sábado, janeiro 11, 2014

A guerra pelos votos - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 11/01

Do ponto vista eleitoral, 2013 foi embora sem qualquer gesto mais ostensivo do PT em favor dos aliados. Não houve um milímetro em favor da candidatura de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao governo do Rio de Janeiro. O mesmo ocorreu em relação às pretensões do PTB de Pernambuco, com a candidatura do senador Armando Monteiro Neto. No Ceará, o PT está mais próximo, hoje, do governador Cid Gomes (Pros) do que do senador Eunício Oliveira (PMDB), pré-candidato ao governo estadual. Cid dá a impressão de estar “enrolando” Eunício e, no fim das contas, não pretende fazer do peemedebista seu sucessor.

Esses exemplos levam os aliados a abrirem os trabalhos políticos de 2014 na próxima semana com algumas certezas. A primeira delas é a de que o PT, como sempre, olhará mais para os próprios interesses. No caso do Rio de Janeiro, o PMDB já se prepara para ter os petistas na linha adversária. Os demais não perderam as esperanças. Mas, se a mágoa dessa turma for muito grande, será um terreno fértil para os oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos.

Mercado futuro
A maioria dos partidos está em silêncio absoluto sobre a tragédia no Maranhão e ainda se mostra solidária à governadora Roseana Sarney (PMDB). Por um simples motivo: ninguém quer perder o apoio do ex-presidente José Sarney. Entre os peemedebistas mais afeitos à oposição, há quem diga que Sarney pode, inclusive, ajudar a derrotar Dilma Rousseff se essa crise maranhense ficar debitada apenas nas mãos da administração estadual.

É geral
Uma das apostas dos maranhenses é mostrar que a crise na segurança não ocorre apenas ali. Os aliados da governadora vão começar a bater na tecla de que o Rio Grande do Sul vive momentos difíceis e outros estados também já tiveram mazelas nesse setor.

PB e as teles I
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o diretor-geral da Anatel, João Rezende, tiveram um encontro com o milionário egípcio Naguib Sawiris, político e empresário do setor de telecomunicações, da Orascom. Nos bastidores desse setor, comenta-se, no governo, que não há saída a não ser vender a TIM.

PB e as teles II
O objetivo, dizem os especialistas no setor, é evitar que a Telefónica controle 55% do mercado das operadoras no Brasil. A Telefónica está assumindo o controle acionário da Telecom Itália, portanto, além de dona da Vivo, será ainda dona da TIM, ou seja, cuidará de metade do mercado brasileiro.

Surfe socialista/ Enquanto Roseana Sarney atravessa essa fase de desgaste na segurança, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (foto), vai a Washington na semana que vem. Ele receberá um prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por causa do trabalho de gestão na área de segurança pública, o tal “Pacto pela Vida”.

Alta temporada/ Em Brasília, mais de 50 malas foram extraviadas pela TAM esta semana. Recentemnte, em Navegantes (SC), o ator Rafael Cardoso também ficou sem a bagagem na Azul.

Aécio, o retorno/ No papel de presidente do PSDB, o senador Aécio Neves passa por Brasília na semana que vem para fazer o primeiro mapeamento do ano nas alianças em construção pelo partido nos estados. Na quarta, segue para São Paulo.

Aécio, a pausa/ Depois, pretende tirar uma semana de férias. O senador passou o fim de ano de plantão, por causa do precário estado de saúde da irmã mais nova, Ângela. Ela foi vítima de um AVC em dezembro e continua hospitalizada.

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