“Envergonhado, abatido, deprimido, cansado e esgotado”
Senador Demóstenes Torres (GO) definindo como sente a injustiça “corroer o peito”
LIVRE COMÉRCIO COM EUA É OPÇÃO PARA O PARAGUAI
O governo brasileiro, agora, está preocupado com as consequências de sua barbeiragem, ao colaborar na suspensão do vizinho estratégico Paraguai do Mercosul. É que o troco paraguaio pode ser devastador para o futuro do próprio Mercosul: correr para o abraço, assinando com os Estados Unidos um acordo de livre comércio. Assinar esse acordo é um velho sonho paraguaio que conta com a simpatia norte-americana.
VASO QUEBRADO
O Brasil vai tentar juntar os cacos e impedir o acordo de livre comércio com os EUA, que inviabilizaria o retorno do Paraguai ao Mercosul.
DIVIDIR PARA REINAR
O interesse dos EUA não é conquistar o mercado paraguaio para os seus produtos, mas concretizar o antigo projeto de dividir o Mercosul.
SÓ FALTA ENTERRAR
Medidas protecionistas dos países-membros inviabilizaram o Mercosul como “mercado comum”. Foi reduzido a projeto de união aduaneira.
BEM FEITO
A entrada no Mercosul “será prejudicial à Venezuela”, segundo a maioria dos votos na enquete do El Universal, o maior jornal do país.
LUPICÍNIO ‘TORTURADO’ NA DITADURA VIRA POLÊMICA
Tem cheiro de “bolsa ditadura” a denúncia no blog da Amazônia de que o autor de Nervos de aço, o gaúcho Lupicínio Rodrigues, foi preso e torturado em Porto Alegre (RS) na ditadura, segundo o filho dele, Lôndero Rodrigues, 67, motorista de uma universidade no Rio. Amigos gaúchos estranharam a “história secreta”: o parceiro Hamilton Chaves, do “Partidão” à época, e o outro filho, Lupicínio, nunca comentaram.
LOROTA BOA
Boêmio inveterado, o compositor jamais faltou aos encontros quase diários com amigos em Porto Alegre. Sua prisão seria logo notada.
SELVA FINANCEIRA
Operadores do mercado veem pegadas do BTG Pactual e do Itaú BBA no ataque especulativo que fez Eike Batista perder bilhões em dois dias.
PENSANDO BEM...
...Delúbio Soares terá as canelas mordidas se assumir a culpa no mensalão, que para Lula “não existiu”.
‘BALA DE PRATA’
Gravações de 2004 encontradas pela Polícia Federal com Idalberto Matias (Dadá) citam uma “bala de prata” capaz de inviabilizar a reeleição do então presidente Lula: um suposto esquema de caixa dois para a campanha petista articulado pelo banqueiro Daniel Dantas.
ESTRANHO VOO
Em Brasília, poucos acreditam que o voo rasante que destruiu as vidraças do Supremo Tribunal Federal foi consequência de imperícia ou de molecagem. Suspeitam até de tentativa de intimidação.
LADEIRA ABAIXO
Fabricantes de carroças são mal agradecidos: a General Motors (GM) pode demitir em massa, segundo a agência Dow Jones. Apesar de faturar alto com a redução de IPI, considera não produzir mais Corsa, Meriva e Zafira em São José dos Campos (SP), mantendo só a linha de picapes S-10.
PSDB ENFRAQUECIDO
O PSDB comanda o governo, mas não terá candidatos nas principais cidades do Paraná. O presidente, Alfredo Kaefer, admite que o partido sairá enfraquecido, “mas o arco de aliança se fortalecerá”. Ah, bom.
CONTRAMÃO DA CRISE
O ministro Guido Mantega (Fazenda) participa, nesta quarta, de seminário da Lide e da Fiesp que pretende discutir propostas para acelerar crescimento do Brasil em meio à crise mundial.
SAIA JUSTA
O ministro do STF Gilmar Mendes, vítima de abordagem inapropriada do ex-presidente Lula, encontrou o anfitrião daquele encontro, ex-ministro Nelson Jobim, no prestigiado casamento de um jornalista, no fim da semana. Mas não trocaram cumprimentos.
FATOS NOVOS
Os membros da CPI do Cachoeira estão mais animados com as gravações apreendidas na casa do bicheiro e de seu ex-cunhado Adriano Aprígio do que com os depoimentos previstos para esta semana. No total, são mais de vinte gigabytes de gravações.
MEMÓRIA
Ao afirmar que não sente ódio de quem a torturou, mas não o perdoa, a presidente Dilma reproduziu a essência de uma célebre frase de John Kennedy: “Perdoe os inimigos, mas nunca esqueça seus nomes”.
PERGUNTA NO TRIBUNAL
Se uma esquadrilha fez aquele estrago nas janelas no Supremo, como será quando começar o julgamento da quadrilha do mensalão?
PODER SEM PUDOR
OFICINAS NÃO VOAM
Afonso Arinos de Melo Franco era ministro das Relações Exteriores de João Goulart e tinha pavor de avião. Certa vez, ao concluir visita a Portugal, ele se despediu do presidente anfitrião, Américo Tomás, que tocou no assunto:
- O senhor gosta de avião?
- Não muito, excelência...
Ao invés de tranquilizar o chanceler brasileiro, Tomás fez um comentário que o atormentaria durante todo o percurso de volta:
- É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...
Afonso Arinos morreu falando mal de Américo Tomás.
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