“Não precisamos ter receio de sair governo”
Deputado Paulo Maluf (SP) em reunião do PP com o ministro Mario Negromonte.
CÂMARA IGNORA MAIORIA DAS PROPOSTAS POPULARES
A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados recebeu 860 propostas da sociedade civil, apresentadas nos últimos dez anos. Apenas duas foram aprovadas no plenário. A Lei da Ficha Limpa, embora de origem popular, não entrou por meio da comissão. Mais de trinta propostas de iniciativa do povo ainda aguardam votação. As demais permanecem dormitando nas chamadas comissões de mérito.
HORROR AO POVO
Para o deputado Francisco Praciano (PT-AM), da Frente de Combate à Corrupção, os políticos “só podem não gostar do povo, não o ouvem”.
SINA PASSAGEIRA
Assim como os impostos, a chantagem que aeronautas e aeroviários chamam de “greve”, na véspera do Natal, também será inevitável.
LEVADOS DA BRECA
Está na boca do forno a lei que proíbe bater em crianças, a chamada lei da palmada. A que permite tapinha em ministro continua
sine die.
BOLA NO PÉ
Pode dar zebra a consulta popular do ministério do Esporte para o mascote da Copa: se prevalecer o espírito de porco, ganha o saci.
RECUSA DE HONRAR CONTRATO DEIXA ODEBRECHT MAL
A Odebrecht começa a ganhar fama de empresa que pode não cumprir contratos, após a recusa de honrar o acordo com os próprios sócios, a família Gradin, que tem 21% da holding. O erro estratégico de Marcelo Odebrecht, o chefão, fez a empresa sofrer treze derrotas na Justiça, a última por 7x0 na TJ da Bahia, para não cumprir a cláusula contratual que prevê arbitragem em caso de desavença. Tudo começou quando o chefão, em atitude hostil, resolveu “tomar” ações da família Gradin.
ACIMA DA JUSTIÇA
A Justiça decidiu que no Brasil contratos são cumpridos e ordenou audiência de conciliação, mas o chefão da Odebrecht se recusa a isso.
SOB PRESSÃO
A Odebrecht pressiona o presidente do TJ da Bahia a ignorar a decisão unânime dos desembargadores, e remeter o caso ao STJ, em Brasília.
MISSA NO STJ
A convite do presidente Ari Pargendler, dom Lorenzo Baldisseri, núncio apostólico, rezou ontem missa de Natal do Superior Tribunal de Justiça.
VOTO PERDIDO
Dias antes de sua sabatina, Rosa Weber, futura ministra do Supremo Tribunal Federal, disse ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que atuaria em defesa dos trabalhadores. Ele reagiu: “Perdeu meu voto. Espera-se de ministro do STF a defesa da Justiça e da Constituição”.
FOGO APAGADO
O ministro Mário Negromonte (Cidades) garante ter convicção que não há mais fogo amigo no PP, sobretudo entre parlamentares de olho no seu emprego. O motivo: o partido teme perder o ministério. Ah, bom.
NOVOS RICOS
O governador cearense Cid Gomes (PSB) é doido por jatinhos; a prefeita Luizianne Lins (PT), por cartão corporativo. Mas ao menos ela prestará contas ao Ministério Público, que a denunciou com duas assessoras por gasto de R$ 31,6 mil em spas e outras alegrias do ego.
TOUJOUR L’ARGENT
O chefe de governo da França, François Fillon, desembarca hoje em Brasília com ministros e industriais para “iniciativas bilaterais”. Mas o prato principal de Fillon é tirar da lama os caças Rafale.
REABILITAÇÃO
O presidente do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), negociará espaço para Heloísa Helena no partido. A ex-senadora sequer participou da última convenção e ameaça embarcar no projeto de Marina Silva.
PRESSÃO IRRESISTÍVEL
O deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), que é o relator, contou na OAB nacional por que o novo Código de Processo Civil será votado logo após as eleições de 2012: “É o período em que deputados e senadores correm para Brasília, fugindo das dívidas de campanha...”.
O CIRCO CHEGOU
O deputado Tiririca (PR-SP) já não pode reclamar da falta de incentivo: o ministério da Cultura aprovou a captação de R$ 12,4 milhões (renúncia fiscal) para o circo Tihany. O Congresso nos custa bem mais.
RAMBO FASHION
A segurança de Dilma e Michel Temer estará mais discreta em 2012: além de dezenas de coletes balísticos, a Presidência reservou R$186 mil para 400 coletes táticos, que disfarçam armas, rádios etc.
PENSANDO BEM...
...De tão baixinho, o “Pibão” do ministro Guido Mantega virou “Pibanão”.
PODER SEM PUDOR
ASSINATURA QUE VALE
Secretário de Estado em Minas Gerais, a raposa política José Maria Alkmim nomeou uma renomada técnica para importante departamento. A pedido dela, ele fez uma portaria que provocou grandes problemas políticos. Alkmim quis rever a decisão e a moça não gostou:
– Com relação a isto, eu permaneço absolutamente irredutível.
– Olha bem, minha jovem – respondeu Alkmim com doçura – A senhora pode ser intransigente com a sua assinatura. Com a minha, não.
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