O GLOBO - 29/07
Jovens nas ruas , anunciava O GLOBO em sua primeira página do caderno de Economia da última quinta-feira. Era uma clara alusão ao protagonismo da juventude nas recentes manifestações. Mas era implacável o título completo: Jovens nas ruas. No olho da rua . Pois a verdadeira notícia foi o aumento do desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos, de 14,6% para 15,3%, mais do que o dobro dos 6% registrados para a média de todas as idades. O desemprego entre os jovens é muito alto e não para de subir. Sem legislação trabalhista, sem encargos sociais e previdenciários sobre a mão de obra, 3,5 bilhões de eurasianos mergulharam nos mercados de trabalho globais, condenando ao desemprego em massa os países com mercados de trabalho inflexíveis. Uma verdadeira guerra mundial por empregos.
O problema é mais agudo em economias prisioneiras da armadilha social-democrata do baixo crescimento. Regimes previdenciários irrealistas, legislações trabalhistas inadequadas e organizações sindicais anacrônicas derrubaram o crescimento, aumentaram o desemprego e marginalizaram toda uma geração ao impedir o acesso de jovens pouco experientes aos mercados de trabalho. Na Europa, ficou conhecido como euroesclerose o fenômeno do baixo crescimento e da incapacidade crônica de geração de empregos nas décadas anteriores à criação do euro. Sim, pasme o leitor, pois os males atuais são todos atribuídos à nova moeda. Na Grécia, em Portugal e na Espanha, as taxas de desemprego entre os jovens estão em torno dos 50% - metade dos jovens não tem futuro. No Brasil, com encargos sociais e trabalhistas de quase 100% dos salários, um emprego é destruído para cada emprego criado.
Os jovens sem futuro são vítimas de instituições inadequadas. Justamente indignados, devem perguntar a seus pais por que as garantias trabalhistas e previdenciárias outorgadas a si próprios pelos membros das gerações mais velhas destruíram a capacidade de geração de empregos para os mais jovens. Afinal, herdam de seus pais não apenas valores morais e bens materiais, mas também seus países e suas instituições. O conflito entre as gerações aumenta quando a juventude é ameaçada pelo despreparo, pelo egoísmo, pela irresponsabilidade e pela desatenção dos mais velhos e pelo seu legado institucional.
O problema é mais agudo em economias prisioneiras da armadilha social-democrata do baixo crescimento. Regimes previdenciários irrealistas, legislações trabalhistas inadequadas e organizações sindicais anacrônicas derrubaram o crescimento, aumentaram o desemprego e marginalizaram toda uma geração ao impedir o acesso de jovens pouco experientes aos mercados de trabalho. Na Europa, ficou conhecido como euroesclerose o fenômeno do baixo crescimento e da incapacidade crônica de geração de empregos nas décadas anteriores à criação do euro. Sim, pasme o leitor, pois os males atuais são todos atribuídos à nova moeda. Na Grécia, em Portugal e na Espanha, as taxas de desemprego entre os jovens estão em torno dos 50% - metade dos jovens não tem futuro. No Brasil, com encargos sociais e trabalhistas de quase 100% dos salários, um emprego é destruído para cada emprego criado.
Os jovens sem futuro são vítimas de instituições inadequadas. Justamente indignados, devem perguntar a seus pais por que as garantias trabalhistas e previdenciárias outorgadas a si próprios pelos membros das gerações mais velhas destruíram a capacidade de geração de empregos para os mais jovens. Afinal, herdam de seus pais não apenas valores morais e bens materiais, mas também seus países e suas instituições. O conflito entre as gerações aumenta quando a juventude é ameaçada pelo despreparo, pelo egoísmo, pela irresponsabilidade e pela desatenção dos mais velhos e pelo seu legado institucional.
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