O GLOBO - 07/10
A filiação de Marina Silva ao PSB de Eduardo Campos tem por objetivos apresentar à sociedade brasileira um programa capaz de sepultar de vez a Velha República , criar uma alternativa à polarização entre o PT e o PSDB , acabar com o chavismo que se instalou no Brasil e mudar as nossas práticas políticas , explica a ex-senadora. A coligação democrática com a Rede Solidariedade contribui para que o Brasil efetivamente mude, para que possamos enterrar a velha política no país. Vamos semear a boa política. Vamos renovar as nossas práticas. Ninguém vai melhorar este país se não melhorar a política , diz o governador de Pernambuco. É uma boa notícia: pela primeira vez desde que retomamos as eleições diretas, em 1989, a reforma de degeneradas práticas políticas é apresentada como plataforma eleitoral nas eleições presidenciais.
O momento é oportuno, pois as expectativas de mudanças acabam de sofrer um duro golpe com o inocente voto útil do ministro Celso de Mello. A última decisão do Supremo tribunal Federal agrava a atmosfera de descrédito com as instituições. A indicação de dois novos membros do STF pelo governo, após rumores de conversas com candidatos para comprometê-los com um comportamento brando no julgamento do Mensalão, exemplifica a contaminação da pureza jurídica pelas pressões políticas , registra o ex-presidente FHC, que patrocinou em benefício próprio emenda constitucional pela reeleição, com uma receita tucana aperfeiçoada pelos petistas: suspeitas alianças com vorazes conservadores em nome da governabilidade, adiando para sempre as reformas.
O falso despertar do Judiciário, apesar dos históricos esforços do ministro Joaquim Barbosa, devolve a iniciativa de mudanças das práticas políticas à candidatura presidencial do PSB. Seria uma alternativa à feroz disputa entre o PT e o PSDB pelo nicho ecológico da política convencional, de práticas inaceitáveis sob o pretexto da governabilidade. Cessariam as guerras de extermínio entre espécies igualmente incapazes de resolver os problemas da corrupção e do baixo crescimento econômico, as duas faces de um Estado do Antigo Regime que alianças espúrias entre despreparados social-democratas e conservadores oportunistas não souberam nem ousaram reformar.
O momento é oportuno, pois as expectativas de mudanças acabam de sofrer um duro golpe com o inocente voto útil do ministro Celso de Mello. A última decisão do Supremo tribunal Federal agrava a atmosfera de descrédito com as instituições. A indicação de dois novos membros do STF pelo governo, após rumores de conversas com candidatos para comprometê-los com um comportamento brando no julgamento do Mensalão, exemplifica a contaminação da pureza jurídica pelas pressões políticas , registra o ex-presidente FHC, que patrocinou em benefício próprio emenda constitucional pela reeleição, com uma receita tucana aperfeiçoada pelos petistas: suspeitas alianças com vorazes conservadores em nome da governabilidade, adiando para sempre as reformas.
O falso despertar do Judiciário, apesar dos históricos esforços do ministro Joaquim Barbosa, devolve a iniciativa de mudanças das práticas políticas à candidatura presidencial do PSB. Seria uma alternativa à feroz disputa entre o PT e o PSDB pelo nicho ecológico da política convencional, de práticas inaceitáveis sob o pretexto da governabilidade. Cessariam as guerras de extermínio entre espécies igualmente incapazes de resolver os problemas da corrupção e do baixo crescimento econômico, as duas faces de um Estado do Antigo Regime que alianças espúrias entre despreparados social-democratas e conservadores oportunistas não souberam nem ousaram reformar.
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