O GLOBO - 29/09
Ainda muito atrasado em relação ao PT no uso das novas tecnologias de comunicação, o PSDB tem em Fernando Henrique Cardoso, seu presidente de honra, um entusiasta das novas redes sociais como instrumento político. Amigo do sociólogo Manuel Castells, talvez o maior especialista em novas mídias, o ex-presidente critica os partidos políticos que "se acomodaram às práticas, desdenham da relação direta com as comunidades", sem se darem conta de que estamos assistindo aos primórdios da fusão entre a "opinião pública" e a "opinião nacional"
Para Fernando Henrique, será preciso reinventar a democracia contemporânea, "tornando- a transparente e responsável". "Os movimentos espontâneos, interconectando milhares e mesmo milhões de pessoas pela internet, são capazes de desencadear rebeliões que derrubam governos", tem advertido o ex-presidente, exortando seu partido a modernizar sua atuação política com o uso intensivo das novas mídias.
O novo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, começa a enveredar por esse campo, e toda a sua propaganda partidária, coordenada pelo marqueteiro Renato Pereira, está vinculada a um site (conversacombrasileiros.com.br).
O uso dos novos meios de comunicação com o cidadão já levou Aécio a realizar este mês uma conversa com cinco eleitores através do hangout do Google, do qual participaram 168 mil pessoas.
A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio e outros, como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.
Para tentar contrabalançar, a criação de canais próprios de comunicação com a população é a saída.
Também na sua comunicação interna, para a unificação da linguagem, o PSDB está se utilizando de um Portal Social lançado recentemente.
Com ele, pretende organizar uma rede de informação e debate em torno dos desafios da área social. Aécio diz que, com práticas inovadoras, agentes públicos vão poder marcar horário on-line para tirar dúvidas, agendar visitas e, com isso, valorizar aquela que talvez seja a mais valiosa matéria-prima de uma administração: o tempo.
Os primeiros meses de uma administração são muitas vezes perdidos por falta de informação, de experiência. Ao ter acesso a experiências alheias, ao conhecer soluções já construídas, o gestor ganha tempo e a população ganha resultados.
Com a vantagem de que as experiências de administrações tucanas em vários pontos do país podem ser conhecidas também pelo eleitor.
Essas iniciativas se enquadram dentro de uma estratégia mais geral de Aécio, potencial candidato do PSDB à Presidência: enfrentar diretamente três temas que têm centralizado as disputas com o PT nos últimos anos, colocando o partido na defensiva: O PSDB é o partido da privatização; FH foi o presidente dos ricos; o PSDB não gosta dos pobres, não tem projeto social.
Meu objetivo é tirar os esqueletos do armário, diz Aécio, "trazer para a luz do dia temas que, por ficarem na sombra, acabam por fortalecer a demagogia do PT". No discurso, o PT dissemina a ideia de que tem o monopólio do compromisso social com os brasileiros, mas não tem, rebate Aécio. "O PSDB tem experiências inovadoras e bem sucedidas a oferecer aos brasileiros. Provoquei, em diversas situações, o debate em torno da origem dos programas de transferência de renda no país não com um objetivo saudosista de discutir o passado, mas como forma de reviver, para muitas pessoas a nossa legitimidade nesse debate".
Para chegar ao que realmente interessa, o debate do futuro, o tucano diz que é preciso provocar o debate em torno desses três temas e assim "esvaziar a capacidade do PT de manipulá-los". Alterando a maneira de encarar as questões polêmicas, o PSDB na campanha de Aécio pretende "relembrar a importância do governo FH para o Brasil; explicar o que foram as privatizações feitas por nós e as que estão sendo feitas por eles e mostrar as diferenças que temos na compreensão de como devemos enfrentar o desafio social no país: eles apostam na tutela. Nós, na superação".
Para tanto, os novos meios de comunicação, sobretudo as redes sociais, terão papel fundamental.
Para Fernando Henrique, será preciso reinventar a democracia contemporânea, "tornando- a transparente e responsável". "Os movimentos espontâneos, interconectando milhares e mesmo milhões de pessoas pela internet, são capazes de desencadear rebeliões que derrubam governos", tem advertido o ex-presidente, exortando seu partido a modernizar sua atuação política com o uso intensivo das novas mídias.
O novo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, começa a enveredar por esse campo, e toda a sua propaganda partidária, coordenada pelo marqueteiro Renato Pereira, está vinculada a um site (conversacombrasileiros.com.br).
O uso dos novos meios de comunicação com o cidadão já levou Aécio a realizar este mês uma conversa com cinco eleitores através do hangout do Google, do qual participaram 168 mil pessoas.
A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio e outros, como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.
Para tentar contrabalançar, a criação de canais próprios de comunicação com a população é a saída.
Também na sua comunicação interna, para a unificação da linguagem, o PSDB está se utilizando de um Portal Social lançado recentemente.
Com ele, pretende organizar uma rede de informação e debate em torno dos desafios da área social. Aécio diz que, com práticas inovadoras, agentes públicos vão poder marcar horário on-line para tirar dúvidas, agendar visitas e, com isso, valorizar aquela que talvez seja a mais valiosa matéria-prima de uma administração: o tempo.
Os primeiros meses de uma administração são muitas vezes perdidos por falta de informação, de experiência. Ao ter acesso a experiências alheias, ao conhecer soluções já construídas, o gestor ganha tempo e a população ganha resultados.
Com a vantagem de que as experiências de administrações tucanas em vários pontos do país podem ser conhecidas também pelo eleitor.
Essas iniciativas se enquadram dentro de uma estratégia mais geral de Aécio, potencial candidato do PSDB à Presidência: enfrentar diretamente três temas que têm centralizado as disputas com o PT nos últimos anos, colocando o partido na defensiva: O PSDB é o partido da privatização; FH foi o presidente dos ricos; o PSDB não gosta dos pobres, não tem projeto social.
Meu objetivo é tirar os esqueletos do armário, diz Aécio, "trazer para a luz do dia temas que, por ficarem na sombra, acabam por fortalecer a demagogia do PT". No discurso, o PT dissemina a ideia de que tem o monopólio do compromisso social com os brasileiros, mas não tem, rebate Aécio. "O PSDB tem experiências inovadoras e bem sucedidas a oferecer aos brasileiros. Provoquei, em diversas situações, o debate em torno da origem dos programas de transferência de renda no país não com um objetivo saudosista de discutir o passado, mas como forma de reviver, para muitas pessoas a nossa legitimidade nesse debate".
Para chegar ao que realmente interessa, o debate do futuro, o tucano diz que é preciso provocar o debate em torno desses três temas e assim "esvaziar a capacidade do PT de manipulá-los". Alterando a maneira de encarar as questões polêmicas, o PSDB na campanha de Aécio pretende "relembrar a importância do governo FH para o Brasil; explicar o que foram as privatizações feitas por nós e as que estão sendo feitas por eles e mostrar as diferenças que temos na compreensão de como devemos enfrentar o desafio social no país: eles apostam na tutela. Nós, na superação".
Para tanto, os novos meios de comunicação, sobretudo as redes sociais, terão papel fundamental.
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