas casas das madames chegava a 130,4 mil em 2001. 

Segue...
Nas regiões mais pobres, a situação é pior. O grande contingente dessas meninas está no Norte (2,8% do total de domésticas), seguido do Nordeste (2,1%). 

Infraero x Brasil 
Dilma, na reunião de ontem sobre a Copa de 2014, pôs o dedo na ferida: 
— O padrão Infraero está atrapalhando o país. A presidente se referia à falta de concorrência que impede a empresa de conseguir avançar, mesmo com recursos. 

Ai, minhas costas 

Os assentos dos aviões da Webjet não reclinam mais. 

Dolce far niente 
O vice Michel Temer curtiu os feriados santos numa ilha de propriedade do ex-governador mineiro Newton Cardoso em Angra dos Reis, RJ. 

Alô, Aécio! 

O governo do Rio espalhou o seguinte outdoor pela cidade: “Você pode até não lembrar, mas o Detran avisa do vencimento da sua carteira de habilitação. Cadastre-se.”

Arte no samba
A vida de Romero Britto, 47 anos, o artista pernambucano que se transformou numa máquina de vender quadros nos EUA, será enredo da Renascer no ano que vem, quando a escola estreará no Grupo Especial do carnaval carioca.

Gois em Buckingham

Os ingleses prometem uma cerimônia impecável no casamento do príncipe William com a plebeia Kate. É. Pode ser. Mas, em 1981, na
recepção que se seguiu ao casamento de Charles e Lady Di, no Palácio de Buckingham, não foram poucos os tropeços. 

Festas de Brasília...
Os convidados não obedeceram o horário de chegada exigido para cada um no convite, e se formou uma confusão na entrada. Além disso, tinha garçom com uniforme algumas vezes menor ou maior que o corpo. Ou seja, falhas dignas de certas festas de Brasília.

Veja só... 
Quem conta estas histórias não é nenhum republicano ou invejoso da etiqueta inglesa. Quem as narrou em livro foi uma integrante da aristocrática família Mitford, a duquesa de Devonshire.

Paris é uma festa

Dia 6 de maio, Sérgio Cabral vai a Paris (alô, Moreno!) para a exibição do documentário “4xUPP”, filme realizado pelos diretores de “5xFavela” e produzido por Renata Magalhães e Cacá Diegues. O secretário José Beltrame, que fará palestra sobre as UPPs na Sorbonne, dia 9, também estará presente. 

Gorjeta do Veloso

O bar Veloso, no Leblon, no Rio, exige que o freguês, ao pagar a conta com cartão, dê em dinheiro vivo os 10% do garçom. Caso o cliente não tenha na carteira, o da bandeja não ganha nada. Ordem da casa. Parece absurdo. E é. 

Tudo bem com ela
Deborah Secco foi parar no hospital Barra D’Or, no Rio, sábado com suspeita de dengue. Saiu ontem. Teve infecção intestinal. 

Que é isso, papai? 
Quem levou os filhos para assistir ao filme infantil “Hop”, domingo, no Cinemark do Shopping Leblon levou um susto. Na sessão das 17h10m, um comercial de roupas íntimas exibia uma mulher se contorcendo na cama só de calcinha e sutiã. 

Sem teto
Uma das últimas casas da Rua Sacopã, na Lagoa, foi negociada com uma construtora. O imóvel está alugado há 36 anos para a Associação Colibri, que educa crianças com síndrome de Down. Sem ter para onde ir, a instituição pode fechar as portas em julho. 

GOSTOSA

CELSO MING - Efeito inconsistência


Efeito inconsistência
CELSO MING
O Estado de S. Paulo - 26/04/2011

Começam a aparecer as distorções que se seguem à confusa e improvisada política de suprimento de combustíveis praticada pelo governo federal.

O mercado interno está no limiar do desabastecimento. O consumo está subindo muito mais rapidamente do que a produção. Para dar conta da demanda, tanto a Petrobrás como os produtores de etanol estão acionando as importações. Os primeiros cálculos sobre esse apagão dos combustíveis, como o denominou a reportagem de Raquel Landim publicada domingo pelo Estado, preveem um rombo anual de US$ 18 bilhões na balança comercial.

Esse apagão tem a ver com três razões mais importantes. A primeira delas vem lá detrás. É o estímulo ao consumo propiciado pelo governo federal nos dois últimos anos, por meio do aumento das despesas públicas, decisão que criou renda.

A segunda razão foi a esticada dos preços do álcool hidratado que empurrou o consumidor que usa carros flex a trocar o álcool pela gasolina.

Esse aumento do consumo da gasolina está relacionado ainda com um terceiro fator: a decisão da presidente Dilma de impedir um reajuste dos preços da gasolina no varejo, supostamente para evitar o impacto no custo de vida. Esses preços não são reajustados desde junho de 2009, quando as cotações do barril do tipo Brent estavam a US$ 67. Hoje estão a US$ 123.

Além de estimular o consumo, essa política de achatamento dos preços dos combustíveis provoca outro efeito perverso, que é o de corroer os resultados da Petrobrás e, com ele, reduzir a capacidade de expansão cujos investimentos até 2014 deverão passar dos US$ 224 bilhões.

