FOLHA DE SP - 29/09
Exportação de bala cai 10,4% no 1º semestre
As exportações brasileiras de balas diminuíram 10,4% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2012, segundo dados da Abicab (associação dos fabricantes do setor).
Nos primeiros seis meses do ano passado, as vendas para outros países já haviam registrado queda de 8%.
"São vários fatores que dificultam [os embarques]", diz Osmar Chaves, vice-presidente da entidade.
"Tem o custo Brasil, a Argentina dificulta a entrada das mercadorias e não há data para isso melhorar, o câmbio oscila demais e até os conflitos no Oriente Médio atrapalham", acrescenta.
A logística, no entanto, é apontada como um dos principais entraves. "Quando vendemos para fora, aparece a incapacidade para escolar. O navio sempre fica esperando para atracar."
Do total fabricado no país no primeiro semestre, 13,4% foi exportado. Em 2012, foram 14,6%.
A produção de balas também se retraiu nos primeiros seis meses. Passou de 281,6 mil toneladas para 275,7 mil --declínio de 2,1%.
"O setor está em queda há três anos. Se fecharmos 2012 sem retração ou com um crescimento de 1%, já será bom."
De julho para agosto, houve um incremento de 3,5% na produção. O acumulado dos oito primeiros meses deve ter alta de 0,6%.
"Os últimos dois bimestres mostraram uma recuperação. É também um resultado dos R$ 600 milhões investidos pela indústria em 2012."
Vendas de seguros de pessoas crescem 19% em julho
O mercado de seguro de pessoas, que engloba o de vida, o prestamista e o educacional, entre outros produtos, movimentou R$ 2,1 bilhões em julho --alta de 18,96% em relação ao registrado no mesmo mês de 2012.
Números da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) mostram que o educacional foi o que registrou a maior expansão: 106,74%.
"Esse seguro ainda tem uma base muito pequena. Em julho, o prêmio emitido [valor que os compradores pagam] foi de R$ 4 milhões", afirma o presidente da entidade, Osvaldo Nascimento.
"Mas é um modelo de seguro que cresce na medida que o desenvolvimento econômico e social se eleva."
O de vida teve alta de 14,69%, enquanto o prestamista avançou 31,65%.
"Os seguros de pessoas vendem quando há estabilidade de emprego. Acoplado a isso, temos a ascensão das classes D e E."
Ainda no mês de julho, o mercado segurador pagou R$ 567,3 milhões em indenizações, o que significou uma expansão de 7,95%.
MODA NACIONAL
A grife de moda feminina Thelure planeja abrir 25 lojas nos próximos cinco anos, dez até 2015. Para isso, investe em consultorias e busca um novo investidor que aporte R$ 25 milhões para agilizar a expansão.
"Uma possibilidade é a entrada de um fundo, de preferência, com experiência em varejo que agregue à gestão", diz Luciana Faria, que é neta de Aloysio Faria, ex-dono do Banco Real.
"Não engessamos o percentual [da venda], mas a ideia é ficar no negócio."
Só neste segundo semestre, da agenda de inaugurações constam três lojas próprias (duas em São Paulo e uma em Goiânia), além de três licenciadas (em Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis). Em fevereiro, abrirão franquias em Brasília e Belo Horizonte, quando a marca totalizará seis unidades licenciadas e seis próprias.
O maior crescimento veio de vendas em multimarcas pelo país. Hoje já estão em 150 delas. Neste ano, o faturamento será de cerca de R$ 15 milhões.
"Trazemos peças básicas da China. Dá dó", diz Stella Jacintho. "Queria fazer tudo no Brasil, mas a diferença de preço é muito grande. Preciso entregar produtos com preço justo, apesar de ter cliente de classe A."
SEM QUALQUER COBERTURA
A maioria dos riscos paras as empresas dos setores farmacêutico, eólico, têxtil e de bens de consumo não são seguráveis, de acordo com pesquisa da corretora Marsh com 800 companhias.
O levantamento mostra que apenas 30% desses riscos de operação têm algum tipo de cobertura.
"Há vários fatores para as seguradoras não oferecerem produtos", diz Roberto Zegarra, da Marsh.
"Em alguns casos, não há nenhum estudo ou histórico sobre a probabilidade de o evento ocorrer. Isso impede que sejam feitos os cálculos necessários para vender o seguro. Outras vezes, não é lucrativo para as seguradoras", acrescenta.
Entre os riscos sem proteção aparecem os de contaminação dos produtos no setor farmacêutico e o de contaminação do ambiente na indústria têxtil.
AGENDA EXPRESS
A Bradesco Saúde lançou um site para agilizar o agendamento de consultas e evitar que os segurados busquem os pronto-socorros.
"É comum as pessoas procurarem os atendimentos de urgência só pela praticidade", diz Marcio Coriolano, presidente da empresa.
Via web, o usuário pode ter acesso à agenda do médico e marcar uma consulta no mesmo dia ou em até 24 horas.
RESTAURANTE EM SÉRIE
O grupo Trigo, detentor das redes de alimentação Spoleto, Domino's Pizza e Koni Store, planeja ter mil unidades no país até 2017 --hoje são 419.
Para alcançar a meta, a companhia focará nos atuais franqueados. Serão oferecidos cursos para eles aprenderem a administrar um número maior de lojas.
"Nós já temos uma relação de confiança com eles, que estão alinhados com nossas práticas. É natural crescermos juntos", afirma o presidente do grupo, Mario Chady.
"Existe uma diferença entre o franqueador com uma ou duas lojas do que tem dez. Esses têm de se preocupar em capacitar pessoal para gerenciar as próximas unidades", acrescenta.
Os cursos estão sendo formatados e devem ser iniciados no próximo ano.
Para 2014, também está previsa a inauguração de cerca de 150 restaurantes. "Ainda temos muitas oportunidades no Sul, no Norte e no Nordeste", diz Antonio Leite, diretor de franquias.
Em cidades com menos de 100 mil habitantes, devem ser implementadas as lojas que compartilham mais de uma marca. "Elas têm um custo fixo menor e uma completa a oferta da outra", acrescenta Leite.
R$ 186 milhões
foi o faturamento do grupo no ano passado
R$ 665 milhões
foram movimentados por todas as redes da companhia
R$ 250 milhões
é o faturamento esperado só para o grupo neste ano
419
é o atual número de restaurantes das três marcas
Novo lar A irlandesa Brandtone, que utiliza celulares para fazer ações de marketing, inaugurou escritório em São Paulo. Especializada em emergentes, opera também na África do Sul, Rússia e Turquia.
Expansão A rede de escolas de idiomas Yes! abrirá 32 franquias até dezembro e fechará 2013 com 50 inaugurações.
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