‘O carnaval é uma festa pagã: só pagando mesmo pra comer aquelas mulheres maravilhosas que saem nas escolas de samba’
Todos os meus 17 leitores e meio (não esqueçam do anão) sabem que aqui em casa, durante o carnaval, eu e a Isaura, a minha patroa, seguimos a Lei de Muricy (Ramalho): cada um cuida de si. Eu vou cair na folia e a Isaura, como já é tradicional, aproveita o Tríduo Momesco para fazer um retiro de fundo espiritual com um pessoal que ela conheceu num clube de swing.
Desde os tempos de Oscar Niemeyer, o carnaval é uma festa pagã: só pagando mesmo pra comer aquelas mulheres maravilhosas que saem nas escolas de samba. No carnaval vale tudo! O carnaval é uma espécie de MMA com penetração. O carnaval é epopeia orgásmica da luxúria, da lascívia e da bandalheira. São três dias de fodia, que dizer, de folia e brincadeira, onde vale tudo, ninguém é de ninguém e o país todo se transforma num grande Congresso Nacional!
Se a cerimônia do Oscar é a Marquês de Sapucaí dos americanos, a nossa Marquês de Sapucaí é a Marquês de Sapucaí mesmo. E hoje à noite, é claro, estarei marcando presença no animado Camarote da Brahma, onde pretendo bater algumas carteiras das celebridades VIP (Very Impotent People) e comer umas Devassas.
Porém, antes de encarar a boca livre dos camarotes, faço questão de sair em muitos blocos, emporcalhando vários pontos do Rio de Janeiro. Por conta da minha famosa incontinência urinária, vou fazer xixi no tradicional bloco Cacique Mijamos, no Cordão das Bolas Pretas, além, é claro, da Banda de Xixipanema, do Uremia é Quase Amor, do Sujaço do Cristo e do bloco Me Urina que Eu Sou Cineasta.
PLANTÃO DE CARNAVAL COM Dr JacintHo Leite Aquino Rêgo, MD
Dr. Jacintho Leite Aquino Rêgo, sou sua fã e faço questão de ler a sua coluna aos domingos todos os dias. O meu pobrema é que sou madrinha de bateria e todo ano exibo generosamente o meu pavilhão reto-furicular na Sapucaí.
No entanto, para minha decepção, no ano passado alguns jurados me deram notas baixas e a minha região lombo-lortal caiu para o Grupo de Acesso. O que devo de fazer?
Prezada Rainha da Bateria, os traumas psicoproctológicos podem trazer dolorosas sequelas que podem durar muitos anos. Com trocadilho, por favor. É difícil fazer um diagnóstico preciso sem realizar, in loco, um exame mais acurado da sua região lombo-lortal. Mas já que o seu Viradouro caiu, é hora de levantar a moral da região reto-furicular. Neste caso, o que tem dado certo com os meus pacientes é realizar uma cirurgia plástica reparadora. Só assim vão voltar a reparar na sua comissão de frente, que dizer, de fundos. E, se você caiu mesmo pro Grupo de Acesso, preste muita atenção ao grupo que tem acesso à sua região lombo-lortal posterior.
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