A escassez de etanol, por sua vez, aconteceu por dois principais fatores. O primeiro deles foi a quebra de produção de cana-de-açúcar na safra 2010 do Centro-Sul, em consequência tanto da seca como da redução dos investimentos. O outro, a decisão dos usineiros de transformar mais cana em açúcar do que em etanol, uma vez que os preços internacionais do açúcar permaneceram altamente estimulantes.

A reação do governo à quebra da oferta de etanol foi outra demonstração de improvisação. Foi ameaçar os usineiros com intervenção no mercado, com o objetivo de baixar artificialmente os preços. Embora até agora não tivesse sido levada adiante, essa ameaça foi feita num momento em que o governo brasileiro se posicionava no Grupo dos 20 (G-20) contra o pleito do governo francês de intervir nos mercados de commodities agrícolas.

Na semana passada, a Petrobrás fechou o primeiro contrato de entrega de petróleo proveniente do Campo de Lula (ex-Tupi), que está sendo extraído ainda em fase de desenvolvimento da área. Mas até agora nem a Petrobrás nem o governo sabem a que ritmo o petróleo do pré-sal deve ser produzido de maneira a não provocar novas distorções, seja pela forte necessidade de investimentos seja para garantir recursos com exportação.

Um bom começo seria o governo admitir de uma vez que não tem uma política consistente para a área. E, em seguida, não perder mais tempo em formulá-la e em colocá-la em prática.

CONFIRA

Efeito coelhinho
Um novo indicador de que o consumo permanece elevado foi apresentado ontem pela Serasa Experian: as vendas de Páscoa deste ano cresceram 9,1% em relação às do ano passado. Ou seja, a renda do consumidor continua forte.

RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA - Respeito ou desprezo ao voto do eleitor?


Respeito ou desprezo ao voto do eleitor?
RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA
O Estado de S. Paulo - 26/04/2011

Artigo publicado no Estadão em 16/1 (A2) levanta uma oportuna questão que transcende o estreito âmbito do dia a dia da política e alcança o patamar mais elevado da ética e dos próprios fundamentos da democracia. O professor Gaudêncio Torquato, com a costumeira clareza, logo no título, A vaga é do partido ou da coligação?, deixa claro o tema a abordar em sua reflexão, acabando por concluir que, em caso de afastamento, o titular de uma cadeira na Câmara dos Deputados deve ser substituído pelo suplente mais votado da coligação a que pertence, e não pelo primeiro da lista de seu partido.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o tema ao reconhecer o direito do primeiro suplente do partido, em resposta a mandado de segurança impetrado pelo PMDB. Apesar disso, o entendimento está longe do consenso. Alguns descartam a ideia de prevalência dos partidos, sob o argumento de que a lei permite a formação de coligações para efeitos eleitorais e, por consequência, estas passam a constituir uma pessoa jurídica pro tempore. De início, seria importante definir se esse tempo valeria apenas para o período da campanha ou se abrangeria toda a gestão dos candidatos eleitos para cargos majoritários de presidente, governador ou prefeito, em torno dos quais gravitam os partidos coligados. Afinal, é público e notório que as coligações são motivadas mais pelo aumento do horário gratuito da TV e pelo reforço dos cofres de campanha do que pela coincidência de princípios programáticos que, efetivamente, poderiam diferenciar um candidato de seus concorrentes.

Esse cenário, assim descrito, suscita outra questão, que antecede o que o professor Torquato define como imbróglio da substituição do deputado titular, suscitado pelo afastamento de quase meia centena de deputados então recém-eleitos, que trocaram a cadeira de parlamentar por cargos nos Executivos federal e estaduais. Trata-se, aqui, de perguntar se é legítimo e ético, embora seja legal, um deputado ou um senador "virar as costas" a seus eleitores e aceitar convite para exercer outras funções - convite esse resultante, em boa parte dos casos, de um processo de loteamento de cargos públicos, no qual vale mais o peso financeiro e político do órgão cobiçado e menos a competência do escolhido.

A resposta só pode ser negativa, considerando que, em última instância, o mandato é um contrato estabelecido entre o candidato e seus eleitores e sacramentado pela vontade das urnas. Ou seja, a eleição foi ganha pelo candidato que convenceu seus eleitores a lhe concederem seu voto. Numa análise técnica, ele se comprometeu a exercer o mandato legislativo por um contrato e não teria o direito de rescindir unilateralmente esse compromisso, numa atitude que não pode, sob nenhum aspecto, ser considerada moral ou ética.

Usando os modernos conceitos de comunicação, não é difícil perceber que grande parte do eleitorado se ressente do desprezo ao seu voto. Somando-se a outras atitudes questionáveis, a sensação de voto desperdiçado contribui para arranhar ainda mais a imagem dos políticos perante a sociedade, que acaba por colocar na mesma cesta os bons e os maus mandatários. E, mais, esse conjunto de percepções negativas inevitavelmente deságua no aumento do descrédito das instituições republicanas.

