NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/10/09
Na Folha Online, a OEA foi embora "sem avanço". Ao fundo, o "New York Times" deu ontem o relato "Líder derrubado, Honduras contrata lobistas", com a ação que se seguiu ao "golpe de 28 de junho".
Não por acaso, também o "Washington Post" deu reportagem com os mesmos lobistas detalhando seus êxitos.
Abrindo o texto do "NYT", "Primeiro, deponha o presidente. Depois, contrate um lobista". No caso, "escritórios de advocacia e relações públicas dos EUA com laços estreitos com a secretária Hillary Clinton e John McCain, principal voz republicana em relações exteriores". Espalhou-se de tais escritórios a "lista de argumentos minando o novo embaixador no Brasil", por exemplo, entre outras listas ecoadas por aqui.
AJUSTES ESTRATÉGICOS
Sun Hongbo, da Academia de Ciências Sociais da China, publicou longa análise no "China Daily" sobre a "série de ajustes estratégicos e iniciativas militares do Brasil, que devem acelerar a mudança na paisagem de segurança da América Latina". Avalia que "os sinais de mudança são evidentes no Hemisfério Ocidental, conforme o mundo sai da ordem estabelecida, por causa da crise global".
Destaca a cooperação militar com a França, contrasta com a volta da 4ª Frota e o pacto EUA-Colômbia e cita "o golpe em Honduras", para concluir que "o maior desafio do Brasil é promover confiança estratégica", estabelecendo "unidade regional e um novo sistema coletivo de segurança".
VENCER FOI A PARTE FÁCIL
A "Economist" retrata a má fase de Obama e toma por símbolo sua viagem a Copenhague. Em suma, "ele pode ser alto e atlético, mas não venceu nada e o ouro olímpico foi para o mais encorpado Luiz Inácio Lula da Silva".
Em reportagem sobre a escolha do Rio, diz que "vencer a disputa para encenar os Jogos foi a parte fácil". Realizar "requer esforço e gasto em escala que a cidade nunca viu". E "não faltam céticos, como em São Paulo, onde o Rio é descartado como cidade de festa". Porém "há razões para ter esperança de sucesso do Rio", citando a economia em recuperação no país, o pré-sal e até a estrutura do Pan.
"ACORDE A EUROPA!"
Na capa com Tony Blair e Europa, a revista diz que "é hora de a maior economia do mundo se levantar e interpretar um papel global", com um líder forte. "No momento, a Europa é um ator fraco num palco dominado pelos EUA e pela China; Índia e Brasil estão nas coxias".
O ELO PERDIDO
Ontem no "Wall Street Journal", de Hong Kong, "Dados apontam para a retomada no comércio global". Abre dizendo que foi encontrado o "elo perdido" da recuperação econômica em alguns países exportadores: "Coreia do Sul, Taiwan e Brasil já relataram dados comerciais de setembro e mostram crescimento sobre o mês anterior". Diz que a tendência corre risco "conforme o dólar se enfraquece" e as moedas se tornam fortes para competir na China, que "manteve a taxa do yuan".
DOS JUROS AO PALANQUE
Sob o título "Banqueiro brasileiro joga dinheiro na política", o "WSJ" diz que "o poderoso presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, tem algo além de taxas de juros na sua cabeça, nos dias que correm: lançar uma carreira política". Relata sua origem no banco FleetBoston e o currículo no BC, com o "popular" recorde de juros baixos.
E sublinha que a ideia de um "banqueiro central" se preparando para uma campanha criaria "enorme controvérsia nos EUA", mas não aqui. O jornal fecha com os nomes que "já estão circulando" para a vaga, Alexandre Tombini e Luciano Coutinho, "do imenso banco de desenvolvimento".
FORA DO "TOP 200"
O "Times Higher Education" deu a lista das 200 melhores universidades do mundo, ressaltando que "o status de superpotência dos EUA está se perdendo" com o "avanço da Ásia".
Já "o Brasil, que tinha uma no ranking de 2008, caiu inteiramente". Por aqui, nos sites e portais, "USP sai do ranking das melhores".
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