“Não há dúvida da existência da compra de votos”
Ministro Joaquim Barbosa (STF) sacramentando existência do mensalão
PP TINHA MENSALEIROS DE OURO, PRATA E BRONZE
Integrante da base de apoio ao governo Lula, o Partido Progressista (PP) também se enrolou no mensalão, tanto assim que o ex-líder Pedro Henry (MT) e o ex-dirigente Pedro Corrêa (PE) são réus no “núcleo político” do esquema. A organização do propinoduto no PP, segundo ex-dirigente partidário, dividia os beneficiários nas categorias Ouro, Prata e Bronze, determinando o nível do pagamento do suborno.
CHEQUE EM BRANCO
Na categoria Ouro, dirigentes e figurões do PP recebiam todos os meses ou quando solicitavam valores do mensalão, sempre elevados.
LIMITE ELEVADO
Os parlamentares da categoria Prata, na bancada do PP, embolsavam do mensalão valores sempre altos, mas limitados a R$ 100 mil.
BAIXO CLERO
Na categoria Bronze estavam políticos de menor expressão, do “baixo clero” do PP, e os valores mensais nunca ultrapassavam os R$ 30 mil.
CAIXA PRETA
O antigo dirigente partidário disse à coluna, inclusive, que o verdadeiro mensalão do governo Lula jamais foi investigado seriamente.
PRESIDENTE DO IPHAN ARMOU E SE DEU BEM: PARIS
Luiz Fernando Almeida, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan), que sonha viver em Paris, já tem uma filha morando lá há dois meses. Ele luta para ser representante do Brasil na Unesco, órgão das Nações Unidas para educação e cultura, com sede... em Paris, por isso a nomeação da ministra Marta Suplicy (Cultura) foi um alento para seus planos. Ele até já tem substituta praticamente definida.
MÃO QUE LAVA OUTRA
A substituta de Luiz Almeida no Iphan, funcionária da Unesco, é simpática à Quadra 901, xodó da especulação imobiliária em Brasília.
A GANÂNCIA VENCEU
O ex-chefe do Iphan-DF, Alfredo Gastal, queria ocupação controlada na Quadra 901. Com sua saída, gabarito deve pular de 3 para 12 andares.
O CORAÇÃO PIFOU
Réu do mensalão, o ex-deputado José Genoino (PT) se submete hoje a cateterismo, no Incor-SP, na exata semana do seu julgamento no STF.
PREVARICAR, NÃO
Chefiando um órgão que transforma até cartas anônimas em inquéritos, Roberto Gurgel minimizou as acusações de Marcos Valério à Veja. Seus subordinados o ironizam, na PGR: depois do “engavetador-geral” de era tucana, Gurgel corre o risco de virar “prevaricador-geral”.
MONITORAMENTO
Quando soube que o ministro Dias Toffoli pode alegar suspeição e não opinar no julgamento do ex-chefe e amigo José Dirceu, Lula enviou emissários a Brasília para tentar convencê-lo a votar.
EU SOU A LEI
Ao arrepio da lei de licitações, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, é acusado de ignorar a área jurídica da Valec, estatal de ferrovias, ao lançar um edital para compra de trilhos que proíbe a participação de empresas nacionais e até consórcios.
CACÓFATO
Em São Paulo, candidato a vereador pelo PPL, do velho MR-8, aposta na baixaria subliminar. “São Paulo está na UTI e a boneca sabe”, diz. Qualquer referência a Kassab não é mera coincidência.
PELUSO PARA MINISTRO
No debate sobre aposentadoria aos 70 anos, o presidenciável e senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez um elogio revelador de suas intenções: “Ainda bem que no Executivo não tem ‘expulsória’; e que grande ministro da Justiça daria o ministro aposentado Cezar Peluso...”
SEGREDO DE ESTADO
Condenado por lavagem de dinheiro no esquema do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), além de renunciar à Prefeitura de Osasco, protegeu sua conta no Twitter: só autorizados podem segui-lo.
CANJA
Muito elucidativo: no intervalo do julgamento do mensalão, a TV Justiça exibiu arquivo da decisão do Supremo proibindo as brigas de galo, o esporte favorito de um dos réus, o publicitário Duda Mendonça.
CHUMBO GROSSO
O governo do Distrito Federal espera uma verdadeira guerra judicial com as empresas de transporte público agora, com realização de licitação para substituir a frota de ônibus ordinária que roda na capital.
PERGUNTA NO TRIBUNAL
Se o “Zé” (Dirceu) tivesse desobedecido ao “sai daí” de Roberto Jefferson, haveria julgamento do mensalão no Supremo?
PODER SEM PUDOR
DESPACHO ON THE ROCKS
O governador mineiro Hélio Garcia era famoso por não despachar com secretários. Houve quem jamais se reunisse a sós com ele. O titular da importante pasta de Obras, Maurício Pádua, levou três meses tentando agendar um despacho. Na hora marcada, chegou ao Palácio das Mangabeiras, residência oficial, e Garcia observou lá de cima que ele carregava grande volume de pastas. Orientou o ajudante de ordens:
- Eu não chamei o Maurício aqui para despachar, sô, mas para tomar uns uísques. Leve aquelas pastas de volta ao carro dele!
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