Sem detalhar demasiadamente as razões que levam à crescente avaliação negativa da classe política, é perceptível que está vencendo o prazo para que integrantes dos três Poderes - legitimados pelo voto ou, quando não eleitos, por sua postura cidadã e republicana (há, sim, bons políticos, e não são poucos, embora tenham visibilidade muito menor do que os maus) - empreendam efetivamente a reforma política possível no País. Possível, sim, mas que também atenda às aspirações dos milhões de brasileiros cansados da corrupção, dos desmandos, do estilo "só lembrar do eleitor durante a campanha", das ambições escancaradas e desligadas dos interesses maiores da Nação.

Embora não tenham o poder de legislar, os chefes de Executivo poderiam começar dando um bom exemplo: bastaria não convidar deputados, coincidentemente quase sempre os mais bem votados, para ocupar o comando de Ministérios, secretarias, agências reguladoras, empresas públicas ou de economia mista. Outro exemplo poderia vir do Congresso Nacional, onde o projeto de reforma política já dá os primeiros passos, mas numa abordagem que ainda está distante de contemplar os pontos realmente relevantes, entre os quais se incluem a mudança do sistema de voto, o financiamento das campanhas, a fidelidade partidária, etc.

Os brasileiros já dão sinais de que têm consciência de que chegou o momento de repensar o Brasil. Essa tendência se manifesta, até com certa impaciência, na reivindicação por respeito aos direitos do cidadão; nos movimentos em defesa da ética, como aconteceu recentemente com a Lei da Ficha Limpa, resultado de iniciativa popular que empurrou a decisão do Congresso; no crescente acompanhamento do desempenho dos legisladores pari passu pelos eleitores; na expansão de entidades do terceiro setor, alimentada pela perda de paciência com a omissão do Estado na solução de graves problemas nacionais; na rejeição pelas urnas, ainda que parcial, dos candidatos ficha-suja - e por aí vai. Falta agora aos representantes do povo, com o faro político que devem ter ou desenvolver, alinhar-se às aspirações do eleitorado e contribuir efetivamente para a construção do Brasil do século 21.

Em tempo: embora contrário à prática de convite a deputados para cargos do Executivo, sou de opinião de que, quando o afastamento é inevitável, deve ser convocado o primeiro da lista de suplentes do partido, e não da coligação, visto que essa opção, embora não a ideal, é a que mais se aproxima do respeito ao voto dos eleitores.

ARNALDO JABOR - Não existíamos e não sabíamos


Não existíamos e não sabíamos
ARNALDO JABOR
O GLOBO - 26/04/11

Na revista "piauí" deste mês, há um artigo seminal de Pérsio Arida, sobre sua participação juvenil na guerrilha urbana. Lá está a análise rara de um prisioneiro torturado sobre a onda revolucionária que pegou nossa geração; lá estão os humanos tremores, a dúvida, o medo, todo o irresistível delírio ideológico e psicológico que insuflou uma geração para sofrimentos e mortes depois de 1968.

A luta armada foi a consequência da fé que tínhamos antes de 1964, influenciados pela Guerra Fria, Cuba liberada, o Vietnã.

A importância que restou de tudo, como Pérsio aponta, foi justamente a "via crucis" que tivemos de viver e que, por vias tortas, acabou nos levando à democracia em 1985. Historicamente, foi bom.

O golpe militar de 1964 aconteceu porque nós não existíamos. Éramos uma ilusão. A esquerda era uma ilusão no Brasil. (Já imagino as "cerdas bravas do javali" se eriçando em alguns cangotes).

Mas, existia o quê? Existia uma revolução verbal. A ideologia "revolucionária" era um ensopadinho feito de JK, Marx, Getúlio e sonho. Existia uma ideologia que nos dava a sensação de que o "povo do Brasil marchava conosco", um "wishful thinking" de que éramos o "sal da terra".

Havia a crendice de que nossos inimigos estavam todos "fora" de nós, fora do país e das estruturas políticas arcaicas que nos corroem há 400 anos. Existia um "bacalhau português" em nosso discurso, um forte ranço ibérico em nosso aparente "rationale" franco-alemão: o amor ao abstrato, a literatura salvacionista, a busca de um "Uno" totalizante.

A população nem sabia que existíamos. Não havia base material, econômica ou armada, "condições objetivas" para qualquer revolução. Por trás de nossas utopias, o Brasil escravista e patriarcal dormia a sono solto, intocado. Éramos uma esquerda imaginária, delegando ao Estado a tarefa de fazer uma revolução contra o Estado. Até nas revoluções, precisamos do governo.

Por baixo dos sonhos juvenis, havia apenas o sindicalismo de pelegos e dependentes do presidente, que deu a grande festa de 13 de março (o comício da Central, com tochas da Petrobras e clima soviético). Eu estava lá, olhando para Thereza Goulart, linda de vestido azul e coque anos 1960, e vendo, depois, com calafrio na espinha, as velas acesas em protesto contra nós em todas as janelas da classe média "reacionária", do Flamengo até Ipanema. Essa era a verdadeira "sociedade civil" que acordava.

Hoje, acho que o único cara que sacava a zorra toda era o próprio Jango, mais brasileiro, mais sábio, entre os gritos de Darcy Ribeiro falando do "Brasil, nossa Roma tropical!". Havia uma espécie de "substituição de importações dentro da alma": a crença de que éramos "especiais" e de que podíamos prescindir do mundo real, fazendo uma mutação por vontade mágica. Só analisávamos a realidade "objetiva", quando tínhamos de estar incluídos nela, subjetivamente. Em seu artigo, Pérsio se inclui.

