FOLHA DE SP - 30/06
Dilma Rousseff teve uma queda expressiva na pesquisa Datafolha até entre os eleitores petistas, mas os números mostram que Lula pode ser capaz de segurar a sangria de votos em 2014. A presidente caiu de 71% para 53% no grupo que apontou o PT como partido preferido, mas Lula se manteve estável, com 75%. Quando o ex-presidente está no cenário, Marina Silva e Joaquim Barbosa quase não crescem, mas ganham votos entre eleitores petistas quando a candidata é Dilma.
Salvação Os eleitores que classificam o atual governo como ruim ou péssimo também admitem a volta de Lula. Nesse recorte, o ex-presidente lidera a sondagem com 26%, quase estável em relação à pesquisa anterior.
Na base Lula também impede o crescimento de adversários na faixa de renda mais baixa, de até 2 salários mínimos. Ele cai 7 pontos no cenário mais provável, enquanto Dilma perde 20 pontos.
Em frente Dilma só tem desempenho semelhante ao de Lula no grupo de entrevistados que dizem que ela faz um bom governo. Ambos atingem 69% das intenções de voto nesse recorte.
Meu bolso Eleitores mais ricos dizem que Aécio Neves (PSDB) está preparado para administrar a economia. Na faixa de renda superior a 10 salários, ele é citado por 21% dos entrevistados nesse quesito, empatado com Lula.
Minha rua Esse grupo mais abonado, porém, escolhe Joaquim Barbosa para lidar com os protestos. O presidente do STF é mencionado por 27% dos eleitores, contra 24% de Lula e 12% de Aécio.
Muita calma Chamado ao Palácio do Alvorada pela manhã, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) diz que a Dilma vai insistir no plebiscito da reforma política, "que ficou mais importante agora". Para 68% dos eleitores, a presidente agiu bem ao apresentar a proposta.
Fôlego Já os adversários em potencial de Dilma avaliam que o derretimento de sua avaliação se deve ao fato de que ela não tem "entregas" a fazer na reta final de governo. Comparam sua queda com a de FHC, mas lembram que ele foi abatido no fim do segundo mandato.
Rumo próprio O governador pernambucano Eduardo Campos fará amanhã, em Recife, uma reunião do PSB para debater a reforma política. Pretende, assim, debelar divisão interna e deixar claro que a sigla não será linha auxiliar do PT nessa discussão.
Sem clima Após a explosão dos protestos em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad decidiu adiar uma campanha publicitária que seria lançada pela SPTuris, batizada de "Alma Paulistana'', para mostrar os lugares que são a cara da capital.
Catraca Em consonância com as ruas, Haddad encomendou à agência Nova SB uma propaganda de utilidade pública sobre transporte, mostrando números de corredores e faixas exclusivas de ônibus, entre outros dados.
Puxadinho Recém-nomeado secretário-adjunto da extinta pasta de Desenvolvimento Metropolitano em São Paulo, Gilberto Nascimento Júnior discutirá amanhã com Geraldo Alckmin novo espaço para o PSC.
Dízimo Reservadamente, dirigentes da sigla cristã dizem que só manterão o apoio à reeleição do tucano se receberem posto equivalente.
Desmanche Soninha (PPS), ex-superintendente da Sutaco, desdenhou da economia que Alckmin fará com o fechamento da autarquia: "Não tem o que vender! Só tinha uma Kombi velha e um Palio caindo aos pedaços."
Tiroteio
O PT apoiou a PEC 01, depois ficou contra e agora não quer a votação. Meu diagnóstico é de transtorno de ideologia bipolar.
DO DEPUTADO ESTADUAL CARLOS BEZERRA (PSDB), ao explicar que seu partido sempre rejeitou o projeto que tira poderes de promotores em São Paulo.
Contraponto
Barulho por nada
Antes da reunião das centrais sindicais com Dilma Rousseff, na semana passada, o deputado e sindicalista Paulinho da Força (PDT-SP) pediu para usar o banheiro que fica ao lado do gabinete presidencial. O segurança do Palácio do Planalto disse que não seria possível.
-A presidenta não gosta que usem este banheiro. A descarga faz muito barulho e ela fica irritada. É melhor você ir até outro andar - explicou.
Paulinho, crítico contumaz de Dilma, rebateu:
-É bom você começar a se acostumar. Com tantos protestos nas ruas, ela vai ficar irritada por um bom tempo!
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