domingo, janeiro 27, 2013

Aposentado trabalha - ANCELMO GOIS


O GLOBO - 27/01


No Brasil, como as pessoas se aposentam muito cedo, especialmente por tempo de contribuição, os homens passam, em média, 7,3 anos trabalhando, e as mulheres, 5,4 anos, depois de aposentados. A conta é da pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea. “Em todo o mundo”, diz ela, “os regimes previdenciários têm por objetivo repor a renda daqueles que perderam a capacidade laborativa, seja por idade avançada ou por invalidez”. 
O Brasil é diferente.

De braços dados
Sexta, num hotel em São Paulo, ficou acertado que Lula será o coordenador-geral da campanha de Dilma à reeleição.

Bye, bye, Brasil
Envolvido numa série de escândalos, Gilberto Miranda disse a um amigo que pretende se mudar para Londres. Segundo o ex-senador, está muito difícil fazer “negócios” no Brasil. Ah, bom!

Rádio Corredor
O Banco do Brasil estaria negociando a compra de 49% do Brasil Plural, o banco de investimento. A conferir.

‘Annie’ no Brasil
Miguel Falabella vai a Nova York assistir ao musical “Annie”,um dos maiores sucessos da atual temporada da Broadway. É que ele será responsável pela tradução e direção da versão brasileira do espetáculo, que estreia este ano.

Privatização da TAP
O governo português prepara um novo edital de privatização da TAP. O empresário Germán Efromovich deve participar novamente. Fala-se ainda de um fundo do Catar. 

O DOMINGO É DE...
... Glória Menezes, a querida e talentosa atriz, 78 anos, prova viva de que beleza não tem idade. Na foto acima, ela posa na pele de Violeta, do seriado “Louco por elas”, da TV Globo. É que a personagem vai se vestir de governanta para sustentar a invenção de que sua família é rica. O capítulo vai ao ar dia 5 agora. Aliás, somos loucos por Glória Menezes, um capítulo à parte da história da nossa TV

Carnaval do mensalão
A Banda da Barra, no Rio, traz, este ano, um samba de Castilho e Fabinho. Um trecho: “Dirceu que levou o meu dinheiro/pro estrangeiro!/Valeu, Joaquim, acabou com essa farra!/Tá na hora de mudar/quem mama na teta da Pátria Mãe Gentil/vai pra longe do Brasil.”

Monarco em livro
Monarco, o querido baluarte da Portela, já passou alguns dias na cadeia. A história está no “Livro da Família Diniz”, escrito pelo produtor musical e jornalista Marcos Salles.

Reage, Mangueira!
A Mangueira, apesar das dificuldades para produzir seu carnaval, ainda é a campeã de popularidade. A escola lidera as vendas de camisas da grife D’Samba, que viu esgotar o estoque dos itens da verde e rosa. Foram vendidas 1.600 camisas em apenas uma semana. Eu apoio.

Vem pra cá, Jesus!
O carnaval deixou, viva!, de ser uma festa profana. O bloco Folia com Cristo, que sai hoje, no Rio, homenageia a Jornada Mundial da Juventude.

Antes da Lei Rouanet
Num momento em que muitas empresas só fazem mecenato cultural com o meu, seu, nosso dinheiro, através da Lei Rouanet, é oportuno lembrar Arnaldo Guinle, de uma família símbolo da aristocracia da época, que morreu há exatamente 50 anos. Foi talvez o primeiro embaixador do samba na Europa, ao patrocinar, em 1922, uma excursão a Paris de Pixinguinha e outros músicos. Também ajudou Villa-Lobos, a ponto de o grande compositor dedicar a ele o Choros nº 5 (“Alma brasileira”).

Em tempo...
Guinle presidiu a antiga CBD e foi responsável por sua filiação à Fifa. Mas isso é uma outra história.

Pão e circo
Cid Gomes, que pagou R$ 650 mil para Ivete Sangalo inaugurar um hospital, não é um caso isolado. Mesmo em cidades com problemas em saúde ou educação, é raro encontrar um prefeito que não gaste com shows o meu... você sabe.

Veja só...
A prefeitura de Maricá, RJ, deve gastar R$ 343 mil para animar o carnaval da cidade. Contratou os shows dos queridos Diogo Nogueira, Martinho da Vila e Neguinho da Beija-Flor. Enquanto isso, tem médico terceirizado do município reclamando de atraso nos pagamentos.

Aliás...
Com o colapso da indústria de discos, grande parte dos artistas brasileiros vive hoje do dinheiro público, direta ou indiretamente, através de leis de renúncia fiscal.

LIVRO FUTEBOL CLUBE
A Copa do Mundo no Brasil tem despertado o interesse do mercado de livros. Ainda assim, diz Ruy Castro, “pelo visto, não há no Brasil nenhum grande romance sobre futebol. Nem em parte alguma”. O utor de “Estrela solitária”, magnífica biografia de Garrincha, insiste: “Mas, em qualquer país, haverá algum sobre vôlei, basquete, futebol americano, pelota basca, curling, marcha atlética ou cuspe à distância? Talvez os esportes não se prestem à grande literatura, qual é o problema?.”

Veja aqui mais alguns livros sobre futebol em gestação:

A Globo Livros vai colocar nas prateleiras, em abril, a autobiografia de Walter Casagrande Júnior, o ex-atacante e comentarista da TV Globo. “Casagrande e seus demônios” conta a história, incluindo os dramas, do ex-goleador do nosso futebol, que, como se sabe, se envolveu com drogas. A obra é do jornalista Gilvan Ribeiro e tem prefácio de Marcelo Rubens Paiva.

Em maio, a Zahar publica um livro sobre as partidas informais de futebol pelo mundo. Vai se chamar “Pelada – Uma volta ao mundo pelo prazer de jogar futebol”. A autora é a ex-j ogadora americana Gwedolyn Oxenham, que chegou a jogar no Santos. Aliás, nessa obra, o Brasil é o único país que será lembrado em mais de um capítulo.

A editora Mauad aposta em história da seleção brasileira e lança, nos próximos dias, o “Almanaque 1914-2014 —100 anos da seleção canarinho”, de Luís Pimentel, com ilustrações de Amorim.

Com previsão de chegar ao Brasil às vésperas da Copa de 14, o livro “Ganhar, e então morrer” (título provisório), de Pierre-Louis Basse, relembra a mítica partida, em 9 de agosto de 1942, entre a equipe ucraniana do FC Start (na foto acima) e a seleção da Alemanha nazista. O jogo foi na antiga União Soviética, e a obra conta o drama dos ucranianos: entregar o jogo para os alemães e sobreviver... ou não.


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