Mas existia o quê, então?

Existiam os outros. Os "outros" surgiram do nada. O óbvio de nossa cultura pipocou do "nada" em 1964. Fantasmas seculares reviveram. Apareceu uma classe média apavorada e burra, que sempre esteve ali. Surgiu um Exército autoritário e submisso às exigências externas. Ficamos conhecendo a ignorância do povo (que idealizávamos), descobrimos que a resistência reacionária de minhas tias era igual à dos usineiros e banqueiros. Descobrimos a violência repressiva de uma falsa "cordialidade". Descobrimos o óbvio do mundo.

Eu estava dentro da UNE pegando fogo no 1º de abril e quase morri queimado; mas senti nesse dia que a vida real começava. A sensação não foi de derrota; foi a de acordar de um sonho para um pesadelo. Um pesadelo feito de milicos grossos, burrice popular e pragmatismo de gringos do "mercado". (Foi inesquecível o surgimento de Castelo Branco, feio como um ET de boné verde na capa de "O Cruzeiro").

Em 1964, começara o calvário que nos levou a uma possível maturidade. Despertamos para a bruta mão do "money market", que precisava nos emprestar dinheiro para que o Estado pós-getulista verde-oliva avalizasse a instalação das multinacionais aqui. Ou vocês acham que iam nos emprestar US$ 100 bilhões para o Jango fazer a reforma agrária com o Francisco Julião?

Aprisionaram-nos para contrairmos a dívida como, 20 anos depois, nos libertaram para pagá-la.
Depois de 1964 e 1968, vimos que a esquerda tinha "princípios" e "fins", mas não tinha "meios".

Nossos paranoicos achavam (e muitos continuam achando) que somos vítimas de uma trama de Washington. Claro que o CIA armou coisas com direitistas daqui, mas foram apenas os parteiros do desejo material da produção.

O tempo da ditadura foi um show de materialismo histórico. Mas ibérico não gosta de ver essas coisas. E logo tapamos os olhos e nos consideramos as "vítimas", lutando pela "liberdade" formal. E não víamos que a barra pesada estava entranhada em nossas instituições políticas, assim como não havia ideal democrático algum em nossos guerrilheiros.

Nessa época, poderíamos ter descoberto que um país sem sociedade organizada morre na praia. E deveríamos ter descoberto que não adianta nada analisar os "erros" de nossa esquerda "revolucionária" como se fossem erros episódicos, veniais. A esquerda no Brasil tem de ser repensada "ab ovo", pois é impossível trancar a complexidade de nossa formação nacional num "pensamento único". Por isso, é desesperante ver gente ainda querendo restaurar ilusões perdidas.

O tempo não para e as forças produtivas do mundo continuarão agindo sobre nossa resistência colonial.

A mutação modernizadora, digital, do mundo nos obriga à democracia. Quando entenderemos que a verdadeira revolução brasileira tem de ser endógena, democrática, e que só um choque de capitalismo e de empreendedores livres pode arrasar o "bunker" corrupto, a casamata secular do Estado patrimonialista?

Pérsio não morreu e, 20 anos depois, ajudou a acabar com a inflação. Valeu...

ANNA RAMALHO - Descarrilou


Descarrilou
ANNA RAMALHO

JORNAL DO BRASIL - 26/04/11

Estava decidido que o terreno da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, abrigaria obras do PAC e do Projeto Minha casa, minha vida. Beleza. Só que, de uma hora para outra, resolveram que a TransOlímpica – corredor expresso ligando a Barra da Tijuca a Deodoro, passando sob o Maciço da Pedra Branca – vai passar no meio do terreno da Colônia.

Fora dos trilhos 


Para descarrilar ainda mais a discussão, o local abriga um Centro Histórico com um conjunto arquitetônico de prédios construídos à época da fundação da Colônia, que já foi o mais famoso manicômio do Rio e que há anos espera pelas prometidas obras de restauro. 

O que será

Uma reunião entre o Comitê Gestor da Colônia Juliano Moreira e a prefeitura do Rio, marcada para meados de maio, vai decidir o destino do local. 

Na pole


O deputado Átila Lins (PMDB-AM) desponta como favorito para ocupar a vaga de ministro do TCU, na vaga do ministro Ubiratan Aguiar, que se aposenta. A decisão será em junho. Átila disputou e perdeu, em 2001, a disputa para o próprio Ubiratan, então deputado federal pelo Ceará. 

Um porém

Lins terá que vencer outros deputados também candidatos: Sérgio Carneiro (PT-BA), Sandes Junior (PP-GO) e José Rocha (PR-BA). 

Gente da terra 


Começa hoje o 15° Festival Amazonas de Ópera. São 200 profissionais envolvidos na produção artística. A exemplo das edições anteriores, o secretário de cultura, Robério Braga, investe na mão de obra local. Este ano, 95% dos profissionais – entre cenógrafos, figurinistas e costureiras – são de Manaus e do interior.

Tempo é dinheiro

O Superior Tribunal de Justiça levou em conta, recentemente, o tempo de tramitação do caso para fixar o valor dos honorários. O STJ decidiu elevar para R$ 400 mil o montante contratual devido pela construtora Queiroz Galvão S.A. a dois advogados que representaram a empresa em uma ação contra o estado de Alagoas. 

