FOLHA DE SP - 29/06
Marfrig passa a vender em supermercados da China
A marca Seara, do Grupo Marfrig, começou a ser comercializada neste mês em supermercados na China pela rede britânica Tesco.
Os cortes da marca vendidos no grande varejo chinês serão inicialmente de frango, particularmente as asas. Até o final deste ano, entram carnes bovina e suína, segundo o presidente da companhia, Marcos Molina. Oferecidos nas principais cidades do país, em 124 lojas, os cortes são produzidos nas unidades Itapiranga (SC) e Lapa (PR).
A marca, entretanto, já tem plantas na China para abate e produção de industrializados, além de centro de distribuição. No ano passado, o Grupo Marfrig formou duas joint ventures no país com empresas locais.
"Uma importante fonte de demanda para a Seara Foods na China vem das redes de fast food KFC, que é muito grande no país, e do McDonald's", diz Molina.
A companhia também negocia a comercialização com outras redes de supermercados no país, de acordo com o executivo.
"A Seara já comercializava produtos 'in natura' e industrializados lá. Foi a primeira empresa brasileira a exportar carne suína para chineses", acrescenta.
R$ 22 bilhões foi o faturamento bruto da empresa no ano passado
R$ 1,6 bilhão foram exportados pela empresa no 1º trimestre deste ano
90 mil é o número de funcionários
22 são os países onde há unidades
140 são os países onde a companhia comercializa seus produtos
Receita com licenciamento em clubes ainda é baixa no Brasil
A importância da prática do licenciamento para as receitas dos clubes cresce no Brasil, mas ainda está longe de atingir seu potencial.
A somatória das receitas com royalties de um grupo de clubes que inclui Corinthians, São Paulo, Flamengo, Internacional, Grêmio, Palmeiras e Fluminense ficou em R$ 57,89 milhões em 2011, ante R$ 10,87 milhões em 2007, de acordo com estudo da consultoria BDO.
Os licenciamentos equivalem a vendas de artigos esportivos ligados aos times, impressão das marcas em objetos variados e aberturas de lojas ou escolas de futebol com a bandeira das equipes.
"Alguns são mais evoluídos nisso, como o Inter, outros, como o Flamengo, menos. Tudo depende da gestão das marcas", diz Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO.
A globalização dos clubes pode contribuir para elevar as receitas, segundo o consultor. "O Real Madrid vende camisa aqui no Brasil. Até um time brasileiro vender camisa na Europa, há muito potencial. Isso é um bom termômetro da gestão das marcas."
SEM CONTENDA
Gerou algum desconforto no BNDES a versão de que Luciano Coutinho, presidente do banco, teria saído vencedor na disputa com Guido Mantega, ministro da Fazenda, pela redução da Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP.
Mantega estava reticente quanto ao corte de 6% para 5,5% ao ano da taxa usada em empréstimos do BNDES, que acabou saindo.
Pessoas do banco que acompanharam as conversas sobre a definição do novo percentual sustentam que não houve divisão na área econômica nem embate.
"O BNDES apenas deu subsídios para a decisão que é tomada pelo ministro, não pelo banco", afirma um desses observadores.
NÚMEROS
R$ 120 MILHÕES foi o faturamento de 2011 da empresa
QUATRO são os centros de distribuição (GO, MG, SP e PR)
PAUTA DE EXPORTAÇÃO
O perfil das exportações brasileiras a países como Jordânia, Bahrein e Egito começou a mudar, segundo a Câmara Árabe, que receberá empresas dos Emirados Árabes em julho no Brasil para tratar de novos negócios.
O modelo atual abrange principalmente frango, carne, açúcar, soja, milho e café. "A ideia é ter mais alimentos processados e industrializados como chocolates, balas, geleias, sucos", diz Michel Alaby, da Câmara Árabe.
Os mercados de países árabes importam ao ano cerca de US$ 80 bilhões de alimentos, segundo a entidade.
18% é o maior crescimento esperado pela Câmara Árabe nas exportações em 2012 com relação ao ano passado
US$ 10,6 bilhões foi o volume importado do Brasil pelos países árabes em 2011
US$ 5,5 bilhões foi o volume enviado até maio
Novo... A Kraft Foods Brasil irá investir R$ 15 milhões para promover sua nova linha de chicletes Trident. A expectativa da empresa é aumentar as vendas do produto em cerca de 20%.
...sabor "Reformulamos nossos produtos a cada dois anos", diz Vinicius Germano, diretor da companhia.
Financeira A carioca Lecca começa em julho a operar em São Paulo na área de crédito empresarial. O foco será fazer negócio com empresas que faturam até R$ 300 milhões.
VIDRO GAÚCHO
A empresa gaúcha Vidroforte investirá R$ 20 milhões na construção de sua terceira fábrica.
A planta produzirá vidros de até 12 m2, utilizados principalmente em aeroportos e estádios de futebol.
As obras da nova unidade, que ficará em Três Cachoeiras (RS), já estão sendo iniciadas e devem ser concluídas até março de 2013.
Apenas vidros para a construção civil serão produzidos no local. As outras duas plantas da empresa, que ficam em Caxias do Sul, passarão a fabricar apenas para o setor automobilístico.
A empresa não informa a capacidade de produção da futura unidade. "Com a crise, não podemos prever o volume. Vamos trabalhar conforme a demanda", diz o sócio da empresa Herberto Heinen.
"Sempre investimos em períodos difíceis para estarmos preparados para o momento em que a economia estiver aquecida", acrescenta.
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