Para tal ...


Valeram tanto o tempo de tramitação – 10 anos – quanto o valor econômico da causa, que é de mais de R$ 130 milhões.

Além da vida

Dia 7 de maio entra em cartaz pela primeira vez no Rio, a peça Tempo de viver. Idealizado e iniciado pelo ator Northon Nascimento, depois de passar por um transplante de coração, o espetáculo leva ao público informações sobre a importância da doação em seu mais amplo sentido, até chegar na doação de órgãos.

Em memória


Depois da morte de Northon, em 2007, sua mulher, Kely Nascimento, deu continuidade ao projeto. A peça atingiu o público de 100 mil pessoas em São Paulo e promete sucesso também no Rio.

Bola cheíssima

Na edição de maio da principal revista de jazz do mundo, a norte-americana DownBeat, o novo CD de Ithamara Koorax, ‘O Grande Amor’, foi o único disco a receber a cotação de 4 estrelas e meia. Para se ter uma ideia da importância e raridade da efeméride, o novo CD de Cassandra Wilson, ‘Silver Pony’, ganhou 2 estrelas e meia, enquanto ‘Quiet Nights’, de Diana Krall, ganhou 3 estrelas.

Grande amor 

A turnê ‘O Grande Amor’, que começa em julho na Europa, só chega ao Brasil em 2012. Mas Ithamara chega antes: dias 10 e 17 de maio, ela apresenta o recital Música Clássica na Voz de Ithamara Koorax, no Teatro do SESI, às 19hs, com obras de Chopin, Debussy, Ravel, Fauré, Villa-Lobos, Delza Agricola e Chiquinha Gonzaga.

Raspadinhas


Helio Borba acaba de inaugurar filial do seu restaurante Dom Helio. Agora, além da matriz no Recreio, festeja a abertura do Rancho Dom Helio, em Pedra de Guaratiba, especializado em frutos do mar. 

As joalheiras Léa e Esther Nigri, apresentam, hoje, no Bar do Copa, a nova coleção.

O Cooking Buffet assina o coquetel de lançamento da exposição Proposição, na galeria Luciana Carvallo Arte Contemporânea, também hoje, às 19h.

VINICIUS TORRES FREIRE - Gestão pública, congestão privada


Gestão pública, congestão privada 
VINICIUS TORRES FREIRE
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/04/11
DILMA ROUSSEFF vai chamar grandes empresários para uma espécie de conselho de assessoria em assuntos de racionalização administrativa do Estado. Deve reuni-los num "Fórum de Gestão", liderado por Jorge Gerdau Johannpeter.
Gerdau já é, na prática, uma das duas ou três lideranças empresariais mais influentes, tanto entre seus pares como entre gente do governo. É muito bem-sucedido, trabalha em silêncio e reluta muito em ir para o governo.
Aceitando o convite, não deve ser para perder tempo. Alguma lição de gerenciamento pode dar. Mas o grande problema do Estado não é bem de aprendizado de gestão. Falta um arranjo político e legal que permita gerenciar os assuntos públicos com mais celeridade e rigor.
O Estado é grande demais e confuso. Quem se deu ao trabalho de ler o Orçamento terá observado os milhares de programas picados, muitos sobrepostos e fruto da sedimentação de lobbies e favores de governos passados, "camadas arqueológicas", como diz Delfim Netto.
O Estado está presente demais onde não deveria (gestão direta de serviços que a empresa privada poderia tocar). Está ausente ou emperrado onde é necessário (na conexão entre pesquisa e empresa, num programa amplo e de longo prazo de desenvolvimento científico e tecnológico).
Para piorar, o governo é sugado por miríades de lobbies e ONGs; é arrendado entre cerca de 20 mil barões, baronetes e fidalgos, nomeados à vontade pela Presidência.
Isto posto, parece difícil imaginar como um "fórum de gestão" não soçobre no mar de leis confusas e loteamento político-lobístico da máquina pública. Boa sorte a todos, de qualquer modo.
Muito curioso é que governo e empresários não se ocupem de criar um fórum de melhoria do ambiente empresarial ou de desengessamento de mecanismos elementares de mercado. A elite do país parece não gostar muito do melhor do mercado, que é inovação e competição. Gosta de ajuda à grande empresa, de oligopólio, de privatização oligopolista, de subsídio, de "parceria público-privada" informal etc.
Os empresários já estão próximos do governo no Conselhão; haverá o Fórum. Mas não tratam de batalhar um comitê de desburocratização e de limpeza de barreiras a uma ágil economia de mercado.
Já é clichê observar como custa tempo e dinheiro abrir e fechar uma empresa no Brasil. Parece ninharia. Não é. Barreiras à criação de negócios e ao fechamento de empreendimentos malsucedidos são obstáculos à boa distribuição do capital ("alocação ineficiente") -esse é um grande benefício de haver economia de mercado.
De resto, temos um fisco burocrático e vampiresco. As leis tributárias são confusas -demora anos até saber quanto uma empresa deve em tributos. A Justiça é lerda e ruim. Os insumos básicos das empresas são tributados demais (de energia a crédito). Etc. Muito desses empecilhos podem ser removidos com inteligência, decisão do governo e um grupo de trabalho com prazos e metas.
Basta reunir nossos tantos doutores em gestão, em leis, em política, além de "práticos" (empresários e administradores públicos) e um grupo de parlamentares sérios (pelo menos uma dúzia se acha). E limpar o terreno. Alguém se habilita?

GOSTOSA





JOÃO PEREIRA COUTINHO - De Londres, com amor


De Londres, com amor 
JOÃO PEREIRA COUTINHO
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/04/11
LONDRES - A cidade está um brinco. Não admira. Há casamento real na sexta-feira. Ir ou não ir, eis a questão. Como agente infiltrado, entenda-se.
Mas depois leio que o casamento começa de madrugada, por volta das onze horas, e eu já não tenho vida nem idade para essas loucuras.
Além disso, os dry martinis do velhinho Dukes, meu sanatório há muitos anos, não permitem ressacas simpáticas na manhã seguinte. O mais certo era entrar na festa e apalpar a rainha. Ou a noiva. Ou, melhor ainda, a irmã da noiva.

A irmã da noiva: quem disse que Kate Middleton era a beleza da família? Não é. A beleza da família está com a irmã, diz-me Dimitris, um barbeiro grego que opera em St. James há 37 anos.
Mas, antes de falarmos da irmã, falemos de mim. "Como é que você faz a barba?" pergunta-me ele, tom inquisitorial, olhar nauseado. Explico-lhe: lâmina de baixo para cima na zona da garganta; depois, de cima para baixo no rosto.
Ele renega-me três vezes, como Pedro a Jesus Cristo, e depois acrescenta, firme e ameaçador: "É sempre de cima para baixo, para acompanhar o crescimento natural da barba!"
Registro, grato e trêmulo. Então ele coloca-me uma toalha quente e umedecida sobre a cara, vai preparando a espuma e fala da irmã de Kate. "Chama-se Pippa", diz-me ele, "e agora era o momento ideal".
Removo a toalha do rosto e pergunto, intrigado: "Ideal para quê?"
"Para atacar", diz-me ele, com a lâmina na mão. "Imagine só: a irmã casa com o herdeiro do trono, e ela, a mais bonita, fica para tia? Isso dá cabo de uma mulher, rapaz."
Bem pensado, Dimitris. Talvez eu vá mesmo ao casamento, se acordar a tempo. Ou se você não me degolar primeiro.

Kate casa com o herdeiro do trono britânico. Mas nem sempre as coisas foram róseas.
O casal, dizem os jornais, teve duas brigas feias no passado. E eu, tomado por uma experiência digna de Proust, lembro-me bem da primeira delas. Minto: lembro-me de um cartum a respeito na revista "The Spectator".
Vemos uma Kate, chorosa, nos braços de uma amiga (ou seria a irmã?); e a amiga, com verdadeira compaixão, consola-a com as seguintes palavras: "Sim, ele pode ser jovem, lindo, obscenamente rico e o herdeiro do trono. Mas você consegue melhor que isso!"
Eis o humor britânico: uma inaudita mistura de crueldade e nonsense que podemos encontrar nos melhores. Em Jonathan Swift, Oscar Wilde, P.G. Wodehouse; e, claro, nos Waugh -pai e filho.
Do pai Evelyn falarei um dia. Do filho Auberon falarei já na próxima semana, até porque há livro novo aqui -uma antologia das suas crônicas que pretende "resumir" o essencial do seu "pensamento".
Duvido que a mente deliciosamente anárquica de Auberon possa ser "resumida". Mas uma coisa eu sei: dez anos depois da morte, o colunista que praticamente me ensinou a ler (e a escrever) continua a fazer uma falta desgraçada na imprensa desgraçada desse país.
Ele era ácido, elegante, obscenamente surreal e o herdeiro do trono literário do pai. Não é possível encontrar melhor que isso.

Sejamos honestos: William é um bom partido para Kate; mas Kate é um excelente partido para William -e para a Família Real.
Desde a morte de Diana Spencer que o problema dos Windsor é o mesmo: como reconquistar a lealdade dos súditos num mundo crescentemente igualitário?
Anos atrás, um jornalista que admiro (George Walden) escrevia um livro com a resposta. Intitula-se "The New Elites", e Walden defende que as "novas elites" (da televisão, do cinema, da música, da política) já não procuram "distinguir-se" das massas; procuram, pelo contrário, imitá-las nos comportamentos, na linguagem e até no vestuário.
Na década de 50, Humphrey Bogart vestia-se como um "gentleman". Nos dias de hoje, Johnny Depp ou Brad Pitt não se distinguem dos adolescentes que assistem aos seus filmes.
Hollywood é um negócio. A Família Real, de certa forma, também. E, para manter o negócio a funcionar, nada melhor que uma bela transfusão de sangue plebeu para contentar os corações plebeus dos ingleses.
Os espanhóis já o fizeram com a jornalista-que-virou-princesa Letizia Ortiz. O mesmo aconteceu com Victoria da Suécia e o seu ex-personal trainer, convertido em duque.
Faltava só os ingleses. "The show must go on."

MÔNICA BERGAMO - BOTANDO BANCA


BOTANDO BANCA
MÔNICA BERGAMO
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/04/11

Fernanda Tavares foi fotografada seminua em área industrial para figurar na capa da revista "Status", que volta às bancas nesta semana, após 24 anos sem circular; na entrevista, Tavares diz que nunca, em 31 anos, bebeu nem fumou e que a contenção a leva a perguntar: "Serei mesmo eu uma modelo?".

LUXO ACIMA DA MÉDIA

O mercado de luxo no Brasil deve crescer 18% no ano, bem mais do que os cerca de 4% previstos para a economia nacional. A projeção está em estudo da Associação Brasileira das Empresas de Luxo com a consultoria MCF, que entrevistou 26 investidores do setor, nacionais e estrangeiros. O trabalho completo será divulgado em maio.

DUAS MOEDAS
Lula confirmou para o dia 4 de maio palestra que dará para convidados do Bank of America, na Casa Fasano, cobrando cachê de R$ 200 mil. Amanhã, ele fala de graça na Confederação Nacional dos Metalúrgicos.

CARA E COROA

O PMDB é considerado o partido mais fisiológico e, ao mesmo tempo, o mais importante para a governabilidade do país, aponta pesquisa encomendada à Fundação Ulysses Guimarães pela própria sigla para consumo interno. O levantamento mostra o vice-presidente, Michel Temer, e o governador Sérgio Cabral como principais lideranças da legenda. Foram ouvidos os 99 parlamentares peemedebistas, 60 jornalistas e 60 especialistas em diferentes áreas.

ESCALA
O presidente do partido, Valdir Raupp, diz que "pela primeira vez desde Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, o PMDB tem dois quadros que podem disputar a Presidência". Ainda Raupp: "A voracidade do PT por cargos dá de 10 a 0 na do PMDB".

CADEIRA VAZIA
Anunciados por João Doria Jr. como estrelas do encontro de empresários que ele organiza há dez anos na Bahia, Abilio Diniz, do Pão de Açúcar, e o bilionário Eike Batista não deram as caras. Abilio, que viajou para o exterior, não tinha sequer confirmado presença. Eike desistiu de ir quando soube que a presidente Dilma Rousseff, outra celebridade anunciada por Doria, na verdade não apareceria por lá.

ANTECEDENTE

Em 2007, Doria chegou a anunciar a presença de sete ministros em seu evento (Paulo Bernardo, Fernando Haddad, Guido Mantega, Tarso Genro, Helio Costa, Geddel Vieira Lima e Walfrido dos Mares Guia). Só um deles -Geddel -apareceu.

CONSELHO TENSO

Os integrantes do Conselhão, que reúne empresários e representantes de vários setores, se reúne hoje com a expectativa de que enfim Dilma Rousseff defina se ele permanece sob a coordenação da Secretaria de Relações Institucionais ou se migra para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, de Moreira Franco.

CONSELHO TENSO 2
Quarenta membros do Conselhão entregaram manifesto a Dilma Rousseff rejeitando a ideia de serem coordenados por Moreira Franco. Já ele dava ontem a mudança como certa.

QUEM É A ESTRELA?
A lista de exigências do fotógrafo Mario Testino para a veiculação das fotos que fez de Kate Moss no Brasil para a próxima edição da "Vogue" nacional conta com 14 tópicos. O peruano exige que as fotografias só sejam publicadas, por exemplo, em reportagens favoráveis a ele.

CONFISSÕES DE LOBATO
A revista "Bravo!" publica em maio cartas inéditas do escritor Monteiro Lobato. "Um dia se fará justiça ao Ku Klux Klan; tivéssemos uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos livres da peste da imprensa carioca -mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva", escreveu em 1938 o escritor, censurado pelo governo por racismo.

MARIA DO TABLADO
Lilia Cabral subiu ao palco do Teatro dos Quatro, no Rio, em pleno feriado, para encenar "Maria do Caritó". E recebeu no camarim a atriz Bárbara Paz e a diretora Tizuka Yamasaki. A peça, com Leopoldo Pacheco e Fernando Neves no elenco, entre outros, se encerra no dia 1º -depois, Lilia fará a próxima novela de Aguinaldo Silva, por enquanto chamada de "Fina Estampa".

CURTO-CIRCUITO


O selo Tordesilhas, que editará a obra de Glauco Mattoso, será lançado às 20h, na Biblioteca Mário de Andrade.

O filme "Sonho Bollywoodiano" tem pré-estreia para convidados, hoje, às 21h30, no Espaço Unibanco.

Fabrício Carpinejar dá palestra na quinta no Fliv (Festival Literário de Votuporanga), que acontece até 1º de maio.

O Jota Quest inicia turnê de comemoração dos 15 anos da banda na quinta, com uma festa para convidados no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.

A revista britânica "Lawyer Monthly" concedeu ao advogado Antonio Sério Altieri de Moraes Pitombo o prêmio de Leading Lawyer 50.

O Hospital Infantil Sabará fará em maio e junho encontros com especialistas em educação e comportamento.

com DIÓGENES CAMPANHA, LÍGIA MESQUITA, THAIS BILENKY e CHICO FELITTI

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


IPOs adiados pelas incertezas devem deslanchar no segundo semestre
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 26/04/11

Com as incertezas globais e a Bolsa com fraco desempenho, as operações de abertura de capital no primeiro trimestre deste ano foram menos animadoras do que muitos no mercado esperavam.
Fusões e aquisições demonstraram, em comparação, desempenho robusto.
Diante das incertezas, algumas empresas adiaram seus IPOs (Ofertas Públicas Iniciais, na sigla em inglês) para os próximos meses ou os suspenderam.
Advogados e executivos de bancos afirmam que esperam um segundo semestre mais aquecido.
"Trabalhamos em 13 operações para serem concluídas até julho ou no segundo semestre", diz Rodrigo Junqueira, sócio do Lefosse. O escritório afirma avaliar ainda 15 outras operações com expectativa de fechamento até o final deste ano.
Das 12 ofertas registradas na CVM no período, o Lefosse participou de seis. As operações envolvem IPOs e emissões consecutivas.
"Os projetos variam de R$ 500 milhões a R$ 1,5 bilhão, na maioria dos casos, mas há ofertas que ultrapassam os R$ 5 bilhões", afirma Junqueira.
Os escritórios Mattos Filho e Barbosa, Müssnich & Aragão fecharam quatro operações cada um no primeiro trimestre deste ano.
"Assessoramos um grande número de empresas que estão finalizando o "dever de casa" para poderem ir a mercado", diz Jean Marcel Arakawa, sócio do Mattos Filho.
No Barbosa, Müssnich & Aragão, as operações do escritório no período somaram R$ 6,3 bilhões. "O segundo trimestre começou com novas operações e estamos preparando as equipes para um segundo semestre de bastante trabalho", diz Camila Goldberg, sócia do escritório.
Em contrapartida, as operações de fusões e aquisições, menos sensíveis à alta dos preços do petróleo e à instabilidade externa, avançaram no período.
O escritório Mattos Filho já assessorou 18 operações de fusões e aquisições concluídas neste ano e tem outras 120 em andamento.

Cresce deficit da balança comercial de máquinasA ameaça chinesa avança sobre o setor de máquinas pesadas, segundo empresários da indústria. No primeiro trimestre, a balança comercial de bens de capital sob encomenda teve saldo negativo de US$ 349,4 milhões.
O número mais que dobra perante o deficit de US$ 125,1 milhões de igual período de 2010, segundo a Abdib.
As importações, que somaram US$ 1,45 bilhão, com alta de 51% ante igual período do ano passado, cresceram com maior velocidade que as exportações.
Crescimento da economia brasileira e de investimentos em infraestrutura resultam em volume maior de compras, segundo a Abdib.
"O problema, do setor de bens de capital sob encomenda e do de bens de capital seriados, é competitividade. A China, um dos principais concorrentes, montou capacidade de produção muito grande. Eles têm escala enorme", diz Paulo Godoy, presidente da entidade.
Com alta de 32%, as vendas ao exterior somaram US$ 1,11 bilhão no período.
"Durante a missão do governo brasileiro à China, abordamos o desafio de agregar valor à pauta de exportação. O setor de bens de capital sob encomenda tem potencial", diz Godoy.

SINISTRO COLETIVO
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a um grupo de empresas, integrantes de apólice coletiva composta por cerca de 60 segurados, uma liminar que impede que a seguradora Allianz Saúde aplique aumento de cerca de 75% no valor do custo de seus planos de saúde.
A determinação é que o aumento ocorra com base no índice oficial da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) de aproximadamente 6%. Cabe recurso.
A seguradora justificava o aumento pelo elevado índice de sinistralidade do grupo de segurados.
A Allianz Saúde afirma que "é comum uma seguradora firmar contrato com outras empresas incluindo cláusula de repasse da sinistralidade".
Segundo a empresa, raramente questões do tipo tiveram como consequência ações judiciais, já que são permitidas negociações.
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar estabelece que só os planos individuais ou familiares estão sujeitos ao índice anualmente por ela autorizado", segundo a companhia.
"Para os contratos coletivos, valem as regras acordadas em contrato", informa a Allianz Saúde, que atua no segmento de coletivos.

Taça... 
A comercialização de vinhos brasileiros cresceu 5% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2010. Os dados são do Ibravin e consideram a produção do Estado do Rio Grande do Sul, responsável por 90%.

...cheia 
O destaque foi a venda dos vinhos finos tintos, que subiu 15,6% e bateu recorde. O volume de 1,88 milhão de litros é o maior da história para um primeiro trimestre, superando o recorde de 2007.

Borbulhas 
As vendas de espumantes, porém, recuaram 4,1%. "Muitas empresas terminaram 2010 sem estoques. A lenta reposição não foi suficiente para atender a demanda", diz Júlio Fante, presidente do instituto.

PREVIDÊNCIA PRIVADA
O advogado Pierre Moreau, sócio do Moreau & Balera Advogados e da Casa do Saber, lança nesta quinta-feira o livro "Responsabilidade Jurídica na Previdência Complementar" (editora Quartier Latin, com 264 páginas).
O autor trata e analisa em profundidade a responsabilidade jurídica dos gestores dos recursos garantidores das entidades de previdência complementar. O lançamento será na Livraria da Vila, no Itaim, em São Paulo.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